segunda-feira, 23 de junho de 2014

Aposentados/ idosos/ perspectivas



                   As pessoas ainda tem uma visão idealizada da pessoa idosa/aposentadoria, como se fosse possível "deletar" qualquer desconforto e usufruir de momentos de pura delícia. A realidade não é bem assim:

                  PARECE OBRIGAÇÃO UNIVERSAL



    Todos acham que aposentado deve estar absolutamente sempre feliz! Até eu achava. Sou Carlos, aposentado há dois anos, com 62 de idade. Trabalhei a vida toda como comprador e contador. Era a hora de parar, não tenho saudades. Minha esposa Beth, de 57 anos ainda trabalha em sua pequena confecção. Às vezes penso em ajudar. Tivemos dois filhos, que considero exemplares, um já casado que nos deu um delicioso neto de um ano e meio. Mas hoje até as crianças tem agenda a cumprir - consigo ver esta criança umas duas vezes por semana!Quando pude ficar em casa, iniciei uma boa reforma nela e fiquei bem ocupado. Quando acabou, sentei no sofá e percebi que não gosto de ficar sozinho. A tal “felicidade” (de estar aposentado) não apareceu. Fui à luta e de manhã freqüento a bonita academia de ginástica que meu filho mais novo abriu. Ele ainda mora conosco. Lá faço os exercícios de musculação e dou uma força no controle dos pagamentos feitos com cartão de crédito. Ainda vou ao CIVI (Clube do Vovô) e faço yoga e ginástica. O almoço é por conta da Beth, a janta eu faço refeições sadias, adequados à nossa idade. Levo o meu cachorro para passear, cedo e à tarde. Faço o que quero ninguém manda em mim. A esposa cansada do trabalho deita às oito horas – e acorda entre cinco/seis horas. Procuro acompanhar, mas à meia noite o sono foge, e pensamentos chatos aparecem. Procurei psiquiatra, usei a medicação por um tempo e não quis continuar – ficava tudo meio igual. Procurei ajuda psicológica e percebi que talvez precise de novos desafios – descobrindo como usar todas as ferramentas de trabalho e a experiência de vida ajudando novas pessoas, em novas situações!Ajudar meu entorno social! Gostei disto!
“Não me pergunte o motivo de minha felicidade que já fico triste.” – Fabrício Carpinejar. Caso real, Elizabeth Fritzsons da silva, psicóloga, e-mail; bfritzsons@gmail.com

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