quarta-feira, 31 de julho de 2013

Visitas no hospital - artigo sobre Pastoral Hospitalar

Visitas no hospital

   A Pastoral Hospitalar é trabalho de voluntários, devidamente capacitados pela Igreja Católica. Fazemos visitas semanais a pessoas que estão hospitalizadas, sempre trabalhando em duplas, em jornada de duas horas seguidas, em cada semana. Cada visita tem duração máxima de dez minutos, seguindo a sintonia emocional da família e do doente. Visitamos sempre todas as alas, e todos os quartos. Solicitamos permissão para rezarmos juntos um “Pai Nosso”, muito bem recebida em geral, mesmo que a religião não seja a mesma. Quando solicitados levamos, também aos enfermos a Santa Comunhão com o devido respeito e piedade a Jesus Eucarístico. Respeitamos regras de higiene corporal, prevenindo a contaminação do doente do próximo quarto a ser visitado, e também a nossa. Precisamos seguir regras de conduta determinadas pelo hospital, usamos crachá, assinamos livro ponto, mas é serviço agradável, de equipe, convivendo em harmonia com outras vertentes religiosas em seus trabalhos, com apoios de saúde específicos para determinadas doenças, com doulas (profissionais que apóiam nascimento de bebês), e com pessoas que buscam levar um pouco de diversão e alegria para momento de vida tão exigente (anjos da alegria). Sentimos a equipe hospitalar feliz com todo este movimento de ajuda, é bom. No hospital que atendemos, somos vinte voluntários, e raramente encontramos a mesma pessoa em outra visita. Apesar de trabalharmos com situações densas, de revalidação de valores e afetos, a sensação pessoal de poder servir traz muita gratidão e felicidade. Receber assistência religiosa é direito pessoal, garantido em Constituição, válido para hospitais de rede pública e privada, e também em qualquer outro grupo humano asilado, de qualquer condição social e idade.

Caso real, Elizabeth Fritzsons da Silva, psicóloga, e-mail: bfritzsons@gmail.com

"Metade dos criadores no Vale do Silício é autista"

Texto extraído da rede Saci (USP)

 "Metade dos criadores no Vale do Silício é autista"

ISTOÉ
30/07/2013

Escritora, intérprete do raciocínio animal e inventora da máquina do abraço, a cientista americana Temple Grandin, que sofre do mal, enumera gênios que, na sua avaliação, têm traços de autismo. Steve Jobs, Einstein e Van Gogh são alguns deles

Juliana Tiraboschi
A psicóloga e doutora em ciência animal Temple Grandin, 65, é uma das maiores especialistas em manejo e bem-estar de animais para abate no mundo. Dá aulas na Universidade do Colorado (EUA) e presta consultoria para fazendas e abatedouros. Temple também é autista. Até os quatro anos, ela não emitia uma palavra. Teve dificuldades de aprendizado e sofreu bullying na escola. Depois que começou a entender que sua mente funcionava de maneira diferente da de outras pessoas, por meio de imagens e associações entre elas, passou a usar esse conhecimento para desenvolver novos sistemas e equipamentos de manejo humanizado de gado. Hoje, metade das fazendas dos Estados Unidos usa suas criações.

Autora de livros como “Na Língua dos Bichos”, “Thinking in Pictures” e “The Autisc Brain” (Pensando em Imagens e O Cérebro Autista, sem versões em português), a cientista teve sua vida retratada no filme “Temple Grandin”, produzido pela HBO e que acaba de ser lançado em DVD no Brasil. Por telefone, ela conta como controlou a doença, enumera gênios que sofriam do mal e incentiva o surgimento de personagens autistas como Linda, da novela “Amor à Vida”.

ISTOÉ - Como foi para você se ver retratada na tela? Aprovou a interpretação que a atriz Claire Danes faz de você?
Grandin – Gostei muito. O filme se passa nas décadas de 1960 e 1970, quando eu era adolescente e, depois, uma jovem adulta. Assisti-lo foi como entrar em uma máquina do tempo. Claire Danes se transformou em mim. Eu passei um dia com ela e lhe dei os filmes de família mais antigos que eu tinha. Ela também gravou minha fala e fez um trabalho com um treinador de voz. Para deixar o filme ainda mais realista, eu passei muito tempo com o diretor Mick Jackson e a produtora Emily Saines. Ela é mãe de uma criança autista, e era muito importante para ela que o filme fosse bom. A produção mostra muito bem o que é a doença.

ISTOÉ – Do que você mais gostou no filme?
Grandin – Apreciei muito que eles mostraram equipamentos que desenvolvi e como eu comecei meu negócio e minha carreira. Eu realmente construí aquele portão na fazenda da minha tia, que dava para abrir sem precisar descer do carro. E o tanque de mergulho para o gado foi mostrado exatamente como o construí [os tanques são usados para aplicar pesticidas na pele do animal antes do abate. Temple criou um design de tanque que faz com que o gado não se assuste com o movimento externo e caminhe mais calmamente em direção ao abatedouro]. Foi muito realista e correto.

ISTOÉ – O filme usa inserções de imagens e efeitos para tentar mostrar como a sua mente funciona de um jeito diferente. É um retrato preciso?
Grandin – Sim, é assim que minha cabeça funciona. E eles também mostraram bem meus problemas sensoriais e dificuldades sociais. Gosto muito da parte em que um dos meus professores me pede para pensar em sapatos e eu me lembro, em imagens, de todos os sapatos que já tive na vida.

