NUNCA TROQUE PROFISSÃO POR NOIVO OU CASAMENTO!
Este conselho de meus pais combinava
comigo – não gosto de exigências!Comecei a trabalhar com 17 anos, era agente
administrativa, tinha 18 quando meu futuro noivo anunciou que devia pensar em
deixar o trabalho, já que íamos nos casar. Respondi que meu primeiro casamento
era com meu emprego! Ele se afastou, a família dele não gostou nadinha, me
apoiou e voltamos às boas, formando uma linda família de seis filhos (quatro mulheres),
cinco netos e duas netas. Nunca brigamos. Sempre trabalhei na Legião Brasileira
de Assistência, das sete da manhã, às sete da noite, fazendo capacitações e
viagens fora de minha cidade. Não quis a aposentadoria aos 47 anos, terminei a
carreira como chefe de contabilidade. Como? Com apoio de zelosa mãe, professora
formada, que até os doze anos de cada criança vigiava a alimentação, a eventual
medicação e tarefas escolares. Com empregadas e babás, algumas boas, outras nem
tanto. Minha irmã se alternava com horários de escola, natação, balé. Repito
este apoio familiar com prazer incrível agora com meus netos, aqui. Decidimos
mudar para cá depois que meu marido ficou deprimido por ter perdido uma vista,
em um acidente em pescaria (descolamento de retina). Mais próximo dos netos
esqueceu sua tristeza. Ele já se foi, seus pulmões fragilizados por meio século
de fumo, não suportaram uma pneumonia. Sou Wanda Sá com 78 anos tenho artrose
nos joelhos há muito tempo, faço hidroginástica. Adoro fazer atividades manuais
em grupos de idosos e viajar. Agora sem cumprir horários! O próximo sonho é
Dubai. Faz tempo que já avisei – não deixo herança, só o diploma!
“Não estatize meus sentimentos. Para seu governo, o meu
estado é independente.” – Renato Russo.
Caso real, Elizabeth Fritzsons da Silva, psicóloga, e-mail:
bfritzsons@gmail.com
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