terça-feira, 30 de abril de 2013

Informações e oportunidades de trabalho para pessoas idosas

http://www.portalterceiraidade.com.br/

Como lidar com perguntas incecessantes (Alzheimer)


Fina sintonia

Ela faz sempre as mesmas perguntas, para as mesmas situações, repetidas por horas
seguidas. Além de sentir cansaço e irritação, comecei a sentir culpa – afinal minha mãe
tem 91 anos! Faz quatro que minhas irmãs e eu enfrentamos a sua doença de Alzheimer.
Conseguimos estruturar uma espécie de rodízio, uma das irmãs mais disponível ficou com as
manhãs e noites, e as demais com as tardes, dando devido descanso a esta cuidadora. Anos
antes meu pai tinha passado pela mesma situação, quatro anos de medos infundados, gerados
por situações corriqueiras, até acontecer um infarto fulminante. Existem momentos em que
a gente se sente exausta, cansada até por situações já vividas, se perguntando qual o rumo
tomar. Decidi fazer um balanço geral, e pedi ajuda psicológica. Ela me fez perceber a soma
dos sofrimentos, mas também o forte elo de amor que nos une na tarefa de cuidar o melhor
possível desta mãe. Orientou que buscássemos na internet informação, cartilhas específicas de
cuidadores e cuidados (como o “Manual do cuidador”, da Fiocruz), para encontrar orientações
de como proceder com os desafios que vão se sucedendo, exigindo providências cada vez
maiores e múltiplas. Entendi que perguntar repetidamente indica ansiedade de contato,
qualquer contato, ela ri de minhas piadas, mas não consegue comentar as mesmas. Só recebe
as palavras, não envia mais. Usemos então outras formas de acesso, a musica (religiosa,
orquestrada),que ela adora, acalma, a pele propiciando carinho, abraços, massagens nos
pés, braços e mãos (na irmã-cuidadora também!)Os cheiros com flores,sabonetes novos!E na
comunicação por palavras, “surfar”, não contrapor, brincar, fantasiar. Oscar Wilde disse que “A
melhor maneira de tornar as crianças boas, é torna-las felizes.” Só as crianças?

Caso real.Elizabeth Fritzsons da Silva, e-mail:bfritzsons@gmail.com

terça-feira, 23 de abril de 2013

Vigor de Caráter


Edu, 88 anos


Ganhei um celular, de presente. Fica sempre desligado. Moro ao lado da casa de um filho, e de meus netos, já adultos. A tecnologia de comunicação chegou tarde para mim, meus amigos ainda são da geração que teve pouca familiaridade com este recurso, não pudemos fazer disto uma possibilidade regular de contato social.  Fiz o ensino básico, no meu tempo até o quarto ano, e fui trabalhar em Fiação, no bairro de Carioba. Meu gosto por atividades físicas começa aí, meu próximo trabalho já foi na tecelagem, do mesmo bairro, e seus donos incentivavam muito a pratica de esportes e exercícios físicos, como musculação, ginástica, remo e corridas de barco,tínhamos o “Clube Recreativo Regata Carioba”. Passei por várias firmas, e mesmo aposentado exerci o trabalho de jardineiro durante três anos. Em consulta médica de rotina, fui alertado para a necessidade de incluir  atividades físicas de forma regular em minha vida. Foi assim que cheguei, há quinze anos atrás ao “Clube do Vovô”, tínhamos acesso à ginástica, ao campo de bocha, organizávamos bailes. Numa melhoria para as pessoas idosas, neste mesmo local foi construído o Sindicato Nacional dos Aposentados, que oferece a sede para as atividades especialmente organizadas para a nossa idade pela equipe de profissionais contratada pela prefeitura. Temos acesso a festas, palestras de nosso interesse e muitas atividades, participo de todas que acho interessantes. Tõda esta busca de contato humano e de vitalidade física me dá fôrças  para amparar minha esposa, que por razões de saúde quase não anda mais.Cozinho as refeições e passo a roupa.Minha nora me ajuda no restante. “O vigor físico é bom, o vigor intelectual melhor ainda, mas muito acima de ambos, está o vigor do caráter” – Theodore Roosevelt.


