segunda-feira, 30 de junho de 2014

FIFA/Pessoas com deficiência/ Necessidades especiais

O que a FIFA faz pelos torcedores com necessidades especiais

by Ricardo Shimosakai
Torcedor cadeirante e amigos na Estação da Luz em São Paulo para pegar o Expresso da Copa, ligação direta e acessível para o Estádio ‘Itaquerão’Torcedor cadeirante e amigos na Estação da Luz em São Paulo para pegar o Expresso da Copa, ligação direta e acessível para o Estádio ‘Itaquerão’
A FIFA continua empreendendo esforços para combater todas as formas de discriminação e fazer do futebol uma festa acessível a todos. Por isso, desenvolveu uma série de serviços feitos à medida para as pessoas com necessidades especiais, possibilitando que elas curtam 100% da experiência de vivenciar a Copa do Mundo da FIFA 2014.
Para melhorar a experiência dos torcedores cegos ou com visão parcialmente prejudicada, a FIFA e o COL (Comitê Organizador Local) estão fornecendo um serviço inédito de narração em áudio em quatro estádios da Copa do Mundo da FIFA.
A narração será semelhante à do rádio, mas com uma ênfase maior na descrição do clima do estádio. Os narradores foram especialmente treinados para isso, e também darão a esses torcedores informações sobre detalhes visuais que estão acontecendo no local das partidas, transformando a linguagem corporal e as expressões faciais dos jogadores em palavras. As movimentações das equipes e as cores vistas no estádio também serão relatadas, juntamente com qualquer outro aspecto que seja relevante para transmitir totalmente o ambiente do jogo para dentro do coração dos torcedores.
A narração em português é gratuita e está disponível a todos os torcedores, mas principalmente às pessoas cegas e com problemas parciais de visão, nas partidas de Belo Horizonte (103,3 FM), Brasília (98,3 FM), Rio de Janeiro (88,9 FM) e São Paulo (88,7 FM).
Para ter acesso ao serviço, os torcedores devem levar ao estádio os seus próprios fones de ouvido e um rádio FM portátil ou smartphone com receptor FM. Depois disso, basta sintonizar o dial na frequência correta dez minutos antes da partida. Os aparelhos usados devem estar de acordo com o Código de Conduta dos Estádios, em particular com a seção 4, que trata dos itens de posse proibida.
Pelo menos 1% dos ingressos para a Copa do Mundo da FIFA 2014 foram disponibilizados para torcedores com necessidades especiais, que têm a opção de pedir um ingresso complementar para um cuidador que o acompanhará durante a partida.
Para assegurar que a experiência desses fãs seja agradável, todos os estádios da Copa do Mundo da FIFA são acessíveis para pessoas com necessidades especiais, com mobilidade reduzida e obesas. Isso inclui assentos, banheiros e passarelas acessíveis, entradas separadas e cadeiras de rodas extras fornecidas pelo setor de Serviços ao Espectador do COL.
FIFA.com para torcedores cegos e surdos
A preocupação com a experiência dos torcedores também chegou ao FIFA.com, que tem serviços especiais dedicados a surdos e cegos.
Todos os artigos dos sites oficiais da FIFA e da Copa do Mundo da FIFA podem ser ouvidos em apenas um clique, no sinal localizado no canto superior esquerdo do texto.
Além disso, compactos de todas as 64 partidas da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014 serão transmitidos na língua internacionais de sinais pelo FIFA.com, possibilitando que pessoas com problemas auditivos em todo o mundo possam ter o mesmo nível de informação de todos os outros internautas.
A língua internacional de sinais é usada em encontros em todo o mundo, como o congresso da Federação Mundial de Surdos (WFD, na sigla em inglês) e eventos como as Surdolimpíadas.
A WFD representa aproximadamente 70 milhões de surdos em todo o mundo e ajuda essas pessoas fazendo com que a linguagem de sinais esteja disponível para os surdos, principalmente na educação e no acesso à informação.
"O futebol é um esporte universal e deve ser acessível a todos, e por isso estamos felizes por oferecer esses serviços aos torcedores com necessidades especiais", afirmou o presidente da FIFA, Joseph S. Blatter.
Fonte: FIFA

