sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

DA LAVOURA AO FACEBOOK - Caso real

DA LAVOURA AO FACEBOOK


   Sou Guilhermina, tenho 66 anos, nasci em Olímpia, trabalhava na roça. Com dezoito anos, depois de namorar dois anos sem “pegar na mão”, casei. Namoro daqueles tempos era só de se olhar! Meu companheiro trabalhava na lavouKra e cuidava do gado da propriedade em que estava empregado. Hoje ele tem 73 anos. Temos dois filhos casados, que lutam para criar meus cinco netos. Gostamos de ajudar, quando conseguimos. Estamos em Americana faz vinte e quatro anos. Buscávamos melhores oportunidades de trabalho. Meu marido se aposentou aos 65 anos, e fui à luta, para poder melhorar a pequena renda que tínhamos para sobreviver. Conseguimos ter casa própria. Com a quarta série do ensino fundamental, consegui vaga de copeira em  hospital.Depois de um ano , tive arritmia de tanto ver susto e sofrimento. Fui doméstica, e cobradora (mas não suportei ficar sentada tanto tempo quieta). Fui catar papelão na rua. A gente precisa começar bem cedinho, e ser rápido, não é fácil beber água e fica muito complicado se alimentar. Quando eu acabava, logo depois do meio dia, receava desmaiar. Quando finalmente consegui a minha aposentadoria, parei. Meu marido ficou sócio de sindicato de aposentados. Fomos convidados para o forró, e  para as atividades do CIVI. Ele não freqüenta, mas eu faço hidroginástica, aeróbica e musculação adaptadas, aerodance e fiz o curso de informática duas vezes, por indicação de meu professor. Com muita dificuldade, mas com alegria, estou pagando por um laptop, novinho, Windows-8. Minha netinha, em três semanas que passou lá em casa, criou meu facebook. Foi difícil aprender, eu brigava muito com o computador, minha mão tremia, mas agora eu estou amando poder conversar com tanta gente boa! “Mas a vida, a vida, a vida, a vida só é possível reinventada.” – Cecília Meireles

Caso real, Elizabeth Fritzsons da Silva, psicóloga. e-mail: bfritzsons@gmail.com

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