Caso real. Elizabeth Fritzsons da Silva, psicóloga, e-mail: bfritzsons@gmail.com

Cuidadora de Idosos


Fátima, hoje uma cuidadora de idosos

   Somos família de sete irmãos. Meu pai administrou sua vida toda um serviço incompatível com sua saúde, em esforço imenso para nos sustentar. Com setenta anos, já aposentado por invalidez, precisamos de remédios de alto custo. Eu tinha então 45 anos, e aprendi a lutar legalmente para chegar a este recurso, mesmo sendo simples mãe de família e dona de casa. Após seu falecimento, uma tristeza muito forte tomou conta de mim, fui aconselhada a buscar atividades diferentes, acabei frequentando grupo voluntário de ginástica da terceira idade, perceberam como gosto de desafios,e fui indicada para integrar o Conselho do Idoso de nossa cidade. Com o decorrer do trabalho cheguei a ser Presidente deste Conselho, tendo acesso a outras iniciativas ligadas à pessoa idosa do município, o que me agrada muito. Uma de nossas maiores metas é a de que devemos evitar todo e qualquer sofrimento desnecessário, especialmente em idosos fragilizados. Procuramos saber quais as necessidades de grupos de idosos organizados e fazer com que cheguem aos ouvidos e mãos certas. Acompanhando tudo sempre.Com os filhos já adultos, recebi convite para ser acompanhante-motorista-cuidadora de pessoa idosa. Fui alegremente, estava cansada de ser “Amélia” (eu me recuso a ter empregada doméstica). Redistribuí as tarefas de casa com a família, e agora posso administrar que sonhos são possíveis, com que parcela de meu ganho financeiro.Hoje cubro as folgas de profissionais que cuidam de duas irmãs bem  idosas, que enfrentam problemas de saúde típicos desta faixa etária.Vou trabalhar muito feliz, gosto de ajudarÈ período muito bom de minha vida, é possivel até sonhar com viagens e passeios, o que antes era bem difícil. “Os navegadores devem sua reputação aos temporais e às tempestades.” – Epicuro.

Caso real. Elizabeth Fritzsons da Silva, psicóloga, e-mail: bfritzsons@gmail.com

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Patrocínio considerável ao paraesporte

CPB tem patrocinador principal superior a de todos os clubes de futebol do Brasil


O esporte paraolímpico conseguiu em 2013 um feito considerável, no que diz respeito a questões financeiras. Na semana passada, o Comitê Paralímpico Internacional firmou um patrocínio com a Caixa no valor de R$120 milhões, pagos pelo próximos quatro anos, o que dá uma média de 30 milhões por ano. Até o fim de 2012, o Corinthians foi o único grande clube a atingir esse valor, mas não superá-lo.
"Creio que ainda há uma diferença em relação ao Corinthians que é favorável a nós. O nosso acordo é válido por quatro anos", diz o gerente de marketing do CPB, Frederico Motta, ao PARATLETA BRASIL.

O fato é que o esporte paraolímpico vive fase de "vacas gordas" até, pelo menos, 2016. O bastante para que a receita com patrocínio master seja superior a dos clubes de elite do futebol brasileiro.

É verdade que, nos últimos anos, o esporte paraolímpico formou alguns ídolos, como Alan Fonteles, Daniel Dias e André Brasil, o que por sua vez, gerou maior visibilidade ao paradesporto nacional. Nada comparado ao futebol, mas o dirigente explica como foi possível atingir cifras tão altas.

"É o avanço de um relacionamento. Trabalhamos com a Caixa desde 2004, com o valor inicial de 1 milhão por ano. A parceria foi crescendo e parte desse valor nós gastamos com retorno de mídia. Trabalhamos para que o parceiro faça um investimento, não uma doação", diz Frederico, que fala parte das estratégias:

"Compramos o direito de grandes competições e montamos um esquema de produção. Convidamos grandes veículos, oferecemos pagamento de gastos de logística, e, se eles não gostarem, não têm prejuízo algum, mas geralmente eles gostam e há um retorno de mídia bem grande".

É verdade que o que se está em questão não é só retorno de mídia, mas também o surgimento de um novo segmento esportivo de sucesso no Brasil, com protagonistas que têm histórias de vida e de superação. A junção desses elementos ajudam o CPB a conseguir tantos recursos, que aproximam o país da meta de terminar os Jogos de 2016 com o quinto lugar geral.
"O brasileiro gosta muito de esporte, mas ele gosta de vencer, e o esporte paraolímpico é vencedor no Brasil. O tênis virou febre na época do Guga, depois parou, mas o esporte continua o mesmo. O esporte, mesmo o convencional, costuma trazer histórias de superação, que quem assiste acaba se identificando. No paraolímpico isso é mais comum".

