segunda-feira, 24 de novembro de 2014

DEPOIMENTO - Caso real

ROTINA DE LUTA, SEM VAIDADES!

   Mocinha morava em sítio, o namoro aconteceu aos quinze anos, o casamento aos vinte, nossa união de quarenta e três anos frutificou em quatro filhos, que trouxeram seus parceiros de casamento à família e nos enriqueceram a vida com seis netos.
   Sou Sueli com sessenta e seis anos, que viveu sua maturidade em tempos em que para chegar à casa própria a luta era de vários anos (cinco em nosso caso), e apesar de bom emprego do esposo (chefe de seção, em tecelagem), achamos mais adequado que eu também continuasse a trabalhar, o que fiz dos meus dezessete anos até minha aposentadoria.
   Como cuidar de quatro filhos e ainda trabalhar e administrar a casa? Eram outros tempos, mais seguros, sendo possível deixar um filho mais crescido cuidando de um filho menor, e a avó materna morando próxima (uma tranquilidade), de vez em quando dando uma “olhadinha” nos netos, ao longo do dia. Sei que foi realidade diferente se comparada à de hoje. Percebo a preocupação de noras e filhos quanto aos seus pequenos, e até ajudo bastante a criar espaços de brincadeira que supervisiono.
   Encontrei amigos e amigas de minha idade no CIVI. Foi um deslumbramento poder me desdobrar em uma Sueli que não teve tempo de cultivar amizades e trocar experiências com pessoas de sua idade, pela dura rotina de sobrevivência necessária até os passarinhos-filhos voarem para a vida e construírem o próprio ninho!
  Hoje participo de todas as atividades possíveis, manhã e tarde, juntando o meu dia-a-dia de esposa, dona de casa e avó com um pedaço-do-dia só meu. Uma delícia!
“O problema não é inventar/É ser inventado hora após hora/E nunca ficar pronta/ Nossa edição convincente.” – Carlos Drummond de Andrade.

Caso real, Elizabeth Fritzsons da Silva, psicóloga, e-mail:bfritzsons@gmail.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Oferecemos arquivo de textos específicos, de documentos, leis, informativos, notícias, cursos de nossa região (Americana), além de publicarmos entrevistas feitas para sensibilizar e divulgar suas ações eficientes em sua realidade. Também disponibilizamos os textos pesquisados para informar/prevenir sobre crescente qualidade de vida. Buscamos evidenciar assim pessoas que podem ser eficientes, mesmo que diferentes ou com algum tipo de mobilidade reduzida e/ou deficiência, procurando informar cada vez mais todos para incluírem todos.