Deficientes auditivos - Hearing Aide

Aplicativo chama atenção de surdos a situações de emergência

by Ricardo Shimosakai
Hearing Aide foi desenvolvido pela Grey para a Singapore Association for the DeafHearing Aide foi desenvolvido pela Grey para a Singapore Association for the Deaf
É inegável que muitos aplicativos têm a possibilidade de fazer uma diferença enorme na vida das pessoas. Em parceria com a Singapore Association for the Deaf, a Grey de Cingapura desenvolveu o Hearing Aide, um app que chama a atenção de deficientes auditivos a situações de emergência, como sirenes de ambulâncias, polícia e bombeiros, alarme de incêndio e detector de fumaça.
O Hearing Aide processa sons ambientais e transforma em notificações visuais e vibrações, que duram aproximadamente 20 segundos. Além dos alertas originais, é possível customizar outros alarmes, criando um banco de dados com notificações que seriam importantes para o usuário.
O aplicativo está disponível para Android na Google Play.
Fonte: Brainstorm9

Legalização de Drogas - E a prevenção?

Contra a legalização de drogas

"Há uma terceira via que nunca foi investida: a da prevenção", diz Sérgio de Paula Ramos

Reunião na manhã desta segunda-feira na Assembleia Legislativa, entidades reafirmaram a contrariedade à legalização das drogas

24/06/2014 | 15h15
"Há uma terceira via que nunca foi investida: a da prevenção", diz Sérgio de Paula Ramos Débora Ely / Agência RBS/
Psiquiatra Sérgio de Paula Ramos (à direita) falou durante o encontroFoto: Débora Ely / Agência RBS
Deputados, vereadores, médicos e representantes de entidades reafirmaram na manhã desta terça-feira a contrariedade à legalização das drogas. Em reunião na Assembleia Legislativa, foram debatidas estratégias para combater o que o deputado federal Osmar Terra (PMDB-RS) — que liderou o encontro — classificou como "o maior problema de saúde pública e segurança do Brasil".
Na contramão da tese de legalização ancorada no exemplo uruguaio, os participantes declararam apoio ao manifesto contra a liberação aberto na internet pelo Instituto Padre Haroldo — que tinha, até o começo da tarde, mais de 5,7 mil assinaturas. Um dos argumentos do texto é a chamada terceira via no que diz respeito às políticas para controle das drogas: a ênfase na prevenção e no tratamento.
Entre os participantes da reunião, estavam membros do Ministério Público do Estado, da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), da ONG Brasil Sem Grades, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, entre outros. Sentado à mesa principal, o psiquiatra Sérgio de Paula Ramos — especialista no tratamento de dependentes químicos e contrário à legalização — falou sobre a política de combate e o exemplo do país vizinho Uruguai. Confira, abaixo, a entrevista concedida a Zero Hora.
Como o senhor defende uma política eficaz de combate às drogas?
Primeiro, não me sinto confortável com o termo "combate às drogas", que dá uma noção militar e policial que obviamente não é o caso. Acho que, quando ficou por demais evidente que a guerra às drogas fracassou, nós temos que abandonar essa visão militarista de combate. Bom, mas então vamos liberar? Não, porque há uma terceira via que nunca foi investida, que é a via da prevenção. Primeiro, social, e depois, institucional. No âmbito social, sabemos que, no Brasil, as drogas de entrada são, sobretudo, as lícitas, e, entre elas, o álcool. Então, temos que fazer uma política responsável sobre álcool porque, na falta dela, os nossos adolescentes estão começando a beber cada vez mais cedo. Uma política responsável sobre drogas é uma política que começa pela proibição da propaganda de álcool. Nós fizemos isso com o tabaco, proibindo a propaganda, e deu certo. Adiando a experimentação do álcool, adiamos também o consumo de outras drogas. Ademais, defendo que se desenvolvam programas competentes nas escolas em relação ao consumo de drogas. Está muito bem documentado que programas de prevenção funcionam, desde que massivos e competentes. O terceiro passo, claro, é o tratamento precoce. Parece que o governo brasileiro só se coça quando a pessoa chega no crack, enquanto precisaríamos de programas de abordagens a jovens que se envolvem com álcool. Proibir a propaganda do álcool, fazer a prevenção em escolas e disponibilizar tratamentos principalmente para jovens são armas muito competentes que não caem na guerra às drogas e nem na liberação.
No Brasil, qual seria a política adequada para combater o tráfico de drogas e a entrada de entorpecentes pelas fronteiras?
É complicado. Estamos em um dos países do mundo de maior extensão de fronteira seca. Então, por mais que a gente diga que isso é um papel da Polícia Federal e do Exército, tenho que me curvar às dificuldades geográficas. De modo que, se investirmos em prevenção e o mercado se tornar menos comprador, uma oferta excessiva será prejuízo para o traficante. Então, eu acho que, se polícia e Exército continuarem cumprindo seus papéis constitucionais e tentarem segurar o máximo de droga possível na fronteira e, ao mesmo tempo, conseguirmos, coibindo a propaganda de álcool e com programas extensivos nas escolas, que o mercado se torne menos comprador, estaríamos dando passos muito mais largos e consistentes do que o oba-oba da legalização das drogas.
Como o senhor avalia a política de legalização da maconha adotada pelo Uruguai?
Eu não diria que é uma política que é do Uruguai, diria que é uma política do grande capital internacional que vislumbrou na maconha uma nova oportunidade de negócio e que pega economias pequenas e fragilizadas, como já fez com Portugal e agora o Uruguai, para fazer ilhas de experimentação com dados absolutamente canhestros. Essa questão da liberação da maconha, só os ingênuos e imberbes vão achar que estamos discutindo ideologias, nós estamos discutindo é capital. A indústria e alguns megainvestidores estão vendo aí a oportunidade de fazer negócio e usando estratégias que até a própria indústria do tabaco usou no início do século passado.
Favoráveis à legalização da maconha defendem que a liberação é uma alternativa no combate ao tráfico. Como o senhor avalia essa tese?
Não podemos dizer isso porque os dados disponíveis mostram exatamente o contrário. Portugal, que já tem 12 anos da legislação liberalizante, tem atualmente o dobro de usuários de drogas do que há 12 anos. Então, o mercado das drogas ampliou-se, e não reduziu-se. Se você amplia o mercado, voltamos à lei da economia, você vai aumentar o tráfico, e não diminuir.
Fonte: http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/noticia/2014/06/ha-uma-terceira-via-que-nunca-foi-investida-a-da-prevencao-diz-sergio-d