Assim, até o fim de 2012, nenhum clube de futebol conseguiu um patrocínio principal maior que o do CPB. O Corinthians conseguiu os mesmos R$30 milhões, enquanto o São Paulo, com o segundo maior montante, ficou nos R$23 mi.

terça-feira, 16 de abril de 2013

sites amigos do idoso recomendados pelo PORTAL DO ENVELHECIMENTO


Sites Amigos

Revista Kairós - Gerontologia
http://revistas.pucsp.br/index.php/kairos

Gerações - Pesquisas e Ações em Gerontologia
www.geracoes.org.br/

Oficina Memória Viva
http://www.oficinamemoriaviva.com.br/

Cuidar de Idosos - O Portal de informações sobre idosos do Brasil
http://www.cuidardeidosos.com.br/

Red Latinoamericana de Gerontología
http://www.gerontologia.org/portal/index.php

Conselho Nacional dos Direitos do Idoso (CNDI)
http://www.direitoshumanos.gov.br/conselho/idoso

Pastoral da Pessoa Idosa – CNBB
http://www.pastoraldapessoaidosa.org.br/

AMPID - Associação Nacional dos Membros do Ministério Público
de Defesa dos Direitos dos Idosos e Pessoas com Deficiência
http://www.ampid.org.br/index.php

Inmayores – Área de las Personas Adultas Mayores
http://inmayores.mides.gub.uy/mides/index.jsp

Revista Tiempo – El portal de la Psicogerontología
http://www.psicomundo.com/tiempo/

IMSERSO - Portal Mayores, especializado en gerontología y geriatríahttp://www.imsersomayores.csic.es/

Revista Estudos Interdisciplinares sobre o Envelhecimento
http://seer.ufrgs.br/index.php/RevEnvelhecer

Petrobrás é multada por vetar deficientes em concurso 15 de abril 2013


Concurso: Petrobras veta deficientes e é condenada em R$ 500 mil

15 de abril de 2013 • 16h34 •  atualizado 17h34
A 61ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro determinou que os editais de concurso público da Petrobras garantam o amplo acesso a pessoa com deficiência, além de obrigar a empresa a pagar uma indenização de R$ 500 mil por danos morais coletivos, segundo informações do Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT).
De acordo com o CSJT, no edital do concurso de 16 de dezembro de 2010 constava que "devido às condições de periculosidade, insalubridade, exposição a riscos e situações de emergência que caracterizam as atividades dos demais cargos na Petrobras, não haverá reserva de vagas para candidatos(as) com deficiência naqueles cargos". Os cargos, em questão, estão diretamente relacionados a trabalhos nas plataformas marítimas, refinarias e terminais marítimos.
Segundo o conselho, a juíza responsável pela decisão afirmou que "a pessoa com deficiência não pode ser considerada de plano incapaz para toda e qualquer função, basta que a contratação se faça observando os limites corporais e fisiológicos destes trabalhadores em relação à função e ambiente de trabalho que será exercida".
Com a decisão da Justiça, deve ser eliminado qualquer item semelhante ao do referido edital, sendo que a empresa terá de criar uma equipe multiprofissional para fornecer apoio técnico necessário às pessoas com deficiência que se inscreverem no concurso. A Petrobras terá de pagar R$ 30 mil de multa em caso de descumprimento das decisões. A Petrobras ainda pode recorrer.
Terra entrou em contato com a Petrobras, que afirmou que "cumpre rigorosamente a legislação relativa à reserva de vagas em processos seletivos para pessoas com deficiência" e "recorrerá da decisão judicial de primeiro grau".
Terra
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quarta-feira, 10 de abril de 2013

Idoso: os cuidados dentro de casa

http://www.terceiraidadeconectada.com/2013/04/cartilha-para-acessibilidade-ambiental.html

Artigo de Izabel Maior - Pessoas com deficiência, idosos e cuidadores: a nova relação trabalhista ameaça os dois lados

Rede SACI
09/04/2013

É inadiável equilibrar as relações do trabalho de uns com o “capital” finito de outros, essencialmente quando são idosos e pessoas com deficiência