ISTOÉ – Quando você percebeu que era diferente das outras pessoas?
Grandin – Foi um processo gradual. Até por volta de vinte anos, eu acreditava que todo mundo pensava em imagens, como eu. Não havia livros sobre autismo para eu ler. Aos poucos, conversando com os outros, fui percebendo que não era assim. Ao fazer pesquisas para um de meus livros, eu entrevistei algumas pessoas. Eu pedia para elas pensarem em igrejas, por exemplo, e fiquei chocada em perceber que os outros veem na mente uma imagem genérica e vaga. Quando eu penso em igreja, vejo construções específicas, que eu já vi na vida. Fui percebendo que, quando desenhava equipamentos, eu podia vê-los funcionando em minha mente.
ISTOÉ – Em que circunstâncias você notou que podia entender a maneira de pensar dos animais?
Grandin – Quando fui trabalhar com gado. Logo que me formei na faculdade, percebi o que os assustava, vi que eles empacavam quando viam uma sombra, um raio de sol, uma poça de lama, imagens refletidas ou casacos pendurados nas cercas. Para mim era óbvio, mas as outras pessoas não percebiam isso.
ISTOÉ – Você acredita que tem uma conexão especial com os bichos?
Grandin – Eu acho apenas que os entendo porque meu modo de pensar também é sensorial. Animais não sabem falar. Eles pensam em imagens, sons, cheiros e tato. Alguns dos melhores treinadores de cavalo ou outras pessoas que lidam com animais que conheço são levemente autistas, têm dislexia, déficit de atenção ou alguma dificuldade de aprendizado ou de leitura. Elas usam menos palavras, seu pensamento é muito menos verbal. O autismo também é um contínuo. Metade das pessoas que trabalham no Vale do Silício, gente que inventou os computadores, cai no espectro do autismo. Elas não são muito sociáveis e são muito inteligentes. Acredito que Steve Jobs podia ter Síndrome de Asperger, um transtorno do espectro autista. Hoje os médicos estão começando a mudar os critérios e considerar autismo e Asperger uma coisa só. Albert Einstein não falou até a idade de três anos. Muitas clínicas o diagnosticariam como autista.
ISTOÉ – Quais outros cientistas, artistas ou personalidades você acha que podem ter sido autistas?
Grandin – Talvez Van Gogh, Gregor Mendel e Thomas Jefferson. Van Gogh era socialmente estranho quando criança. Mendel também. E, quando ele se sentiu entediado no monastério, começou a fazer experimentos com ciência. Jefferson era pouco sociável e muito metódico e tinha algumas manias.

ISTOÉ – Uma de suas criações é a “máquina do abraço”, que pressiona o corpo e funciona como um substituto do contato humano para quem não o tolera. Foi observando sistemas de contenção de gado que você teve a ideia de construir o equipamento?
Grandin – Sim, tive essa ideia no rancho da minha tia. Ainda tenho uma máquina, mas ela quebrou, e agora eu abraço pessoas de verdade, então não preciso mais dela.
ISTOÉ – Como foi o seu processo de aproximação das pessoas?
Grandin – O problema é que eu era extremamente sensível. Quando você abraça alguém, se sente bem. Comigo a sensação era tão intensa que eu não podia tolerá-la. Era como um maremoto para mim. Gradualmente, usando a minha máquina, com a qual eu podia controlar a intensidade do abraço, fui me dessensibilizando. A máquina me treinou para tolerar os abraços reais.
ISTOÉ – A sua fobia social está sob controle?
Grandin – Sim. O filme me mostra na época em que sofria de uma terrível ansiedade social, antes que eu começasse a me tratar com antidepressivos, o que venho fazendo há 30 anos. Esses medicamentos fazem diferença para muitos autistas, já que interrompem os ataques de pânico. Hoje a ansiedade está controlada. Também faço exercícios físicos, o que me ajuda bastante. Fiz terapia só quando era criança, porque os médicos achavam que o autismo era um problema puramente psicológico, o que não é verdade. E também tive muitas pessoas que me ajudaram. Há uma cena no filme em que meu chefe joga um frasco de desodorante na minha mesa e manda a secretária dele me levar para comprar roupas novas. Aquilo aconteceu de verdade. Eu vivia suja de trabalhar na fazenda, e tinha de parar de ser uma desleixada. Fiquei chateada quando ele fez isso, mas queria o trabalho e sabia que precisava mudar. Ele fez a coisa certa.
ISTOÉ – Se não fosse pelo autismo, você acha que seria tão bem-sucedida na sua profissão de criar sistemas mais humanizados de manejo animal?
Grandin – Acho que o autismo me ajudou com os animais. Mas o que também me ajudou foi trabalho duro. Quando estudei em um internato rural, durante o ensino médio, eu me dedicava muito a cuidar dos cavalos, limpava oito estábulos por dia. Comecei minha empresa realizando um projeto por vez e fui desenvolvendo minhas habilidades. Aqui nos EUA, muitas crianças são rotuladas como autistas ou disléxicas e não são estimuladas a fazer coisas novas.
ISTOÉ – Tem algum projeto seu do qual você se orgulhe mais?
Grandin – Um dos que mais teve impacto é um sistema de avaliação e auditoria de bem-estar animal que desenvolvi para abatedouros. Ele mede coisas simples, como o quanto o gado vocaliza, ou seja, muge, ou com qual frequência os animais caem. Sei que esse sistema é usado no Brasil também. Também me orgulho dos equipamentos de contenção de gado. E gosto muito do tanque de mergulho mostrado no filme. Eu estava começando minha carreira. Muita gente achava que eu era estúpida, e o projeto serviu para eu provar o contrário. É por isso que eu digo que é importante estimular as crianças autistas, encontrar um talento — música, escrita, arte, design, animação, computação — e desenvolver essa habilidade. Minha aptidão para arte e desenho sempre foi estimulada. O que foi muito útil, pois passei a usá-la para criar meus designs.
ISTOÉ – Há um trecho no filme em que sua personagem diz que não queria ir para a universidade porque não entendia as pessoas. Isso mudou?
Grandin – Bom, eu entendo as pessoas muito melhor hoje. Fui aprendendo gradualmente, com novas experiências, e lendo muito. Leio muito sobre diplomacia internacional, que é mais ou menos como as relações sociais. Também amo ler sobre ciência e revistas de negócios, sobre pessoas bem-sucedidas. Quando fui para a universidade, decidi estudar psicologia para me entender melhor. Depois estudei ciência animal.
ISTOÉ - E estudar psicologia ajudou?
Grandin - Sim, mas temos de lembrar que, naquela época (década de 1960), não havia muitos livros sobre autismo. Hoje temos muitos recursos, muito material na internet. Minha maior dificuldade na faculdade foi ser colocada para viver em uma moradia estudantil com outras duas companheiras de quarto. Foi muito difícil, não conseguia dormir nem estudar. Havia muito barulho. Depois me colocaram para morar com apenas uma estudante, e isso funcionou.
ISTOÉ – Quando sua mãe levou você a um médico para avaliar a sua mudez, ouviu que o autismo era causado pela falta de vínculo com a mãe, carência de amor e de atenção. Hoje a cientistas já constataram que essa é uma noção totalmente equivocada. Qual foi o impacto desse diagnóstico?
Grandin – Ela se sentiu muito mal. Eu é que a rejeitava, porque eu não gostava de ser abraçada. Nossa relação foi difícil na infância, mas a minha mãe sempre tentou buscar boas escolas e me estimular a fazer coisas novas. Vejo hoje muitas crianças sendo superprotegidas, pois os pais têm medo de soltá-las no mundo. Não foi o meu caso. Um exemplo aconteceu na minha adolescência, antes de entrar na faculdade. Quando fui passar uma temporada no rancho da minha tia, eu estava com medo. Ao notar isso, minha mãe disse: “Você pode ir por uma semana ou por todo o verão, mas não ir não é uma opção”. Ela tinha um instinto extraordinário de saber até quando devia me pressionar. E também sabia que eu não tolerava surpresas. Então, antes de eu ir para a fazenda, ela me mostrou fotos de lá e conversei com a minha tia por telefone. Outro fator que me ajudou muito a controlar a doença foi o estilo de educação dos anos 1950. As crianças eram ensinadas a ter boas maneiras na mesa e a cumprimentar os adultos, por exemplo. Hoje, as coisas estão muito soltas. Isso prejudica as crianças que sofrem de formas leves de autismo. Elas precisam aprender habilidades sociais.