Problema de todas as idades, de todas as classes sociais

“Drogas são maior problema de saúde pública”

25/06/2014
Um encontro realizado ontem no Plenarinho da Assembleia Legislativa teve como tema a liberação dos entorpecentes no Brasil. A reunião foi sugerida pelo deputado federal Osmar Terra (PMDB-RS), que propôs em abril, junto ao Instituto Padre Haroldo, um “Manifesto contra a legalização das drogas no Brasil”. Ele também é autor do Projeto de Lei (PL) 7.663/2010, que sugere aumento de pena para traficantes, incentivos às comunidades terapêuticas e internação involuntária, entre outros pontos. O debate teve participação de representantes de entidades ligadas à saúde, à religião, ao Judiciário e de parlamentares.
Segundo Terra, o tema da liberação das drogas só tem sido discutido por quem as usa. “Não adianta só os intelectuais das universidades debaterem o assunto lá da sua torre de marfim. É necessária uma abordagem de quem convive com esses problemas no dia a dia”, afirma. A dependência de drogas, para o deputado federal, é o maior problema de saúde pública e segurança que já houve, e se agrava a cada dia. Um dos motivos citados é o Brasil fazer fronteira com os países que mais produzem cocaína no mundo. “E com a legalização da maconha no Uruguai, tende a piorar, porque não pensem que só a venda de cannabis é afetada com isso, a de outras drogas também”, avisa.
A dependência de entorpecentes, de acordo com o parlamentar, é a maior justificativa para interdições de jovens no País. Além disso, o uso da maconha seria a principal causa de acidentes de trânsito, sendo a segunda o álcool. “As maiores violências domésticas e urbanas são causadas pelo alcoolismo. Imaginem se as outras drogas forem legalizadas?”, questiona. O auxílio-doença, oferecido pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), é destinado, atualmente, quatro vezes mais a dependentes de crack do que a alcoólatras, conforme Terra. O deputado federal sustenta que não há país no mundo em que algo tenha melhorado após a liberação.
O psiquiatra especialista em pesquisas sobre maconha Sérgio de Paula Ramos esteve presente no encontro e relacionou o marketing utilizado quando o cigarro deixou de ser artesanal e passou a ser industrializado, no início do século passado, ao marketing realizado hoje quanto à cannabis. Naquela época, segundo Ramos, as propagandas diziam que o tabaco fazia bem para a bronquite, relacionava fumar com ser independente e alegava que havia médicos que aprovavam. “Hoje, se diz que a maconha faz bem para algumas doenças, que você deve ter o direito de escolher se quer fumá-la e que alguns médicos recomendam. Ou seja, a estratégia de marketing é a mesma”, revela.
A preocupação do médico é de que, para controlar a epidemia do cigarro, foi preciso um século de campanhas, o que pode ocorrer novamente se a maconha for legalizada. “Maconha é a droga mais lesiva ao cérebro juvenil, ela emburrece, isso está comprovado por pesquisas. Se a ciência mostra quão mal faz a cannabis, por que essa onda liberatória?”, pondera. A questão, para ele, seria econômica, estimulada por empresas que têm expertise em fabricar cigarros.
Conforme Germano Bonow, que foi à reunião representando o Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), um dos grandes determinantes na luta contra as drogas é a dificuldade de acesso ao atendimento. A facilitação para se encontrar a maconha também foi citada por ele como algo que aumenta o uso da droga, principalmente por jovens, justamente a faixa etária que é mais predisposta à dependência. O presidente da Associação de Psiquiatria do Estado e da Associação Brasileira de Estudos do Álcool e Outras Drogas (Abead), Carlos Salgado, ressaltou que a consciência entre médicos de que o uso de entorpecentes não deve ser legalizado é consenso. “Nosso desafio é tornar apetecível à sociedade o nosso discurso, como já fizemos com o cigarro”, destaca.
Fonte: http://aperjrio.org.br/site/drogas-sao-maior-problema-de-saude-publica/