Izabel Maior*
Com a Emenda Constitucional nº 72, de 2 de abril de 2013 (PEC das empregadas domésticas), entendo que os legisladores e a sociedade conseguirão melhorar a vida de muitos trabalhadores domésticos antes desvalorizados por patrões "capitalistas selvagens". Entretanto, é muito difícil contornar a diferença desprezada pela PEC, ao equiparar o tomador de serviços “pessoa física” com “pessoa jurídica – empresa lucrativa” em muitos aspectos. Como decorrência, surgiu um óbvio desequilíbrio e sérias consequências. Os “empregadores dentro da lei” irão manter trabalhadores domésticos até onde puderem arcar com as novas obrigações. Fatalmente, muitos não conseguirão encarar com as exigências. Quero destacar que não cabe responsabilizar os trabalhadores domésticos pelo desajuste, já que não foi causado por eles na busca dos direitos trabalhistas presentes no texto constitucional para outros trabalhadores urbanos e rurais.
Por criação e tradição familiares sempre remunerei corretamente as pessoas que me prestam serviços domésticos, pois se trata de trabalhadores assalariados como eu, sempre com carteira assinada no valor verdadeiro, INSS, férias acrescidas de um terço e 13º salário. Por saber que o trabalho deles contribuiu para minha maior dedicação aos estudos e à minha carreira profissional, procurava compartilhar algum adicional conseguido. Essa é prática de relações trabalhistas na qual acredito.
No momento, minha imensa preocupação se assenta sobre os cálculos que estou tentando fazer e absorver. As pessoas idosas, pessoas com deficiência e outras, que precisam de cuidadores para sobreviver e viver com dignidade, autonomia e independência foram esquecidas com a nova ordem, como infelizmente acontece. Esses cidadãos não existem em nenhum artigo, parágrafo ou inciso da nova legislação. Adeus equiparação de oportunidades, pois sabemos que o elemento de despesa que mais sobrecarrega o custo adicional da deficiência é a contratação dos serviços dos cuidadores.
Em média, para não haver exploração do trabalhador doméstico e do cuidador, uma pessoa que necessita de 24 horas de atenção para as atividades da vida diária como alimentação, asseio, banho e acompanhamento em outras tarefas, contrata duas a três pessoas que se revezam em sua casa. De repente, a maneira como a medida historicamente justa foi tomada desconheceu as consequências para um grupo em desvantagem. Foram alteradas as regras de contratos existentes e toda a viabilidade de receber o cuidado. Nas contas a serem feitas, de um lado estão aposentadorias, pensões e salários minguados dos "patrões dependentes". O mercado de trabalho no Brasil rejeita trabalhadores com deficiência ou os contrata, ilegalmente, por salários abaixo dos demais. Esses “patrões" não podem assumir as tarefas dos cuidadores, justamente porque os cuidadores existem para lhes atender, com dignidade para as duas partes, naquilo que é básico: ir ao banheiro (que não tem hora marcada), receber alimento e um copo de água e apoio em atividades de estudo, trabalho e lazer. Caso a assistência do cuidador ultrapasse, mesmo que em poucos minutos, as oito horas diárias, já serão horas extras, adicional noturno e tudo mais. Mesmo no período diurno, se a pessoa com deficiência ou a idosa não conseguir "se virar" durante o intervalo de descanso do cuidador, a lei não irá socorrê-las e mesmo o cuidador que vier em seu auxílio estará infringindo a lei. Na nova empresa-casa as regras são as do cartão de ponto. Por quê?
Até aqui, tanto para mim, pessoa com deficiência, servidora pública, que precisa de cuidador, como para minha sogra de 92 anos, pensionista federal, portanto ambas com recursos que não acompanham o reajuste do mínimo salário desse país e a inflação, teremos de pensar imediatamente em outra forma de existir que não seja indecente. Com a nova equação, não fecham os cálculos para manter o emprego dos cuidadores e a nossa sobrevivência. Se nos transformássemos em empresas lucrativas, aí sim, a carga de direitos trabalhistas estaria condizente.
Meu ponto é que não se trata de usurpar os direitos conquistados tão tardiamente pelos trabalhadores domésticos. O que percebo como inadiável é equilibrar as relações do trabalho de uns com o “capital” finito de outros, essencialmente quando são idosos e pessoas com deficiência, os quais não se caracterizam por ter rendimentos altos nem serem exploradores de ninguém. A alternativa será a institucionalização dessas pessoas em casas de repouso e abrigos? Não seria mais humano e solidário aproveitar o debate e resgatar aqueles que não conseguem “pagar” de forma alguma?
Sem a mediação do Estado e da sociedade, que não pensaram no caso de cuidadores e naqueles que dependem de sua presença, o cobertor curto vai desfavorecer os dois lados. É urgente a instituição de política pública que ofereça serviços de cuidadores e outras boas alternativas. Com a palavra os órgãos de promoção dos direitos das pessoas idosas e das pessoas com deficiência.
Referências: EM nº 72, de 2 de abril de 2013, disponível em www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc72.htm, acesso em 08/04/2013.