ISTOÉ – Que outras dicas você dá para pais de crianças autistas?
Grandin – É preciso tomar muito cuidado com estímulos sensoriais. Há crianças que não toleram ir a lugares muito barulhentos ou cheios. Não suportam roupas ásperas ou se incomodam com luzes fortes. Para estes últimos, usar óculos de lentes coloridas pode ajudar, por exemplo. Para lidar com a sensibilidade ao som, um caminho é dar o controle do barulho para a criança. Um exemplo: se a criança tem medo de bexigas, os pais podem deixar que ela estoure os balões e se acostume ao ruído, gradualmente.

ISTOÉ – Você só começou a falar depois dos quatro anos. Que lembranças você tem dessa fase?
Gandin – Lembro de tentar me comunicar e não conseguir. E isso era muito frustrante. Comecei a fazer terapia aos dois anos e meio com dois professores excelentes, que usavam os mesmos métodos aplicados pelos profissionais de hoje. É muito importante que os pais saibam que, se têm uma criança de dois, três anos que não fala, devem começar a trabalhar com elas. Brincar com jogos, cantar músicas, falar as palavras pausadamente e pedir para o filho repetir. Quanto mais cedo começar a estimular, melhor.
ISTOÉ – Você teve muitos amigos na infância?
Grandin – Sim, quando estava com cerca de 10 anos eu tinha amigos, porque eu era muito boa em projetos e arte. Isso atraía as outras crianças, que sempre queriam brincar comigo. Eu comecei a ter problemas no ensino médio, quando as meninas só pensavam em garotos, em namorar. A adolescência foi o pior período da minha vida. Eu tinha alguns amigos com interesses em comum, mas muitos alunos tiravam sarro de mim e me xingavam. Eu cheguei a ser expulsa de uma escola por bater em um garoto. A faculdade foi melhor, mas ainda tinha problemas sociais. 
ISTOÉ – Há uma novela sendo transmitida no Brasil atualmente que mostra uma personagem autista (Linda, de “Amor à Vida”, interpretada por Bruna Linzmeyer). É sempre benéfico o fato de programas populares tratarem do tema?
Grandin – Sim, é ótimo que estejam fazendo isso. Mostrar esse tipo de personagem para o maior número possível de pessoas diminui o desconhecimento e os preconceitos. Espero que meu filme se torne tão popular quanto as novelas no Brasil.

Semáforos sonoros neste nosso Brasil...

Extraido da rede SACI (USP)

 São Paulo possui apenas cinco semáforos sonoros para deficientes visuais

Mais Expressão
30/07/2013

Especialista em orientação e mobilidade da Laramara faz um panorama desses equipamentos na cidade.

da Redação
A locomoção está entre as principais dificuldades dos cegos e pessoas com baixa visão. Um dos recursos urbanos que contribuem no direito de ir e vir destes brasileiros são semáforos de tecnologia assistiva. Mas de acordo com João Felippe, professor de orientação e mobilidade da Laramara - Associação Brasileira de Assistência à Pessoa com Deficiência Visual, “a cidade de São Paulo possui apenas cinco equipamentos sonorizados para orientar a travessia de pessoas com deficiência visual”.
Onde eles estão:
- Rua Conselheiro Brotero nº 338 - Barra Funda (em frente à Laramara);
- Cruzamento da rua Conselheiro Brotero e a rua Brigadeiro Galvão – Barra Funda;
- Rua Vergueiro – Paraíso (em frente ao Centro Cultural São Paulo);
- Avenida Nazaré – Ipiranga (próximo ao Instituto de Cegos Padre Chico);
- Rua Pensilvânia, 115 - Brooklin (em frente ao Centro de Apoio Pedagógico Especializado - CAPE).
Outros estados enfrentam o mesmo problema, além de São Paulo. “Existem várias cidades brasileiras com semáforos sonoros, mas o número não é significativo. Não existe norma técnica e, tampouco, uma política definida sobre a colocação desses equipamentos”, ressalta Felippe.
Em algumas cidades de países, como Espanha, Portugal, Reino Unido, França, Suécia, Dinamarca, Holanda, Estados Unidos, Japão, Coreia do Sul, Austrália, já está incorporada na política de mobilidade urbana a instalação de semáforos sonoros e informações sonorizadas em pontos de ônibus, estações de trens, metrô e outros serviços, que atende ao conceito da acessibilidade universal.
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Compartilhe:ido da rede SACI, (USP)

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Publicações para download - Pref. Mun. de São paulo, pessoa com deficiência e acessibilidade