20 de junho 2014 - nova abordagem senilidade

http://aperjrio.org.br/site/reino-unido-lanca-maior-estudo-mundial-sobre-demencia-senil/

NOVA ABORDAGEM DE POLÍTICA PÚBLICA/SENILIDADE/ REINO UNIDO

sexta-feira, 27 de junho de 2014

"Alzheimer - minha mãe tem"

SEX, 27 DE JUNHO DE 2014 00:06      ACESSOS: 287
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Foto: reprodução/Youtube

Por Rinaldo de Oliveira
O amor é mais forte que Alzheimer, felizmente!
A doença pode fazer o paciente esquecer nomes, histórias, datas, locais, parentesco... 
Mas não consegue apagar o sentimento de carinho, aquela plantinha que foi semeada a vida inteira.
O vídeo abaixo mostra o poder deste sentimento e está comovendo o Brasil.

Anna Izabel Arnaut, de 93 anos - há 11 diagnosticada com Alzheimer - conversa com a filha Ana Heloisa Caldas Arnout, de 55 anos.

A conversa, gravada no dia 25 de maio último, mostra um bate-papo cheio de carinho, respeito e doçura entre mãe e filha, que acontece todas a noites antes de dormir. 

Dona Anna Izabel infelizmente não se lembra mais que é mãe de Ana Heloísa.
Por ironia do destino, ela pensa que é filha da filha, uma confusão mental que acaba tendo um fundo de verdade. Hoje é a filha quem cuida da mãe, na cama.

"Todas as noites a gente conversa, bate um papo, faz uma oração. Isto é muito importante para mim e para ela". "Mesmo ela não me reconhecendo as vezes, eu vejo que este momento é bom para ela. A gente brinca, sempre com muito amor e carinho", contou Ana Heloísa ao site Bhaz.

Um dos pontos mais emocionantes do vídeo é quando dona Anna Izabel diz espontaneamente que a filha é "muito educada", "voce é um encanto" e dá um beijo em Heloísa.  
Sucesso
Para compartilhar esse momento de carinho com os amigos, Ana Heloísa postou o vídeo no Facebook. 

Virou um sucesso: em 1 mês passou dos 330 mil compartilhamentos.

Ana Heloísa, natural de Caxambú, Minas Gerais, decidiu então criar uma página na rede social -  Alzheimer - Minha mãe tem - para contar a história da mãe e mostrar para outras pessoas que vivem momentos parecidos, que as coisas não são tão ruins como parecem. 

O perfil já tem mais de 73 mil seguidores.
"Meu objetivo é mostrar duas coisas: primeiro que você tem que ter carinho com aquela pessoa que te criou, retribuir todo o possível para ela. E segundo é mostrar que você não precisa ter vergonha e que a vida continua, mesmo com a doença", declara.
Agressividade
Claro que nem sempre tudo correu bem. Houve um período em que a mãe sofreu com episódios de agressividade, algo normal entre os diagnosticados com a doença.

