sexta-feira, 8 de agosto de 2014

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Em penitenciária, detentas concluem curso de culinária com Alex Atala

DE SÃO PAULO
Fabiana dos Santos, 34, gostava de cozinhar para os filhos um trivial caprichado, com arroz, feijão e picadinho, até que foi presa em 2008 por tráfico de drogas.
No final do ano, quando tiver quitado sua dívida com a sociedade, Fabiana poderá impressionar as crianças ao servir uma sofisticada releitura de moqueca de peixe "com alho brunoise' [em cubinhos de 3 mm], decorada com sumo de coentro".
A receita foi aprendida na prisão, com ninguém menos que o internacionalmente renomado chef Alex Atala.
Ela e outras 34 detentas fazem parte da terceira turma de um curso básico de culinária, oferecido na Penitenciária Feminina de Sant'Ana, em São Paulo, pela ONG Gastromotiva. São 20 aulas de quatro horas, uma delas com o famoso cozinheiro.
Na capela do presídio, as detentas se formaram nesta quinta-feira (7) com pompa --e a presença não só de Atala, mas também de juízes e até do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB).
As formandas também ganharam discurso motivacional das figuras citadas. Mas a estrela do púlpito foi a ex-detenta Lucimara Agenor, 37, que hoje trabalha na cozinha da Gastromotiva.
Lucimara foi uma pequena dirigente do tráfico por 12 anos e "achava que era a tal", como ela mesma conta, um pouco sem jeito. Mas ao falar do que faz hoje ela abriu a guarda e se empolgou: "ai, é tão gostoso trabalhar, meu Deus do céu!"
Na hora da "colação de grau", Gisele, Maria, Ivana e todas as outras foram chamadas, uma a uma, à mesa de autoridades. Caminharam orgulhosas, com seus penteados de gala apesar das calças beges, para receber o diploma das mãos de Atala.
O idealizador do curso, bancado pelo Estado, foi o juiz Jayme Garcia dos Santos, do Tribunal de Justiça de SP. Ele chamou Atala e a ONG Gastromotiva para serem parceiros no curso que começou em 2011.

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