Material Disponível para Download

Lista de publicações disponíveis para download

Situação Mundial da Infância 2013 - Crianças com Deficiência

Esta edição do relatório da Unicef " Situação Mundial da Infância - Crianças com Deficiência", edição 2013, inclui contribuições de jovens, de pais e de mães que mostram que, quando têm essa oportunidade, crianças com deficiência são perfeitamente capazes de superar barreiras que dificultam sua inclusão, ou ocupar o lugar a que têm direito como participantes da sociedade em igualdade de condições, e enriquecer a vida de sua comunidade. No entanto, sobreviver e prosperar podem ser tarefas especialmente difíceis para crianças com deficiência. Elas correm maior risco de ser pobres do que seus pares que não têm deficiência. Mesmo quando compartilham com outras crianças as mesmas condições de desvantagem – por exemplo, vivendo em condição de pobreza ou fazendo parte de um grupo minoritário –, crianças com deficiência enfrentam desafios adicionais, em consequência de suas limitações e das inúmeras barreiras que a sociedade coloca em seu caminho. Crianças que vivem na pobreza estão entre aquelas com menor probabilidade de usufruir, por exemplo, dos benefícios da educação e de cuidados de saúde, mas para crianças que vivem na pobreza e têm uma deficiência é ainda menor a probabilidade de frequentar a escola ou centros de saúde no local onde vivem.

Faça o download do Relatório "Situação Mundial da Infância - Crianças com Deficiência"


Acessibilidade - Mobilidade na cidade de São Paulo
Quando pensamos em uma pessoa com deficiência - física, por exemplo - quase nunca nos damos conta da quantidade de acessos que são necessários para que ela possa ter a autonomia necessária para circular por aí. Por exemplo, para uma pessoa em cadeira de rodas poder chegar ao banheiro, ela precisa de mais de 0,80 cm de largura de um corredor para conseguir passar; é preciso que a maçaneta da porta esteja a até 1 metro e 15 cm do chão; que o vaso sanitário esteja a 0,46 de altura do solo e , ao lado, tem de haver uma barra de transferência a 0,75 cm de altura. Fora, claro, a área de circulação horizontal (ninguém pode entrar de frente e sair de ré de um ambiente), a altura do lavatório, da saboneteira, da torneira, do chuveiro, da banheira... Isso porque nem começamos a falar da angulação das rampas, do nivelamento das calçadas, da acessibilidade nos ônibus, quartos, casas, prédios...
Não, não é motivo para pânico. É motivo para as pessoas pensarem um pouco mais sobre a necessidade de adequar os ambientes para receber dignamente essas pessoas. Para ajudar nessa tarefa, a Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida de São Paulo - SMPED elaborou o livro Acessibilidade - Mobilidade na cidade de São Paulo.
Mais do que orientar, esse livro pretende ser um manual que pode ser aplicado em todo o Brasil, isso porque segue a NBR 9050/2004, a última versão da norma que versa sobre acessibilidade, organizada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT.
O grande desafio dessa publicação é colaborar para a inserção da pessoa com deficiência na sociedade por meio da promoção do Desenho Universal, conceito que garante plena acessibilidade a todos os componentes de qualquer ambiente, respeitando todas as pessoas. 
Numa linguagem simples, que possibilita a consulta tanto por profissionais de arquitetura e construção quanto por qualquer cidadão que se interesse pelo tema, estão dispostas informações extraídas de normas técnicas nacionais e internacionais, legislação vigente, além de orientações elaboradas pela Comissão Permanente de Acessibilidade (CPA), órgão ligado à SMPED.
Mudar a cidade será uma proposta real quando todos pensarem na acessibilidade com a mesma naturalidade em que pensam construir suas casas ou lojas com quatro paredes e um teto. São Paulo será uma cidade para todos quando o respeito pela diversidade humana estiver arraigado em sua cultura. É preciso mudar a filosofia, da causa à conseqüência, para que a atitude da sociedade seja transformada.

Faça o dowload (parte 1 e parte 2) do Livro Mobilidade Acessível.

Certificação em Projeto de Acessibilidade

O Projeto "Certificação em Projeto de Acessibilidade" visa dar prosseguimento ao curso de “Educação Continuada e Certificação em Acessibilidade” que foi e está sendo ministrado pela SMPED (este com o intuito de prover conceituação básica de Acessibilidade).
Na continuação do processo de qualificação profissional dos funcionários da Prefeitura da Cidade de São Paulo envolvidos na construção, reforma e fiscalização de edificações e vias públicas e demais profissionais da área de engenharia e arquitetura, e ainda multiplicadores de ensino, estamos implantando o projeto de "Certificação em Projeto de Acessibilidade" que irá orientar os profissionais, que já fizeram o curso de “Educação Continuada e Certificação em Acessibilidade”, como projetar e adaptar edificações acessíveis, segundo as normas técnicas brasileiras e a legislação vigente.
Através de um processo com treinamento planejado em dois módulos abordando teoria e prática, com a emissão de Certificado em Projeto de Acessibilidade segundo o conteúdo das normas técnicas da ABNT e da legislação municipal pertinente. A programação prevê o treinamento e a certificação anual de cerca de 900 servidores municipais, profissionais da área de engenharia e arquitetura e multiplicadores.
O projeto pretende promover a transformação cultural dos profissionais envolvidos na conquista da acessibilidade na Cidade de São Paulo e, portanto, permitir a inclusão das pessoas com deficiência e mobilidade reduzida.
A Portaria Intersecretarial 02/08 - SMPED/SEHAB/SMSP institui "Check list" orientativo e declaratório quanto aos aspectos da Acessibilidade e Manual de Instruções Técnicas relativas à Acessibilidade nas Edificações e Vias públicas para apoio aos órgãos municipais e aos profissionais da área de construção civil, exigido nos expedientes de pedidos de Aprovação, de Aprovação e Execução, de Reforma das edificações.

Especial - Guia da Pessoa com Deficiência - 12 de 2012

http://www.bibliotecavirtual.sp.gov.br/especial/201212-pessoacomdeficiencia.php

Todos nós - Unicamp Acessível

Todos Nós - Unicamp Acessível

www.todosnos.unicamp.br/

Links recomendados pelo Centro da Tecnologia de Informação Renato Archer

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Lei de Cotas- 22 anos - Fala de Marinalva Cruz, supervisora do programa em nosso estado

Supervisora do PADEF, destaca atuação do programa e fala sobre as aplicações da Lei
No próximo dia 24 de julho, a Lei de Cotas (Lei 8.213, de 1991) completa seu 22º aniversário. Também neste ano, o governo do estado de São Paulo comemora a maioridade do PADEF (Programa de Apoio à Pessoa com Deficiência). "São 18 anos de conscientização e luta pela igualdade de direitos", diz Marinalva Cruz, supervisora do programa estadual.
Segundo Marinalva, desde a criação do PADEF mais de 13 mil trabalhadores foram beneficiados pelo programa. E os números têm aumentado. "Em 2012 foram 270 colocados no primeiro semestre. Neste ano, 429 pessoas com deficiência foram contratadas por meio do PADEF", afirma a supervisora.
Em entrevista, Marinalva Cruz, fala dos 22 anos da Lei de Cotas, destaca o trabalho do PADEF e afirma que a sociedade precisa enxergar as competências e não as deficiências nas pessoas.

