segunda-feira, 31 de março de 2014

Cidade de São Paulo - serviço prestado à pessoa idosa - 29/03/2014

FONTE:http://www1.folha.uol.com.br/seminariosfolha/2014/03/1432543-programa-municipal-em-sao-paulo-leva-c

Programa municipal em São Paulo leva cuidador à casa do idoso

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Até julho, a cidade de São Paulo terá 1,5 milhão de habitantes com mais de 60 anos. Eles serão 12% da população (média igual à brasileira, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, Pnad, de 2012).
Para atender à demanda crescente de atendimento para idosos, o município vem implementando, ainda que de maneira lenta e restrita, um programa pioneiro.
Criado como um projeto-piloto em 2005 pela prefeitura, na gestão do ex-prefeito José Serra (PSDB), o projeto PAI (Programa Acompanhante de Idosos) presta serviços de cuidado domiciliar.
Inclui também ajuda na execução das atividades diárias para idosos que moram sozinhos e estão em situação de fragilidade clínica ou de vulnerabilidade social.
Para participar, o idoso precisa estar vinculado a uma das UBSs (Unidades Básicas de Saúde) que ofereçam o serviço. Depois do processo de triagem, ele será avaliado pela equipe do PAI, composta por assistente social, médico, enfermeiro e fisioterapeuta, para definir como será o atendimento.
O idoso passa, então, a receber de uma a cinco visitas semanais, com durações que podem variar de poucas horas a dias inteiros.
O acompanhante tem a responsabilidade de ajudar o idoso nas atividades diárias e domésticas, até mesmo levando-o ao médico (agendado pelo próprio idoso) ou para fazer compras.
Periodicamente, são feitas ainda visitas do médico, do fisioterapeuta –quando for o caso– e do enfermeiro.
ALCANCE RESTRITO
A cidade tem 22 equipes, que atendem, ao todo, mais de 2.500 idosos cadastrados pela Secretaria Municipal de Saúde. Segundo a pasta, não há fila de espera. Mesmo que o número chegue a 3.000 em julho, representaria só 0,2% da clientela potencial.
O auxílio domiciliar ao idoso tem programas similares, e mais antigos, no exterior, como na França e na Suécia.
"São Paulo ainda tem poucas equipes, mas é uma iniciativa importante, que deveria ser considerada pelo SUS como um tipo de atenção domiciliar tão importante quando o Programa Saúde da Família", diz Marilia Louvison, professora da Faculdade de Saúde Pública da USP e presidente da Associação Paulista de Saúde Pública.
Idosos com dificuldade de locomoção ou com problemas de saúde podem ainda ser atendidos em casa pelo serviço municipal Emad (Equipes Multidisciplinares de Atenção Domiciliar). Cerca de 2.200 pessoas acima de 60 anos são tratadas ao mês, no domicílio, por médicos, fisioterapeutas e enfermeiros.
São Paulo conta ainda com sete Ursi (Unidades de Referência à Saúde do Idoso), da rede municipal, e dois CRI (Centro de Referência do Idoso), da rede estadual. Ali o idoso recebe atendimento em geriatria e em prevenção e promoção de saúde.
"O maior desafio da cidade é organizar essas unidades em redes integradas, o que ajudaria a otimizar e melhorar os serviços existentes", diz Louvison.
Segundo a especialista, os clínicos gerais que trabalham nas 447 UBSs da cidade deveriam passar por processos de capacitação para melhor atender o idoso.
"São esses os médicos que podem ajudar a melhorar a qualidade de atendimento." 

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