A inclusão digital esteve em debate na CIAB Febraban . O secretário Delfino Natal de Souza, do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão apresentou as medidas do Governo Federal para melhorias no acesso de deficientes físicos às plataformas digitais.
O e-MAG (Modelo de Acessibilidade de Governo Eletrônico), promete que portais e sítios do governo brasileiro estejam de acordo com a lei de acesso à informação (12.527/11), que garante aos deficientes físicos os mesmos direitos que os não-deficientes.
Aos poucos as páginas do Governo Federal estão sendo adaptadas aos portadores de necessidades especiais. Em 2010, em média 98% das páginas não eram acessíveis, em dois anos o percentual diminuiu em 5%, as mudanças são imprescindíveis para a inclusão digital.
Uma pesquisa do W3C — World Wide Web Consortium, apresentada por Karen Myers, líder de desenvolvimento de negócios, mostra que deficientes representam 24% da população brasileira e apenas 2% das páginas da web são acessíveis a esse público.
Para Liliane Vieira Moraes, deficiente visual e Analista em Ciência e Tecnologia do CNPq, muitos portais vendem acessibilidade, mas pecam em detalhes. “Alguns sites incluem imagens sem legendas e opções de “clique aqui” coloridas, sem informação nos botões e isso impossibilita que muitos deficientes visuais tenham acesso completo ao conteúdo. O Brasil ainda melhorar a comunicação em sites e televisão, para isso é necessário aproximação das organizações com a causa”, conclui Liliane.
Para Karen, as nações estão abertas a mudanças e em 2007 uma iniciativa do Comitê Gestor da Internet (CGI) trouxe a W3C para o Brasil e, consequentemente o WCAG, uma ferramenta já adotada por algumas instituições que certifica a acessibilidade de portais. A líder de desenvolvimento de negócios explica que para uma página se tornar inclusiva é preciso ter percepção para entender a necessidade do portador de deficiência, pensar na navegabilidade, ensinar o usuário a preencher dados em formulários e tornar toda forma de conteúdo acessível.
De acordo com Sidinei Rossoni, gerente executivo da Caixa Econômica Federal, o site do banco já possui ferramentas para atender deficientes físicos por meio do site com tecnologia assistiva e de um software que traduz as informações para libras. “Conseguimos adaptar nossos serviços de web para atender os deficientes e cumprir questões de acessibilidade”, garante. A instituição também anunciou que a próxima medida será o lançamento do extrato bancário impresso em braile.
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