Marinalva, temos o que comemorar nesses 22 anos de Lei de Cotas?
Apesar das irregularidades existentes no processo de contratação e as dificuldades relacionadas à fiscalização em quase todos os Estados, há o que comemorar. Graças a Lei de Cotas, o nosso País em especial o Estado de São Paulo está mais preocupado com questões relacionadas à acessibilidade, inclusão e cidadania, em relação ao que era no passado. Outro motivo para comemorar é a alteração do Benefício de Prestação Continuada (BPC-LOAS), que desde 2011 garante que pessoas com deficiência que recebem o BPC possam ser contratadas sem perder o benefício ou ainda ser acumulado ao salário quando contratado na condição de aprendiz.
No primeiro caso, ao ser contratado em regime CLT (com registro em carteira) a pessoa com deficiência que recebe o BPC terá o seu benefício suspenso e se por algum motivo for demitida poderá ter o benefício de volta sem necessidade de perícia médica, esta só irá acontecer a cada dois anos, como já acontece atualmente. No segundo caso, se for contratada na condição de aprendiz, além de não ter limite de idade poderá receber o salário conforme Lei de aprendizagem e também o BPC.

Como a medida tem ajudado na inserção da pessoa com deficiência no mercado de trabalho?
A Lei 8.213 de 24 de julho de 1991 determina no Artigo 93 que empresas com 100 ou mais funcionários reserve de 2% a 5% dos seus cargos para pessoas com deficiência ou beneficiários reabilitados, e tem como principal objetivo permitir que a sociedade, perceba que as pessoas com deficiência são antes de qualquer coisa pessoas. A deficiência é apenas uma característica, assim como a cor dos olhos ou cabelos etc.

Todo e qualquer ser humano precisa se sentir útil e ao conseguir uma oportunidade no mercado de trabalho, as pessoas com deficiência não ganham apenas salário, ganham acima de tudo respeito. Essa é a maior contribuição da legislação. Além disso, permite que os mitos aos poucos sejam desmistificados, que a sociedade comece a enxergar as competências e não as deficiências e que todos os bens, produtos e serviços, se tornem acessíveis a todo tipo de público.

Para você a lei tem efeito contrário? Ou seja, ela acaba por excluir as pessoas do ambiente de trabalho?
A lei não exclui, quem exclui são as pessoas. A Lei existe para garantir igualdade de oportunidade para as pessoas que durante muito tempo ficaram excluídas de tudo e de todos. É certo que as pessoas com deficiência, que necessitam de algumas adaptações, ainda têm muita dificuldade de conseguir uma colocação no mercado de trabalho, isso porque muitas empresas buscam deficiências, quando na verdade precisam contratar pessoas. Há também o receio da família, principalmente quando o filho (a) recebe o Benefício de Prestação Continuada, mas sem dúvida as barreiras atitudinais são as mais prejudiciais.

As empresas têm cumprido a Lei de Cotas? O quanto houve de evolução desde a sanção da lei?
Muitas empresas ainda estão longe de cumprir o que determina a legislação. Ainda há empresas que contratam pessoas com deficiência e as deixam em casa, outras que contratam, mas as deixam em um setor onde só há colaboradores com deficiência e ainda, aquelas que acreditam que pessoas com determinados tipos de deficiência devem ocupar cargos específicos.

Porém, a Lei de Cotas ainda é um mal necessário. Graças a ela as pessoas tem a oportunidade de conhecer, aprender e compreender que não é a deficiência que limita, o que limita são as barreiras arquitetônicas e, sobretudo as barreiras atitudinais. Um dos grandes avanços está nas tecnologias assistivas, conceito de desenho universal e acessibilidade que garantem às pessoas com deficiência maior autonomia. Estas reflexões só ganharam espaço e começaram a ser cobradas após a inclusão das pessoas com deficiência no mercado de trabalho.

Segundo informações do último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 23,9% da população brasileira possui algum tipo de deficiência. A qualificação da mão de obra acompanha a demanda de contratações?
Muitas empresas ainda associam o fato de não conseguir preencher suas cotas à falta de qualificação profissional. Isso é um equívoco, pois a falta de mão de obra qualificada afeta toda a população, não é uma exclusividade das pessoas com deficiência e por esta razão a qualificação não acompanha as exigências do mercado. Além disso, muitas instituições tendem a desenvolver capacitações específicas para pessoas com deficiência, deixando-as sem escolha. Não somos nós que devemos dizer o que é bom ou ruim para outra pessoa, é ela quem deve escolher qual curso mais se identifica e/ou área tem mais habilidade.

As empresas também precisam investir em qualificação para todos os seus colaboradores, sejam estes pessoas com ou sem deficiência. No entanto, não devem fazer o que algumas fazem: contratar pessoas com deficiência, oferecer um curso qualquer durante meses e nunca apresentar o posto de trabalho a estes colaboradores.

Em sua opinião, quais medidas devem ser adotadas para que a Lei de Cotas seja cumprida efetivamente?
É fundamental que a fiscalização seja mais atuante em todo País, que os fiscais trabalhistas utilizem-se dos mesmos métodos durante o processo de fiscalização, que as empresas recrutem pessoas pela competência e não pela deficiência, que os gestores usem o período de experiência para conhecer as potencialidades e avaliar o desempenho dos profissionais com deficiência, que as pessoas com deficiência tenham mais acesso e conhecimento sobre os seus Direitos e Deveres. Pois, a Lei de Cotas garante a vaga, mas a manutenção do emprego depende de cada um. É fundamental que as punições sejam mais severas e que os valores das multas sejam revertidos em capacitação e promoção das pessoas com deficiência.