*Médica fisiatra e docente da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Consultora em inclusão social, políticas públicas e acessibilidade. Foi coordenadora da CORDE e Secretária Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência de 2002 a 2010.

terça-feira, 9 de abril de 2013

Essa tal de felicidade talvez seja mais simples do que parece...


MARIA HELENA, SESSENTA E TRÊS ANOS.

   Sinto grande disposição física, sou aposentada há dez anos e faço Ioga, Dança Circular, Hidroginástica, Dança de Salão, participo do Coral, fazia aulas de Violão, e vou iniciar Espanhol, Teatro Terapia, Ginástica Aeróbica e Informática.Tudo isto no CIVI (chamam de clube do vovô), aonde tenho uma porção de amigos e amigas. Descobri este lugar faz uns cinco anos. E faço ginástica em um salão de igreja, com professora amiga. Já trabalhei em metalúrgica, em fiação, em tecelagem, e como babá. Namorei, mas nunca me casei, atribuo ao meu gênio exigente, sou do signo de Escorpião. Gostaria de ter tido filhos, mas nunca deu certo. Mas tenho vivência gostosa com crianças e de quem fui babá. Houve um tempo em que eu cuidava simultaneamente de seis delas, duas maiores indo para a escola já, e ficando comigo quatro (com dois meses, dois, quatro e seis anos) Desenvolvemos fortes laços de carinho.Durante vinte e seis anos morei com uma tia.Agora já conseguí construir minha própria casa faz treze anos, e sou muito feliz.Peço à Deus que se eu tiver um mal-estar, por favor que seja na companhia  de alguém.Perdi minha mãe com três anos de idade, fui criada pela minha avó.Tenho irmãos, que moram em outras cidades.Vou à missa aos domingos, gosto de televisão, de ler romances policiais, e de escrever poemas, ou inventar textos novos juntando frases de que gosto de outros textos.Mas é um prazer secreto, não mostro para ninguém.Fiz curso técnico, e treze cursos extras de tudo o que pude fazer.Controlo com calma e constância  minha saúde. Tive entre outros problemas um câncer de pele e um ginecológico, mas já estou liberada do controle . Com uma vida diferente das demais pessoas, sou muito feliz. “Não há fatos eternos,como não há verdades absolutas.” –Friedrich Nietzsche.


Caso real.Elizabeth Fritzsons da Silva, psicóloga,E-mail: bfritzsons@gmail.com

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Reconhecidos na rua...

Reconhecidos na rua', equipe de goalball quer que popularidade vire ouro em 2016.

http://paratletabrasil.com.br/Modalidades/Goalball/Not%C3%ADcias/2013/03/27/%27Reconhecidos%20na%20rua%27,%20equipe%20de%20goalball%20quer%20que%20popularidade%20vire%20ouro%20em%202016

Equipe Santista...


Equipe santista de goalball é contratada por Santos FC, que investirá mais no esporte.