"Eu percebi que esta agressividade era, na verdade, por medo. E com muita paciência e carinho a gente conseguiu contornar esta situação", revelou.
Assista:



Com informações do Bhaz Fonte:http://sonoticiaboa.band.uol.com.br/noticia.php?i=5129

Para entender mais a solidariedade ( ou a não-solidariedade)

Solidariedade para sobreviver
Todas as espécies apresentam alguma forma de cooperação. Entre humanos, essa atitude não é uma exceção, mesmo que às vezes pareça: a generosidade é importante até para nossa evolução

Martin A. Nowa
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Os mecanismos que governam a manifestação da cooperação se aplicam a todas as formas de organismo, de amebas a zebras (e mesmo, em alguns casos, a genes e outros componentes das células). Essa universalidade sugere que a cooperação tem sido uma força motora da evolução da vida na Terra desde o início.
Além disso, há um grupo em que os efeitos da cooperação se mostraram especialmente profundos: o dos humanos. Milhões de anos de evolução transformaram uma criatura lenta e indefesa em uma das mais influentes criaturas do planeta, uma espécie capaz de inventar uma alucinante série de tecnologias que lhe permitiu descer às profundezas do oceano, explorar o espaço e transmitir essas conquistas ao mundo em um instante. Fizemos essas conquistas monumentais ao trabalharmos juntos. De fato, os humanos são a espécie mais cooperativa – supercooperativa, podemos dizer.
A pergunta é: o que torna os humanos, em particular, os mais auxiliadores? Os humanos, mais do que quaisquer outras criaturas, oferecem ajuda com base na reciprocidade indireta, ou reputação. Apenas os humanos dominam totalmente a linguagem – e, por extensão, os nomes dos nossos pares –, o que nos permite dividir informação sobre todos, desde os membros próximos da família até completos estranhos do outro lado do mundo. Somos obcecados com quem faz o que para quem e por qual razão – temos de ser para nos posicionarmos melhor na rede social ao nosso redor. Vários estudos mostraram que pessoas decidem sobre tudo, de quais instituições de caridade ajudar até quais empresas iniciantes financiar com base, em parte, na reputação.
A interação da linguagem e da reciprocidade indireta leva à rápida evolução cultural, condição central à nossa adaptabilidade como espécie. À medida que a população humana cresce e o clima muda, precisaremos fortalecer essa adaptabilidade e descobrir formas de trabalhar juntos para salvar o planeta e seus habitantes. Dado nosso atual histórico ambiental, as chances de atingir esse objetivo não parecem grandes.
Aqui, também, a teoria dos jogos oferece insights. Alguns dilemas cooperativos que envolvem mais de dois jogadores são chamados de jogos de bens públicos. No clássico jogo dos bens públicos conhecido como Tragédia dos Comuns, descrito em 1968 pelo falecido ecologista Garrett Hardin, um grupo de criadores de gado que partilham uma pastagem permite que seus animais explorem exageradamente o gramado comunitário, apesar de saberem que isso acabará por destruir o recurso de todos, incluindo o dele. As analogias com as questões do mundo real relacionadas aos recursos naturais – do petróleo à água potável – são óbvias. Se os cooperadores tendem a desertar no momento de arcar com os custos dos bens comunitários, como podemos querer preservar o capital ecológico do planeta?
Felizmente, nem toda esperança está perdida. Uma série de experimentos computadorizados realizados por Manfred Milinski, do Instituto Max Planck de Biologia Evolutiva, de Plön, na Alemanha, e seus colegas revelou vários fatores que motivam as pessoas a serem boas gestoras das coisas comuns nos jogos dos bens públicos. Os pesquisadores deram a cada sujeito € 40 e os colocaram num jogo via computador em que o objetivo era usar o dinheiro para manter o clima da Terra sob controle. Os participantes foram informados de que a cada rodada do jogo teriam de doar parte de seu dinheiro para um fundo comum. Ao fim de dez rodadas, se houvesse € 120 ou mais no fundo comum, então o clima estaria a salvo e todos iriam para casa com o dinheiro que sobrou. Se houvesse menos de € 120, o clima entraria em colapso e todos perderiam.
Embora, no fim, os jogadores não tivessem conseguido salvar o clima, ficando poucos euros abaixo do determinado, os pesquisadores observaram diferenças em seu comportamento de rodada a rodada que apontam para o que inspira a generosidade. Eles descobriram que os jogadores ficavam mais altruístas quando recebiam informação confiável sobre pesquisas do clima, indicando que as pessoas precisam ser convencidas de que há realmente um problema para fazer sacrifícios pelo bem maior.
Os jogadores também agiram mais generosamente quando se permitiu que as doações fossem feitas publicamente e não anonimamente – ou seja, quando sua reputação estava em jogo. Outro estudo de pesquisadores da Universidade de Newcastle, da Inglaterra, ressaltou a importância da reputação ao descobrir que as pessoas são mais generosas quando sentem que estão sendo observadas.