Considerações finais
Após 22 anos, é inadmissível que o País faça vista grossa para as questões relacionadas à inclusão das pessoas com deficiência. Falamos de uma população que corresponde há mais de 45 milhões de brasileiros e que cresce diariamente devido a vários fatores, entre eles acidentes de trânsito, acidentes de trabalho, violência e sequelas de doenças. O Poder Público e a iniciativa privada precisam incluir a diversidade humana em todas as ações, não se pode fazer algo para um público específico, é preciso compreender que as pessoas são diferentes e quando os produtos, bens ou serviços, são acessíveis atende a todos. Portanto, vale praticar o conceito do desenho universal, lembrando que um País bom para as pessoas com deficiência é um País bom para todos.

PADEF
O Programa de Apoio à Pessoa com Deficiência (PADEF) tem como objetivo auxiliar a pessoa com deficiência na conquista de uma colocação no mercado de trabalho.  O Programa atende pessoas a partir de 14 anos de idade e empresas de todos os segmentos.

Como participar
As pessoas com deficiência e os empregadores interessados devem fazer cadastro gratuito no Emprega São Paulo www.empregasaopaulo.sp.gov.br, dirigir-se a um Posto de Atendimento ao Trabalhador (PAT) ou comparecer à sede do PADEF, à Rua Boa Vista nº 170 – 1º Andar – Bloco 4 – Centro – São Paulo.

Carla Caroline
Assessoria de Imprensa da Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho
(11) 3241-7023
carla.salomao@emprego.sp.gov.br
Marinalva Cruz, a Nalva, supervisora do PADEF.JPGMarinalva Cruz, a Nalva, supervisora do PADEF.JPG

segunda-feira, 22 de julho de 2013

USP - (São Paulo, Bauru, Lorena, Piracicaba, Pirassununga, Ribeirão Preto, São Carlos)- 4.000vagas para idosos, 480 atividades gratuitas

Colaboração de Ed Carlo (PAT - Americana), notícia do jornal "O Liberal" de 22 de julho de 2013

USP oferece mais de 4 mil vagas para idosos

Programa oferece 480 atividades gratuitas para a terceira idade
A USP (Universidade de São Paulo), por meio da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária, lançou o novo catálogo que traz detalhes do programa Universidade Aberta à Terceira Idade para o segundo semestre de 2013.
Terceira Idade_Portal liberal.com.br
Projeto oferece atividades físicas e culturais para a terceira idade
Marcos Santos / USP Imagens
As inscrições começam no dia 29 de julho e vão até 9 de agosto.

O projeto permite que pessoas com mais de 60 anos frequentem disciplinas de cursos da graduação e participem de atividades físicas e culturais, nos campi de São Paulo, Bauru, Lorena, Piracicaba, Pirassununga, Ribeirão Preto e São Carlos.

Neste segundo semestre, o programa disponibiliza um total de 4.488 vagas em 480 atividades gratuitas para a terceira idade. O programa existe há 20 anos e já teve mais de 100 mil alunos.

A publicação com a relação completa dos cursos, informações sobre o número de vagas, pré-requisitos e instruções para inscrição pode ser retirada nos campi da USP e está disponível para download no em www.prceu.usp.br/portal.php/terceira-idade. Informações adicionais podem ser obtidas pelo telefone (11) 3091-9183 ou pelo e-mail usp3idad@usp.br.

Par Especial - site de relacionamentos para pessoas com os mais diversos tipos de deficiência

Par Especial, site de relacionamentos, é voltado a pessoas com os mais diversos tipos de deficiência

O ambiente digital ganhou, neste mês, uma rede social 100% voltada a pessoas com os mais diversos tipos de deficiência, o www.ParEspecial.com.br. Com acesso para cadastro gratuito, o site tem o objetivo de incluir e aproximar um público com necessidades, interesses e aptidões específicos e muito especiais, proporcionando ao usuário a possibilidade de interação sem o medo de ser rejeitado ou discriminado por sua diferença.
Dados do IBGE mostram que cerca de 24% dos brasileiros sofrem de algum tipo de deficiência, das mais leves às mais severas. Entre elas, a deficiência motora é a segunda mais relatada, ou seja: mais de 13,2 milhões de pessoas afirmam ter algum grau de dificuldade desse tipo – o que equivale a 7% da população do País. Além destes, 2,1 milhões de brasileiros declaram ter deficiência auditiva severa. Já a deficiência mental ou intelectual foi declarada por mais de 2,6 milhões de pessoas.
“Se não bastassem as dificuldades que a deficiência traz para o cotidiano, existe outro aspecto que atinge de forma cruel essas pessoas: o preconceito. A dificuldade da maioria delas em conhecer alguém e estabelecer algum tipo de relacionamento é enorme, e envolve fatores diversos, que envolvem desde questões como a locomoção até o medo de rejeição”, opina Maxx Figueiredo, artista e idealizador do portal.
Figueiredo embasa sua opinião não somente em experiências pessoais, mas em pesquisas realizadas durante o processo de construção do site. Segundo os dados obtidos, mesmo que um indivíduo não relate problemas amorosos, o maior medo de uma pessoa deficiente em tentar estabelecer um futuro relacionamento amoroso é a dúvida sobre falar abertamente a respeito de sua diferença funcional. Além disso, outros aspectos como o receio de familiares – que temem vê-los passar por desilusões – e mesmo a dificuldade em encontrar outras pessoas com cotidianos e interesses pessoais parecidos, são fatores apontados pelos entrevistados.
Daí surgiu a ideia de criar o www.ParEspecial.com.br, ferramenta que possibilita às pessoas que se conheçam, falem sobre suas histórias, mostrem sua personalidade, interesses e aptidões em um ambiente que permite buscar amizades e estabelecer relacionamentos pessoais e amorosos, sem medo. Sejam quais forem as necessidades, diferenças e dificuldades - física, mental ou auditiva – a inclusão é o ‘motor’ principal do portal, que também é aberto a simpatizantes.
Fundado em 2012 pelo artista Maxx Figueiredo, o Par Especial tem o papel de aproximar pessoas com os gostos e características compatíveis, tornando mais fácil encontrar ou ser encontrado por pessoas especiais, conquistar novas amizades e até achar um grande amor. O cadastro é gratuito em www.ParEspecial.com.br.
Fonte: http://www.parespecial.com.br/

