Trabalhei das sete às dezessete horas, o patrão disse que ficaria como vigia a noite . Pagaria hora extra. De manhã, muito cansado peguei minha moto e o rumo de casa. Na pista de mão dupla, dormi dirigindo e bati de frente em um caminhão que conseguiu brecar e chamou o resgate. O motor da moto se partiu
Havia muito sangue, o motorista no início achou que eu já falecera. Depois de cento e noventa quilômetros de ambulância, o hospital. Fiquei um mês em coma induzido, para suportar a dor – abriram meu abdômen, para avaliar meu estado e colocaram platina na perna para a lesão do joelho. Passei três meses no hospital.
Tinha medo da cadeira de rodas. Com fisioterapia no hospital, recuperarei os movimentos. Depois do orifício em minha garganta (traqueostomia), a fonoaudióloga me ajudou a falar de novo. Meu olho esquerdo doía muito,busquei ajuda e com uma prótese, a dor passou. Sou monocular. Quero trabalho, quero estudo, sonho com advocacia. Meu ex-patrão não pagou nada do que me devia. Luto pelos meus direitos "A arte de viver consiste em tirar o maior bem do maior mal." Machado de Assis
(Caso Real)
Elizabeth Fritzsons da Silva. Psicóloga-Diretora/UADPD.
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