sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

IDOSA, E CAPAZ DE ALEGRIA DE CRIANÇA - Caso real

IDOSA, E CAPAZ DE ALEGRIA DE CRIANÇA

  

    Sou Ana, de 73 anos, casada há cinqüenta e quatro anos com Antonio, de 79 anos. Começamos nossa vida na lavoura, e como a maioria das famílias, lutamos muito para conseguir encaminhar duas moças e um moço na vida. Eles nos agradeceram morando próximos, cuidando de nós, nos presenteando com sete netos e um bisneto. Qualquer motivo gera gostosas reuniões familiares. Cuido de todo o serviço de minha casa, meu marido gosta de entalhar madeira (carrinhos de boi, porteiras, portões). Eu achava que tudo estava na mais perfeita ordem em minha vida até conhecer um clube de idosos (CIVI). Surpreendida, percebi oportunidades que não teria imaginado para este momento da vida. De tanto administrar sonhos e necessidades de quem a gente ama a gente não se percebe como prioridade também. Descobri que podia fazer meu primeiro curso de computação, grátis. E que podia comprar um computador. Descobri que gosto de fazer ginástica e aerodance (adaptadas para a pessoa idosa). Tudo isto sozinha, o Antonio não curte. Estou com projetos de freqüentar o coral em 2014! E descobri que amigos idosos são absolutamente necessários neste momento para reciclar experiências, dar risadas, compartilhar novidades. Para mim são insubstituíveis – é com eles que faço passeios memoráveis, pelas pousadas, fazendas e recantos turísticos de nossa região, ao alcance de um ônibus fretado. Conhecemos novos restaurantes, usufruindo de teleféricos, passeios a cavalo, lagos, arvorismo, jardins temáticos em clima de amizade, com a única responsabilidade de cuidar de nós mesmos. Delícia ter a família, mas delicia também ser a Ana!
“Só as crianças e os velhos conhecem a volúpia de viver dia-a-dia, hora a hora, e suas esperas e desejos nunca se estendem além de cinco minutos...” – Mario Quintana
Caso real, Elizabeth Fritzsons da Silva, psicóloga, e-mail: bfritzsons@gmail.com


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