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Menor risco de demência para idosos - Folha de São Paulo, de 18 de julho de 2013, fonte: New York Times

O número de pessoas acima de 65 anos que sofrem de demência caiu 25% nas últimas duas décadas, segundo estudo realizado na Inglaterra e no País de Gales.
Para os pesquisadores, a redução deve atingir outros países desenvolvidos, confirmando a suspeita comum entre médicos de que pessoas mais saudáveis e com maior escolaridade têm risco menor de desenvolverem doenças mentais como o alzheimer.
Outro estudo, conduzido na Dinamarca, confirma a tendência. Idosos acima de 90 anos se saíram melhor em testes de habilidade mental aplicados em 2010 se comparados com exames similares realizados no ano 2000 em pessoas da mesma faixa etária à época.
As pesquisas, publicadas na revista científica "Lancet", mostram queda de 8,3% para 6,2% no número de pessoas acometidas por demência e uma redução de 22% para 17% de pessoas acima dos 90 anos com habilidade mental comprometida.
Os pesquisadores afirmam que reduções similares podem ocorrer em países com melhoria da qualidade de vida, afetando positivamente a economia, as relações sociais e familiares.
Segundo especialistas em envelhecimento, além do nível educacional, o controle contínuo da pressão sanguínea e do colesterol reduz os riscos porque alguns tipos de demência são causados por pequenos derrames e lesões vasculares ao longo da vida.
Para Dallas Anderson, especialista em demência do Instituto Nacional do Envelhecimento dos Estados Unidos, as pesquisas foram "rigorosas e resultaram em fortes evidências" sobre a evolução das doenças na população. Ele diz esperar que a tendência também se comprove nos Estados Unidos.
"É uma ótima notícia", afirma P. Murali Doraiswamy, autor de pesquisas sobre Alzheimer da Duke University . O especialista americano explica que os estudos desmentem a expectativa de que toda geração tenha um risco semelhante de desenvolver demência.
As projeções populacionais indicam que o número de pessoas acometidas por esse tipo de doença deveria dobrar nos próximos 30 anos.
O autor de uma análise recente da Rand Corporation, Micharl D. Hurd, explica que os dados precisarão ser revistos se os resultados encontrados na Inglaterra também forem comprovados em países desenvolvidos, como os Estados Unidos.
A vice-presidente da Alzheimer's Association, uma das mais importantes associações de especialistas na doença, no entanto, não se diz otimista. Para ela, ainda não é possível afirmar a partir desses estudos que a queda representa uma tendência mundial.
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Assistente Administrativo - Vagas para curso no PAT de Americana - para pessoas com deficiência

Buscando oferecer capacitação profissional para as pessoas com deficiência que estão à procura de uma oportunidade no mercado de trabalho, a Secretaria de Relações do Trabalho de Americana firmou parceria com a AVAPE - Associação para Valorização de Pessoas com Deficiência e a partir desta segunda feira (22) estará com inscrições abertas para o curso de Assistente Administrativo gratuito do Programa Via Rápida Emprego.

O objetivo geral do curso é promover a qualificação profissional em relação à ocupação de Assistente Administrativo envolvendo toda a rotina básica da área administrativa desenvolvendo habilidades que possibilitem procedimentos de atendimento ao cliente, controle de arquivo e preenchimento de documentações. O estudante também atuará como auxiliar no departamento de recursos humanos, financeiro, compras e estoque de materiais administrativos.

Além da capacitação, o programa oferece como benefícios bolsa auxílio no valor de R$ 210,00, auxílio deslocamento de R$ 150,00 e auxílio alimentação no valor de R$ 100,00. Podem participar pessoas com deficiência maiores de 16 anos e alfabetizadas. De acordo com as normas da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, responsável pelo programa, serão dadas prioridade aos candidatos que estão desempregados, com maior idade, baixa escolaridade e pessoas com maiores encargos.

Para mais informações sobre o curso e inscrições, os interessados devem entrar no site do Via Rápida Emprego, www.viarapida.sp.gov.br ou comparecer no PAT (Posto de Atendimento ao Trabalhador), à Rua Dom Pedro II, n° 25, no Centro de Americana. O PAT atende de segunda a sexta, das 8 às 12 horas. Mais informações através do telefone (19) 3461.0289.

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Jornada Mundial da Juventude e participação da Pessoa com Deficiência - Rio 2013

Diretores e representantes dos Setores do Comitê Organizador Local (COL) se reuniram nesta quarta-feira, 20, com representantes das áreas de Deficiência para ampliar as medidas de acessibilidade durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ). Em pauta estava os meios de comunicação oficiais, o acesso aos Atos Centrais, hospedagem e transporte.

De acordo com a diretora do Setor Hospedagem, Irmã Graça Maria, a pessoa com deficiência precisa deixar claro que deseja uma hospedagem diferenciada. Esta hospedagem é oferecida para o cadeirante e seu acompanhante e, nestes casos, a JMJ oferece transporte diferenciado para o peregrino participar dos Atos Centrais. Ainda segundo ela, a organização do evento entende que os grupos daqueles que não optam por essa opção vão prover o que é necessidade do cadeirante durante o evento.

A reunião tratou das diferentes realidades de cada deficiência. Todas as pessoas com deficiência serão tratados como peregrinos e serão alocados conforme o idioma do país de origem. No caso dos surdos, não haverá catequese diferenciada, já que é comum eles viajarem com intérpretes para fazer a tradução do que for dito. Os participantes da reunião entenderam que esta é a melhor medida para evitar a exclusão.

Durante todo o evento haverá voluntários que passarão por um treinamento para lidar com as questões específicas das pessoas com deficiência  No entanto, o diretor do Setor Voluntário, padre Ramon Nascimento, ressaltou que os voluntários não serão acompanhantes, mas auxiliarão pontualmente nas necessidades específicas. Em abril, mais de 200 voluntários passarão por um treinamento para trabalhar diretamente com eles.

César Bacchim, secretário nacional da Pastoral dos Surdos, avaliou que a preocupação do COL é sinal do amor e do zelo da Igreja com todos. “É importante a preocupação e o zelo e, sobretudo, é algo prático. Não é só você dizer que ama o cego, ama o surdo. Você ama o surdo concretamente colocando, por exemplo, um intérprete perto dele. E a Igreja está de parabéns porque está preocupada e tem que estar mesmo preocupando-se para que as pessoas possam participar de forma ativa, digna e respeitosa. Então acho que está de parabéns o COL, uma vez que está aberto a isso”, avaliou.

