quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

“Agora meu objetivo é cuidar de mim... sou minha prioridade”

Escrito por  Redação Portal
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agora-meu-objetivo-e-cuidar-de-mim-sou-minha-prioridade-fotodestaqueSeja viajando, compartilhando bons momentos com pessoas que estão na mesma situação, ampliando sua visão de mundo ou se recuperando de uma doença, as vantagens de todas essas atividades são imensas, tanto psicológicas quanto físicas. Estar em movimento permanente ajuda a fortalecer a massa muscular assim como obriga a pessoa a pensar, analisar, interpretar, permitindo um melhor bem-estar.
Genoveva Tobares tem 74 anos, é aposentada e dedicou sua vida ao trabalho doméstico da casa, vender produtos de beleza e cuidar de seus filhos. Assim que enviuvou e os filhos saíram de casa, decidiu não se isolar, mas sair e buscar amigos e novas experiências através de viagens. Assim começa a matéria assinada por Virginia Digón, intitulada “Adultos mayores que viajan, exploran y también aprenden”, publicada no dia 4/01/2015 por LaVoz, na Argentina. 
No mesmo dia, no Brasil, outra matéria, publicada em Manaus, e assinada por Cynthia Blink chamada “Adeptos da nova maneira de envelhecer afirmam que 3ª idade é a melhor época da vida”, destacava a frase de um aposentado, Francisco Assunção, 68, que declarava: 'Gosto de encontrar meus amigos, de receber um sorriso e ir para confraternizações'. 
O que ambas as matérias estão nos dizendo? Que cada vez mais as pessoas aposentadas não ficam mais em seus “aposentos”, ao contrário, buscam viver essa etapa da vida, a mais longa, de forma diferente da que foi vivida por seus antepassados. 
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Na Argentina, escreve Virginia Digón, muitos idosos buscam o Centro de Promoción del Adulto Mayor (Cepram), clubes da Terceira Idade ou grupos de aposentados que organizam viagens, aprendem novas experiências, conhecem novos lugares e disfrutam da companhia de outras pessoas que se encontram na mesma condição. Muito parecido com o que ocorre com os jovens que também buscam espaços para encontrar a sua “tribo”. 
Ela cita que as saídas, passeios e viagens são comuns nesta etapa da vida, quando se conta com mais tempo e às vezes até algum dinheirinho para sair (quando não se tem que comprar muitos remédios), uma vez que não há mais a preocupação com a educação dos filhos, já encaminhados na vida. Nos lembra o seu Francisco Assunção na matéria brasileira, escrita por Cynthia Blink, que: “Já falei lá em casa para não contarem comigo. Agora meu objetivo é cuidar de mim e da minha saúde. Já criei meus filhos, já trabalhei, agora sou minha prioridade”. 
No entanto, Digón cita que muitas vezes as pessoas se aposentam, tem um dinheirinho mas não encontram os espaços nem as companhias adequadas para desenvolverem essas atividades e assim continuarem se desenvolvendo como pessoas. 
No Brasil, não é tão diferente. Temos vários Centros de Convivência, grupos de Terceira Idade, Clubes, Associações de aposentados e até algumas agências de viagens que também organizam vários passeios dirigidos a pessoas idosas, possibilitando às mesmas uma maior ampliação do mundo, como assinala Raquel Sans, psicóloga e fundadora do Cepram: “É uma experiência positiva. Não fazemos turismo, senão ampliar o horizonte das pessoas idosas e lutar para que se entusiasmem por metas mais próximas, já que não podem fazer planos muito longos no tempo”. 
No Centro de Promoción del Adulto Mayor (Cepram) é dado três cursos sobre viagens curtas, uma saída ao mês de um dia a um lugar do Estado que tenha alguma atração cultural ou natural, e o resto do mês se passa estudando tudo sobre esse ambiente. 
Nesse sentido, esses espaços, segundo Raquel, permitem criar vínculos entre as pessoas idosas, pois “os passeios compartilhados são interessantes pela vida em si, ajudando-os a ter novos olhares sobre a riqueza natural, sobre a ecologia, o patrimônio cultural histórico. E esses eventos os mobilizam pessoalmente. A ideia é promover aprendizagem contínua”. 
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A aprendizagem permanente assim como o contínuo desenvolvimento humano ocorre também em outros espaços, como Centros de Referência. É o caso doaposentado Francisco Assunção que sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) aos 58 anos. Foi em um Centro de Atenção ao Idoso (Caimi), em Manaus, que ele se recuperou das sequelas da doença fazendo ali mesmo hidroginástica, caminhada, conversando com as pessoas. “Entendo que é a minha segunda casa, venho aqui todos os dias, até quando não tem consulta marcada”, declarou. 
Seja viajando, compartilhando bons momentos com pessoas que estão na mesma situação, ampliando sua visão de mundo ou se recuperando de uma doença, as vantagens de todas essas atividades são imensas, tanto psicológicas quanto físicas, declara à matéria argentina Héctor David Martínez, presidente da Asociación Gerontogeriátrica do Centro Profesor Mario A. Crosetto. Segundo ele, estar em movimento permanente ajuda a fortalecer a massa muscular assim como obriga a pessoa a pensar, analisar, interpretar, permitindo um melhor bem-estar.

Referências
Digín, Virgia. Adultos mayores que viajan, exploran y también aprenden. Disponível em:http://www.lavoz.com.ar/ciudadanos/adultos-mayores-que-viajan-exploran-y-tambien-aprenden. Acesso em 4/01/2015


Blink, Cynthia. Adeptos da nova maneira de envelhecer afirmam que 3ª idade é a melhor época da vida. Disponível em http://acritica.uol.com.br/manaus/Adeptos-maneira-envelhecer-afirmam-melhor_0_1278472174.html. Acesso em: 05/01/2015.

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