segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

A MÚSICA COMO REGENTE ABSOLUTA DE MINHA VIDA

   Um cabo de vassoura adaptado foi a primeira guitarra em minha vida. Não vivo sem música, desde pequena.O primeiro violão surgiu aos seis anos. Toco “de ouvido”.Cheguei até a Faculdade de Letras, não perdendo nenhuma oportunidade de fazer qualquer curso relacionado à área musical, estudando música apaixonadamente por conta própria.Comecei tocando e cantando em barzinhos à noite. Mudei para Americana em 2006, e de festa em festa meu trabalho foi sendo conhecido, e passei a tocar minha guitarra em aniversários,eventos e bares. No Centro de Integração e Valorização do Idoso (CIVI), assumi a regência do coral “Terceira Idade Cantando a Vida”, em trabalho voluntário.Desde 2010 assumi também a direção artística e a agenda de shows da Feira de Fraternidade de nossa cidade.Atuei como diretora artística e roteirista de vários shows.Em Setembro de 2011 minha voz começou a falhar, e em janeiro deste ano o alcance vocal era baixíssimo. Esgotei os recursos do convênio médico, cheguei ao diagnóstico de paralisia de corda vocal derivante de pneumonia (devidamente tratada), e mesmo buscando ajuda médica particular não consegui voltar a falar.Aos cinqüenta e dois anos anos, vivendo de música, sem poder cantar ou organizar pessoas falando!Aí entraram em ação anjos-amigos. Um achou o endereço de médico especialista (e músico apaixonado), que colocou prótese de silicone (parcelando generosamente seus honorários).Outro pagou por esta consulta,outros conseguiram o dinheiro da passagem.Também organizaram um bingo para arrecadar recursos. Minha voz está voltando com o serviço de reabilitação vocal, com duração prevista para seis meses. Especialistas afirmaram que tenho “ouvido absoluto” . Acho que “amigos absolutos” também!


Caso real. Elizabeth Fritzsons da Silva, psicóloga e diretora da Unidade de Atenção aos Direitos da Pessoa com Deficiência.

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