Daniele Menezes é deficiente visual. Ela foi peregrina na JMJ de Madri e nesta edição se inscreveu como voluntária. “Acho importante a questão de incluir as pessoas com deficiência  na JMJ aqui no Rio, assim como em Madri. Lá eu tive a alegria de participar. Não fui com um grupo específico de pessoas com deficiência visual. Fui com um grupo de amigos, mas vivenciei a JMJ como qualquer um, inclusa não só pelo grupo, mas pela JMJ em si. E tudo o que está sendo feito aqui é realizado com todo cuidado e carinho para que todos possam vivenciar a JMJ com toda sua amplitude. Afinal a Igreja é una e a unidade tem que prevalecer”, disse.

Fonte: Canção Nova Notícias

Visita do Papa - Peregrinos com deficiência

29/04/2013 - PEREGRINOS


Como será a participação da pessoa com deficiência?
O peregrino com deficiência precisa deixar claro que deseja uma hospedagem diferenciada e a natureza específica de sua necessidade deve ser indicada durante o processo de inscrição. A organização do evento entende que os grupos daqueles que não optam por essa opção vão prover o que é necessidade de um cadeirante, por exemplo, durante a JMJ.
Mais de 200 voluntários passarão por um treinamento para lidar durante a JMJ com as questões específicas dos peregrinos com deficiência. No entanto, vale ressaltar que os voluntários não serão acompanhantes, mas auxiliarão pontualmente nas necessidades específicas.
Veja as orientações:
- Pontos de informação estarão disponíveis a partir do dia 22 de julho na chegada dos peregrinos com deficiência pelos aeroportos e rodoviária no Rio de Janeiro;
- É de responsabilidade do peregrino o deslocamento do seu local de chegada até o local de hospedagem;
Alimentação destinada para celíaco e diabéticos é diferenciada.
O peregrino ou o responsável do  grupo precisa informar na retirada dos kits que tem uma pessoa com deficiência, celíaco ou diabético.
- Os kits não serão entregues nos locais de hospedagem;
- O transporte para o Campus Fidei (Guaratiba) será somente para cadeirantes que no ato da inscrição solicitarem alojamento especial. As demais pessoas com deficiência usarão o transporte público da cidade;
- Para ficar na área reservada para pessoas com deficiência no Campus Fidei (Guaratiba) e em Copacabana, é preciso que no ato da inscrição seja informado que é peregrino com deficiência e qual a deficiência;
- No Campus Fidei (Guaratiba) e Copacabana, haverá uma área para Pessoas com Deficiência. Cada peregrino com deficiência poderá levar 1 (um) acompanhante;
- Na Praia de Copacabana e no Campus Fidei (Guaratiba) haverá postes sinalizadores com os símbolos internacionais das deficiências (visual, auditiva, física e intelectual). Isso vai facilitar para que o peregrino inscrito saiba para onde se dirigir;
- Haverá uma equipe de apoio (voluntários) para ajudar a orientar os peregrinos com deficiência identificados por meio de um button vermelho na camiseta;
- Todos os peregrinos com deficiência que desejem participar da vigília (sábado, 27 de julho) no Campus Fidei (Guaratiba) deverão participar da caminhada de cerca de 13 km em média através de uma das 3 vias de acesso. Durante a caminhada do peregrino, equipes de voluntários, postos médicos e postos de hidratação estarão instalados em todo o percurso;
- Todo peregrino com deficiência, quer seja cadeirante ou não, não terá possibilidade de retorno ao alojamento do sábado para domingo. Assim, deverá pernoitar no local da vigília aguardando a Missa do Envio (domingo, 28 de julho) às 10h;
- Sacos de dormir deverão ser levados para o pernoite no Campus Fidei (Guaratiba); Não teremos nenhum tipo de acomodação para dormir no Campus Fidei (Guaratiba). 
- Nos Atos Centrais, em Copacabana e Campus Fidei (Guaratiba), telões com intérpretes estarão transmitindo somente em LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais);
- Durante a JMJ, acontecerão também o Festival da Juventude e a Feira Vocacional. No kit do peregrino, será entregue o guia com a programação e a indicação com o símbolo internacional da deficiência indicando a acessibilidade ou a presença de intérpretes em LIBRAS. (Língua Brasileira de Sinais);
- O alojamento especial será somente para cadeirantes que solicitarem no ato da inscrição esse tipo de hospedagem;
- O cadeirante que solicitou alojamento especial e teve transporte para a vigília no Campus Fidei (Guaratiba) (sábado, 27de julho) só terá o transporte para retornar no dia 28 de julho domingo após a missa;
- O transporte para o Campus Fidei (Guaratiba) será somente para cadeirantes, que no ato da inscrição solicitarem alojamento especial. Os demais deverão usar o transporte da cidade;
- Nos Atos Centrais, na Praia de Copacabana e no Campus Fidei (Guaratiba), aparelhos para áudiodescrição destinados aos cegos estarão disponíveis somente em português;
- O usuário do cão-guia deverá trazer a ração do seu cão. A JMJ fornecerá a vasilha para a água e para o alimento do cão;
- Pede-se que o usuário porte a carteira de vacinação atualizada do cão;
- O peregrino com deficiência intelectual poderá levar 1 (um) acompanhante para área reservada.
- As tomadas serão todas no padrão novo brasileiro variando de 220V ou 380 V. Não forneceremos adaptadores.

Para mais informações sobre as questões de acessibilidade e comunicação, envie um e-mail para disability@rio2013.com.
Oferecemos arquivo de textos específicos, de documentos, leis, informativos, notícias, cursos de nossa região (Americana), além de publicarmos entrevistas feitas para sensibilizar e divulgar suas ações eficientes em sua realidade. Também disponibilizamos os textos pesquisados para informar/prevenir sobre crescente qualidade de vida. Buscamos evidenciar assim pessoas que podem ser eficientes, mesmo que diferentes ou com algum tipo de mobilidade reduzida e/ou deficiência, procurando informar cada vez mais todos para incluírem todos.