Simulações evolucionistas indicam que a cooperação é intrinsecamente instável; períodos de prosperidade cooperativa inevitavelmente dão lugar à deserção destrutiva. Mesmo assim o espírito altruísta parece sempre se reconstituir; nossa bússola moral de alguma forma se reorienta. Não está claro onde nós, humanos, estamos neste ciclo agora, mas, certamente, poderíamos estar fazendo mais ao trabalharmos juntos para resolver os problemas mais prementes do mundo.
Você acabou de ler um trecho da matéria Solidariedade para sobreviver, da edição 252 da Mente e Cérebro

Link original da matéria


Fonte: http://www.controversia.com.br/index.php?act=textos&id=17762

Panorama da população 60+ no Brasil e no mundo

PANORAMA NO BRASIL
Hoje:
•A expectativa de vida subiu de 74,08 em 2011 para 74,6 anos em 2012.

•Cerca de 45% dos executivos que se aposentam em grandes empresas continuam trabalhando como consultores das mesmas.
Em 2020:
•Estima-se que a população com mais de 60 anos no País deva chegar a 30 milhões de pessoas.
•Espera-se que 11% da população economicamente ativa seja constituída por trabalhadores idosos.
Em 2050:
•A população com 60 anos ou mais aumentará de 20 para 74 milhões de pessoas.
•Nesse mesmo período a população entre 15 e 59 anos irá declinar devido a diminuição das taxas de natalidade.
•Em 2060 a população de maiores de 60 anos será de 39% da população total, prevista para 190 milhões de pessoas.
Fonte: IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas) 

PANORAMA NO MUNDO
Até o final desta década (2020):
•Este  segmento de consumidores, de enorme potencial, irá gastar US$ 15 trilhões por ano.
Em 2050:
•O número de pessoas acima de 60 anos chegará a 2 bilhões e  representarão 32% da população mundial, superando pela primeira vez na história o número de crianças.
Fonte: Novo Estudo Global da A. T. Kearney

Fonte:http://www.angatuidh.com.br/panorama_angatu_integracao_no_mundo.html

De origem tupi-guarani, Angatu significa bem estar, alma boa e felicidade, conceitos que embasam nosso objetivo

Paixão por futebol não tem idade, voluntariado também não!

A estreia do Brasil na Copa do Mundo aconteceu no dia 12 de junho contra a Croácia. Mas o mundial começou muito antes, pelo menos para o voluntariado. 

A paixão pelo futebol não tem idade e isso foi observado no número de inscrições de voluntários idosos; total de 2.750. Dentre esses foram selecionados, segundo o Ministério do Esporte, 288 septuagenários, 53 octogenários e 16 nonagenários (90-94 anos). 
Legislado pelo artigo 1 da Lei No 9608, de 18/02/1988, o trabalho voluntário é qualquer atividade onde a pessoa oferta, livremente, o seu tempo para beneficiar outras  pessoas, grupos ou organizações, sem retribuição monetária (Brasil, 1998). 
O idoso brasileiro contribuirá na copa com uma jornada de 4 horas, no mínimo sete dias seguidos ou intercalados e atuará em locais públicos e abertos; como estação de metrô e ônibus, aeroportos, eventos de exibição pública, área de fluxo como shopping e ponto turístico, entorno do estádio e centro de mídias (Volunteering, 2000). 
O voluntariado tornou-se uma prática comum e em expansão crescente na terceira idade, servindo como mecanismo para manter o idoso socialmente ativo e afastá-lo do preconceito advindo da aposentadoria (ONU, 2003). 
No Plano de Ação Internacional para o envelhecimento Ativo, colocou-se a participação dos idosos na sociedade através da realização de trabalho voluntário com um dos objetivos e compromissos a serem adotados pelos países preocupados em manter uma sociedade para todas as idades4. 
Como pode se observar o “primeiro chute” já foi dado, mas devemos estimular, despertar o interesse não só pelo “futebol arte”, mas para ações que facilitem os idosos ao voluntariado. 
Pra frente Brasil! 
Referências
BRASIL. Lei n. 9.608, de 18 de fevereiro de 1998. Dispõe sobre o serviço voluntario e das outras providencias (legislação da internet). São Paulo: TRT/SP; 2003 (citado 2006 ago.4).
WILSON J. VOLUNTEERING. Annu Rev Sociol. 2000;26:215-40.
Organização das Nações Unidas (ONU). Plano de Ação Internacional para o Envelhecimento -2002. Brasília: Secretaria Especial dos Direitos Humanos; 2003 