Uma história de reorganização pessoal


Shirlei, sessenta e quatro anos


  Juventude para mim significou abandono de escola chata, trabalhar desde os doze anos, assumir a responsabilidade pela família e cuidados da casa com dezessete, pai já falecido, mãe doente, cuidando ainda de irmã mais nova. Pouquíssimo lazer, casamento aos vinte e poucos anos, gravidez dez anos depois, cuidando de sogra querida por doze anos todos os dias, e meu marido cuidando desta mãe todas as noites, ambos casados e em solidão que parecia viuvez. Hoje, aos sessenta e quatro, único filho formado e empregado, sinto que chegou um tempo em que posso investir mais em minha pessoa. A relação como casal conseguiu ficar melhor do que já era. Mais companheirismo? Menor peso de nossa diferença de dez anos de idade?Não sei a resposta, mas é momento bom. Passei a participar do Conselho do Idoso, cuidando agora da grande família social composta pelos idosos que precisam de apoio.  Fui convidada a representar a pessoa idosa na Comissão Permanente de Acessibilidade da cidade, composta de pessoas do poder público, civil, e de entidades que cuidam das pessoas com deficiência e de pessoas idosas. Acessibilidade é um direito universal, me sinto um pouco mãe de todos. E tenho parceira constante nestes grupos, amizade nova – Cleide. Brincam dizendo que parecemos Faísca e Fumaça. Participamos também do coral do Centro de Integração e Valorização do Idoso. Temos planos de fazer ginástica e hidroginástica no mesmo local, mas antes providenciaremos alguns acertos em saúde, pequenos problemas típicos de nossa idade. Fiz curso de Desenvolvimento Humano em doze contatos que me fez pessoa mais comunicativa, solta e capaz de novos planos. Hoje o marido me incentiva a continuar esta busca, benéfica para todos. “Novas folhas, novas flores, na infinita benção do recomeço”- Chico Xavier.

Caso real, Elizabeth Fritzsons da Silva, psicóloga,
E-mail: bfritzsons@gmail.com 

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Informe aos leitores

Prezados leitores,

peço desculpas pela ausência temporária de postagens, resultante de mudança de foco de trabalho.
Passo a partir de agora a incluir também informações e experiencias e entrevistas com pessoas idosas que vencem os desafios que surgem. 

Voluntáriado de Idosos


ALEMANHA

Fundação alemã exporta experiência de aposentados

Criado há 30 anos, o SES envia especialistas veteranos para darem consultoria a empresas e instituições educacionais na Alemanha e no exterior. Realizado voluntariamente, serviço é considerado um modelo de sucesso.
Cinco anos atrás, Siegfried Müller sequer sabia onde ficava Kigali, capital de Ruanda. Isso mudou quando sua esposa o registrou no Senior Experten Service (SES – Serviço de Especialistas de Terceira Idade). A fundação oferece a aposentados a oportunidade de compartilhar seus conhecimentos na Alemanha ou no exterior.
Açougueiro aposentado, Müller conseguiu sua primeira missão pelo SES justamente em Kigali. O proprietário de um supermercado ruandense queria incluir salsichas em seu sortimento, e caberia ao aposentado ensinar o processo de confecção aos funcionários.
Mas, para o idoso alemão, trabalhar no país africano era coisa difícil de imaginar. "No começo, fiquei chocado", recorda o ex-açougueiro de 65 anos. "O que associamos a Ruanda, na Alemanha? O genocídio dos hutus e tutsis. Depois, não ouvimos mais falar em Ruanda", comenta, em entrevista à DW.
Ele procurou mais informações sobre o país no Ministério do Exterior, e por fim decidiu viajar. Em janeiro de 2009, Müller voou para a África pela primeira vez em sua vida, ficando quase cinco meses em Kigali. Desde então, retornou varias vezes ao país, além de ter trabalhado na Etiópia e na Zâmbia.
Agrônomo Volker Hache acompanha produção de mamão desidratado no Peru
Atividades em mais de 160 países
O SES iniciou seus trabalhos em Bonn em 31 de janeiro de 1983, inicialmente como projeto-piloto da Câmara Alemã de Indústria e Comércio (DIHK) e do Ministério de Cooperação Econômica e Desenvolvimento. "Eles fundaram o SES para garantir que a valiosa experiência de trabalho dos especialistas alemães não se perca, quando eles se aposentam", explica Ute Sonnen, vice-diretora departamento do SES responsável pelos serviços no exterior. O projeto-piloto logo se tornou um sucesso. Nos últimos 30 anos, mais de 25 mil atividades foram realizadas em 160 países.
O SES não cria projetos próprios, mas simplesmente responde aos pedidos. E assim que encontra um voluntário capaz de cumprir a tarefa, ele é enviado ao exterior. O voo é pago pelo SES, com ajuda do Ministério do Desenvolvimento. A empresa que fez o convite se encarrega da alimentação e do alojamento.
Não há a preocupação de que os idosos possam usar sua viagem para fazer férias no exterior, afirma Anja Tenambergen, diretora do departamento do SES encarregado da região África. "Os clientes relatam que os peritos são muitas vezes tão motivados que até trabalham nos finais de semana, se necessário."
Aposentada Monika Kuppler ensina egípcios a manufaturar tecidos de melhor qualidade
Sucesso também na Alemanha
Embora os serviços de peritos veteranos tenham sido originalmente destinados a outros países, empresas alemãs também passaram a receber os valiosos conselhos dos aposentados. Até mesmo alunos que têm notas baixas podem contar com os aposentados de boa vontade, que agem como padrinhos, ajudando-os a estudar para as provas escolares.
Além disso, o Serviço de Especialistas também oferece apoio para grupos de trabalho nas instituições de ensino. É o caso de uma escola em Bonn que recebeu ajuda de um aposentado do setor agrícola para criar sua plantação de agrião. "Para os alunos, foi uma experiência emocionante. Eles puderam acompanhar tudo, desde a escolha do agrião, passando pela forma das embalagens até a comercialização do produto", relata Ute Sonnen.
Para Siegfried Müller, o SES também foi um enriquecimento pessoal. Ele gostaria muito de voltar à África e espera poder ser convidado novamente. A informalidade da maioria dos africanos foi o que mais cativou o alemão. "Em Colônia, onde moro, dizemos 'Et kütt wie et kütt' ['O que será, será', em tradução livre]. Já os africanos dizem 'Hakuna matata'. É a mesma coisa."
Autora: Elizabeth Schoo (md)
Revisão: Augusto Valente

