Emoções semelhantes turbinaram os planos das duas legendas brasileiras
que participaram do revezamento da tocha paralímpica em Londres na tarde
desta quarta-feira (29). Depois de carregar a chama pelas ruas de
Lewisham, bairro do sudeste da capital britânica, o nadador Clodoado
Silva e a velocista Ádria dos Santos comparavam o sentimento de sua
inclusão na cerimônia ao da conquista de uma medalha, o que não deixa de
ser surpresa se levado em conta que, juntos, os dois atletas somam 27
pódios. Enquanto Ádria viu reafirmada sua confiança numa recuperação da
lesão no joelho que a tirou dos Jogos de Londres 2012, Clodoaldo admitiu
que já não está tão certo de que se aposentará ao final da competição.
“Achei que já tinha feito de tudo na Paralimpíada, mas foi algo
diferente, que me emocionou muito. Principalmente a receptividade do
público. Foi uma tarde com frio e chuva, mas tivemos um calor humano que
me fez pensar estar no Brasil. É isso o que quero daqui a quatro anos
lá no Rio, essa receptividade. Isso me faz pensar e repensar se devo
mesmo me aposentar ou pendurar minha sunga. Estou me divertindo muito’’,
disse Clodoaldo, o maior medalhista paralímpico brasileiro, com seis
ouros, cinco pratas e dois bronzes em quatro Paralimpíadas.
O nadador cadeirante afirmou ainda que participar do revezamento o
ajudou um pouco a relaxar para disputa de suas cinco provas nos Jogos de
Londres. “A gente está fora do Brasil desde 25 de julho, longe da
família, para fica concentrado nas competições. Estar aqui vai tirar um
pouco da tensão e da ansiedade para chegar na prova bem’’.
Clodoaldo e Ádria participaram de um grupo de revezamento que incluiu
estrelas fora do mundo paralímpico, como o jogador de futebol David
Alaba, do clube alemão Bayern de Munique, e a supermodelo russa Natalia
Vodianova, conhecida pela dedicação às causas das pessoas com
deficiência por ter uma irmã com paralisia cerebral. No revezamento da
tocha paralímpica, os participantes dividiram-se em grupos em que apenas
uma tocha era acesa a cada 130m.
Ádria ficou muito emocionada com todo o clima, especialmente depois
de correr com a chama. “São momentos em que é difícil descrever a
emoção. Ouvi as pessoas aplaudindo, senti o cheiro do fogo e foi aí que
me dei conta de que estava fazendo parte realmente do revezamento. Foi
maravilhoso, muito gratificante’’, explicou a velocista cega, que já
participou de seis Paralimpíadas, conquistando quatro ouros, nove pratas
e um bronze.
Assista ao vídeo da participação de Clodoaldo e Ádria
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