terça-feira, 23 de abril de 2013

Vigor de Caráter


Edu, 88 anos


Ganhei um celular, de presente. Fica sempre desligado. Moro ao lado da casa de um filho, e de meus netos, já adultos. A tecnologia de comunicação chegou tarde para mim, meus amigos ainda são da geração que teve pouca familiaridade com este recurso, não pudemos fazer disto uma possibilidade regular de contato social.  Fiz o ensino básico, no meu tempo até o quarto ano, e fui trabalhar em Fiação, no bairro de Carioba. Meu gosto por atividades físicas começa aí, meu próximo trabalho já foi na tecelagem, do mesmo bairro, e seus donos incentivavam muito a pratica de esportes e exercícios físicos, como musculação, ginástica, remo e corridas de barco,tínhamos o “Clube Recreativo Regata Carioba”. Passei por várias firmas, e mesmo aposentado exerci o trabalho de jardineiro durante três anos. Em consulta médica de rotina, fui alertado para a necessidade de incluir  atividades físicas de forma regular em minha vida. Foi assim que cheguei, há quinze anos atrás ao “Clube do Vovô”, tínhamos acesso à ginástica, ao campo de bocha, organizávamos bailes. Numa melhoria para as pessoas idosas, neste mesmo local foi construído o Sindicato Nacional dos Aposentados, que oferece a sede para as atividades especialmente organizadas para a nossa idade pela equipe de profissionais contratada pela prefeitura. Temos acesso a festas, palestras de nosso interesse e muitas atividades, participo de todas que acho interessantes. Tõda esta busca de contato humano e de vitalidade física me dá fôrças  para amparar minha esposa, que por razões de saúde quase não anda mais.Cozinho as refeições e passo a roupa.Minha nora me ajuda no restante. “O vigor físico é bom, o vigor intelectual melhor ainda, mas muito acima de ambos, está o vigor do caráter” – Theodore Roosevelt.


Caso real. Elizabeth Fritzsons da Silva, psicóloga, e-mail: bfritzsons@gmail.com

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