Uma bela lição para todos nós.


Um problema de saúde aos oito anos fez a jovem Taiana Lopes, de Niterói (RJ), tomar um susto. "tive osteossarcoma no fêmur direito. É um tipo de câncer ósseo muito comum, especialmente em crianças e adolescentes", explica a nadadora, hoje com 17 anos, sobre a doença que ela teve por duas oportunidades e, na segunda, aos 11, a obrigou a amputar a perna direita.

Mas o drama infantil não parou por aí. Assim que foi curada, recebeu uma informação nada animadora do médico que a tratava. "Ele disse que mesmo se eu usasse prótese, eu teria de andar de muleta. Mas no primeiro dia de prótese já andei sem muletas. Ninguém acreditava, mas na verdade, eles é que deveriam me conhecer melhor (risos)", conta a atleta, se referindo à sua força de vontade em superar as dificuldades.

Mas a jovem não deixou nenhum dos dois sustos lhe perturbar. Mais ainda: encontrou na natação um caminho de motivação para mais conquistas. Em menos de dois anos, ela já faz as contas de seus títulos na Classe S9.

"Tenho uma prata e um bronze nas Paralimpíadas Escolares de 2011, e três bronzes e duas pratas no ano passado. Neste ano, quando conquistei vaga para o Nacional com mais um bronze", conta Taiana, que não só está classificada para o nacional deste ano, como ainda precisou antecipar a entrevista com nossa reportagem para chegar cedo ao treino. "O Nacional é logo ali, está chegando", brincou.

Ela até sente um pouco de desconforto com a prótese, mas nem se preocupa com isso. "É natural, toda prótese incomoda, no calor do Rio de Janeiro um pouco mais, mas nada grave". Já sua recuperação vai virar tema de um congresso na Suíça, no fim do ano.

"Vão levar essa questão para lá, porque parece que não é normal eu conseguir usar a prótese nas condições que eu consegui. Não há relatos sobre isso, por isso vão levar o caso para lá".

Enquanto isso, ela treina para evoluir na natação e superar barreiras. As que apareceram na frente de Taiana, apesar de grandes, não surtiram nenhum efeito.

http://paratletabrasil.com.br/Especiais/2013/03/13/Nadadora%20supera%20c%C3%A2ncer,%20amputa%C3%A7%C3%A3o,%20coleciona%20medalhas%20e%20vira%20tema%20de%20estudos%20na%20Su%C3%AD%C3%A7a

Atenciosamente,
Israel Stroh
Editor responsável
Oferecemos arquivo de textos específicos, de documentos, leis, informativos, notícias, cursos de nossa região (Americana), além de publicarmos entrevistas feitas para sensibilizar e divulgar suas ações eficientes em sua realidade. Também disponibilizamos os textos pesquisados para informar/prevenir sobre crescente qualidade de vida. Buscamos evidenciar assim pessoas que podem ser eficientes, mesmo que diferentes ou com algum tipo de mobilidade reduzida e/ou deficiência, procurando informar cada vez mais todos para incluírem todos.