(*)Por Gislaine Gil, Mestre em Gerontologia Social pela PUC SP, Neuropsicóloga pelo IPq do HC da Faculdade de Medicina da  USP e fundadora do Vigilantes da Memória: http://vigilantesdamemoria.com.br
FONTE: http://www.portaldoenvelhecimento.com/index.php/com-phocagallery/com-phocagallery-info/voluntariado/item/3232-paix%C3%A3o
Escrito por  Por Gislaine Gil(*)

Excelente texto indicando nossos pontos positivos como povo e no que podemos melhorar, aprendendo com os londrinos!

Nova publicação em TURISMO ADAPTADO

Londres em uma palavra: diversidade

by Ricardo Shimosakai
Fausta Cristina, mãe de Milena, sua terceira filha que possui autismo, hoje com 8 anos.Fausta Cristina, mãe de Milena, sua terceira filha que possui autismo, hoje com 8 anos.
Por Fausta Cristina
Há pouco tempo, passei uma grande temporada em Londres. Oito meses vivendo na capital inglesa me valeram uma marcante lição de vida e, embora eu não consiga reduzir esta experiência a um relato de algumas linhas, adoraria contar um pouco do que vivi neste texto.
Nas ruas de uma capital que tem mais de dois milênios de história, o que se vê é uma mistura de gente de nacionalidades, credos, raça, gostos e valores muito diferentes, dessa forma, adiversidade é a característica que mais significa Londres, para mim. Certo dia, vendo que minha filha com autismo falava em português com uma inglesa, tratei logo de explicar: "desculpe, ela tem autismo" e a reação daquela pessoa me desconcertou, ela olhou pra mim com naturalidade e perguntou: - e…?
Não importava o autismo ali, para ela era uma criança que a abordava de maneira inocente, acreditando que seria compreendida em seu idioma nativo, mesmo sendo ela uma total desconhecida, não era preciso justificar, tudo se resumia a um sorriso de aceitação e a mágica de um contato que prescinde o uso da linguagem verbal. E foi o que aconteceu quando eu relaxei, me despi do meu próprio preconceito e deixei que as coisas fluíssem com naturalidade.
Foi experimentando essa ausência de julgamentos que percorri lugares, visitei parques, museus, galerias de arte e restaurantes. Convivi com nativos, turistas, residentes, recebendo sempre apoio, ajuda, acolhimento em todas as situações sem que isso me fizesse sentir diminuída. Foi como se nunca houvesse os valores: diferente e normal, como se sempre fosse assim, cada qual com o seu diferente.
Não, não se trata de um lugar de pessoas perfeitas, claro que não. Estamos ainda falando de pessoas e sempre tem gente boa e não tão boa, em tudo que é lugar, mas estamos falando de uma sociedade que se construiu nas diferenças, pois Londres ainda no século I D.C era um lugar para onde se enviava os mais diferentes povos escravizados pelo vasto império romano e se fez assim como lugar de encontro de culturas diferentes e, por isso, o que se vê é gente muito estranha convivendo com gente muito comum sem nenhuma afetação.
Na televisão, esta diversidade está presente em todos os programas, âncoras de importantes telejornais tem algumadeficiência, os programas infantis sendo apresentados por pessoas sem o braço, cadeirantes, sotaques diversos e isso, a meu ver, faz uma base cultural em que o diferente está incluído a despeito de uma forte tradição inglesa que se perpetua há séculos.
Por lá, a família tem costumes, tem valores que são repassados de pai para filho como por exemplo, o amor à jardinagem. Inglês que se preza tem jardim nem que seja em vasos e por isso é comum vermos os pais levarem seus filhos às lojas de jardinagem, às oficinas de jardinagem e passarem tempo com seus pequenos revolvendo a terra e plantando flores. Isso só pra dizer que aceitar o diferente não significa perder de vista um padrão que preserva costumes e tradições.
Por lá, ninguém se refere ao outro como "o fanho", "o manco", "o gago"… um amigo inglês achou estranhíssimo quando perguntei se deveria colocar um adesivo que indicasse que minha filha tem autismo, para que as pessoas não interpretassem de forma equivocada seu comportamento dentro de um museu. Ele me disse que seria muito mal visto destacar o autismo, seria como colocar um rótulo e que por mais que  o comportamento dela fosse inadequado, ninguém iria me julgar.
Eu sei que nós brasileiros somo fantásticos em nossa alegria, na forma como abraçamos as pessoas e nos mobilizamos quando se trata de ajudar. Eu sei que temos uma cultura que também foi construída na diversidade, também sei o quanto somos um país novo e como estamos crescendo nesta caminhada de superação dos preconceitos, mas sei também que podemos - e devemos - avançar ainda mais.
Neste percurso onde valores são cultivados no campo das individualidades que acessam uma cultura comum, nós podemos de forma particular contribuir muito. Não há grupo sem indivíduos, não há conjunto sem elemento. A soma de todos nós faz o coletivo em que atuamos, damos e recebemos, sustentamos e somos sustentados. A vaga da escola negada significa uma família a mais a sofrer. Alguém que sofre, afeta outras pessoas e estas pessoas, muitas vezes, se tornam para o coletivo alguém que demanda apoio. Do indivíduo ativo ao dependente, existe muitas vezes uma falha no processo de sustentação mútua.
Que a gente possa falar mais de aceitação e trabalhar no grande desafio de incluir. Por mais que eu bata nesta tecla, a vida se encarrega de me conduzir pelas paisagens que me mostram que ainda não é hora de parar de gritar: Diferente, é o mundo que queremos!
Fonte: Vida Mais Livre

