segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Nova publicação em TURISMO ADAPTADO

Deficiência e morte no trânsito são abordados no documentário ‘Luto em Luta’

by Ricardo Shimosakai
’Sua pressa não vale uma vida!!!’ virou um lema utilizado pelos ciclistas em protesto aos atropelamentos que acabam causando mortes’Sua pressa não vale uma vida!!!’ virou um lema utilizado pelos ciclistas em protesto aos atropelamentos que acabam causando mortes
A ideia e a realização do documentário LUTO EM LUTA são do diretor Pedro Serrano, um dos fundadores do movimento “Viva Vitão”, que surgiu logo após o acidente que matou o amigo Vitor Gurman aos 24 anos, atropelado na Rua Natingui, na capital.
O filme da Produtora Like Filmes expõe através de depoimentos de vítimas, familiares e imagens de acidentes, a tragédia diária do trânsito de São Paulo, que chega a matar todos os anos mais do que guerras e desastres naturais.
Serrano ouviu especialistas em trânsito, médicos, psicanalistas, jornalistas, juristas, políticos e cidadãos comuns. Destacam-se Ricardo Young, Gilberto Dimenstein, Heródoto Barbeiro, Horácio Augusto Figueira, José Gregori, Floriano Pesaro e Rafael Baltresca, que perdeu a mãe e a irmã atropeladas e hoje segue na luta com o movimento “Não Foi Acidente”.
Traumas e lesões decorrentes da violência no trânsito são umas das principais causas de deficiência- e de mortes- no Brasil. Em dez anos, entre 2001 e 2011, o número de vítimas com invalidez permanente aumentou mais de vinte vezes, passando de 11 mil para 239 mil, segundo os dados do DPVAT, seguro obrigatório pago pelos proprietários dos veículos, responsável pela cobertura às vítimas dos acidentes.
De acordo com reportagem publicada pelo jornal Folha de São Paulo no início do ano, a violência no trânsito é responsável por 3,1% das aposentadorias compulsórias pagas pelo INSS – gasto previdenciário de aproximadamente R$ 8,6 bilhões.
Outro número alarmante foi divulgado pela Clínica de Lesão Medular da AACD - Associação de Assistência à Criança Deficiente - de São Paulo -: acidentes de trânsito são a causa de 40% dos casos de paraplegia e tetraplegia.
O documentário se divide em três partes:
Barbárie – Nesta parte inicial da obra temos um panorama da atual situação do trânsito na cidade de São Paulo. Violência e desordem são expostas pela ótica de pessoas ligadas direta e indiretamente ao caos do trânsito paulistano. São elas: engenheiros especializados em trânsito, médicos, policiais, jornalistas, políticos, líderes de direitos humanos e associações, promotores, juízes, psicanalistas, ciclistas, pedestres, cidadãos comuns.
Recortes do cotidiano complementam o material ao mostrar uma realidade cruel; blitz de trânsito, carros destruídos, acidentes, marcas deixadas nos locais e entrevista com sobreviventes que, diariamente, têm que aprendem a reviver e lidar com a dor e as sequelas de um acidente.
O Luto – Depoimentos de pessoas que perderam parentes, amigos e conhecidos em acidentes de trânsito narram a experiência. Histórias de dor e superação, de como vivenciaram o luto ou o transformaram em luta.
A Luta – Retrato de ONGs, Movimentos e Associações que tenham surgido em função de uma perda ou que, simplesmente, partiram de iniciativas de cidadãos que não esperaram o governo agir para tentar mudar esta situação de caos. É o caso dos movimentos “Viva Vitão” e “Não Foi Acidente”, que pleiteiam um trânsito menos violento.
A partir destes exemplos, formulou-se a teoria conclusiva do filme, de que a sociedade civil é, sim, capaz de mudar o cenário macro ambiental através de seus próprios atos e que sua voz tem um papel fundamental na pauta de ação das entidades governamentais.
Fonte: Estadão

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