quinta-feira, 20 de março de 2014

Fonte:http://sonoticiaboa.band.uol.com.br/noticia.php?i=4642

Salário mínimo para dona de casa: combate à violência doméstica

     
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Foto: divulgacão
Nasce uma campanha para dar um salário mínimo para as donas de casa, que trabalham e muito dentro de casa.
Mais do que pagar pelos serviços prestados, o dinheiro será uma forma de dar independência financeira para impedir que mulheres deixem de registrar casos de violência doméstica por medo de perder sua renda.
A campanha, liderada por uma advogada e uma estrela de TV acontece na Itália, mas poderia ser copiada no mundo inteiro.
A advogada e ex-deputada federal Giulia Bongiorno (de óculos na foto acima) e a apresentadora de televisão Michelle Hunziker argumentam que muitas mulheres italianas não registram casos de violência que sofrem dos maridos porque são economicamente dependentes de seus cônjuges.
O salário seria pago pelo governo, ou pelos próprios maridos, no caso deles terem uma alta renda mensal.
Na Itália há um número estimado de 5 milhões de donas de casa.
"Quanto mais se valoriza as mulheres, mais se reduz a discriminação", defende Giulia Bongiorno, que como deputada foi uma das responsáveis pela introdução de uma lei que pune a perseguição a mulheres.
Segundo ela, o medo de cair na miséria impede muitos registros de violência doméstica.
"É claro que vão ridicularizar a proposta e vão lembrar que o país está em crise", diz Bongiorno. "Mas nós devemos nos perguntar: afinal, quais são as reais prioridades do governo?"
Outras mulheres criticam duramente a proposta e acusam Bongiorno e Hunziker de querer cimentar o tradicional papel da dona-de-casa que cuida do lar e das crianças.
“O que nós precisamos realmente são investimentos em creches e fundos para mulheres empreendedoras fundarem seus próprios negócios”, apontou a jornalista e blogueira italiana Giulia Innocenzi.
A violência contra mulheres continua sendo um problema grave na Itália.
Em 2013, 177 mulheres foram assassinadas no país, quase uma a cada três dias.
Segundo a associação Telefone Rosa, especializada no apoio de mulheres, em quase 80% dos casos, parceiros, cônjuges ou ex-maridos foram os autores dos crimes.
Com informações da BBC.

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