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Acessem, é lindo em todos os sentidos!



     Novamente a fonte é a Consultora em Inclusão, Marta Gil - fica aqui o nosso agradecimento pelo envio, em nome de todos os que acessarem um material tão bem elaborado e socialmente justo.


    Versão 
da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, em inglês, 
em 
formato de texto
 acessivel, elaborado pela Inclusion International, que ve
m
trabalhando com autodefensores (pessoas com deficiência intelectual que falam por si, exercendo seus direitos).

Marta



Easy read da Inclusion International


Priorities for People with IntellectualDisabilities
in Implementing theUnitedNations Convention
on the Rights of People withDisabilities

açucar/doenças crônicas/doenças degenerativas

Açúcar em excesso pode causar diabetes, Alzheimer e até câncer

Uso excessivo do produto está entre as principais causas de doenças crônicas e degenerativas
Do R7
Açúcar é responsável pelo envelhecimento das células, causando doenças como diabetes, obesidade, câncer e até o AlzheimerReprodução
Consumir açúcar em excesso pode estar ligado ao surgimento de diversas doenças crônicas e degenerativas, segunda a nutricionista Ana Paula Camargo do do Iamspe (Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual). O excesso de açucar pode ser tão prejudicial quanto abusar na bebida alcoólica.
Segundo a especialista, o açúcar é responsável pelo envelhecimento das células, causando doenças como diabetes, obesidade, câncer e até o Alzheimer.
― A sacarose também é um dos grandes responsáveis pela esteatose hepática, doença que atinge dois em cada oito pacientes que atendo. Geralmente, isso acontece por causa do consumo excessivo de álcool.
A especialista afirma que as pessoas devem se atentar não somente ao açúcar que adicionam às refeições, mas também aos produtos industrializados que já vem adoçados, como biscoitos, refrigerantes e sorvetes.
― Da mesma forma que o sal e a gordura estão escondidos nas fórmulas dos produtos industrializados, o açúcar também está. Devemos sempre dar preferência aos produtos naturais.
De acordo com Ana Paula, o ideal é substituir o produto por adoçantes naturais encontrados nas frutas, mel, ou mesmo o açúcar mascavo, que, por não ser refinado, mantém seus nutrientes.
― Desde que consumido moderadamente, o adoçante não faz mal à saúde. O ideal é reduzir ou substituir a quantidade diária de açúcar para que, com o tempo, o organismo não sinta a necessidade do doce.
Fonte: http://noticias.r7.com/saude/acucar-em-excesso-pode-causar-diabetes-alzheimer-e-ate-cancer-26062014
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