sexta-feira, 10 de abril de 2015

Experiências de outros países são destaque em seminário sobre uso do automóvel

10/04/2015
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Experiências da mobilidade urbana em diferentes países foram o destaque da programação do segundo dia de atividades do seminário internacional Uso do Automóvel na Cidade, que está sendo realizado nesta sexta-feira (10) no Salão de Atos do Parque Barigui. O evento é organizado pela Prefeitura de Curitiba em parceria com a Renault do Brasil, Grupo GRPCom, Associação Comercial do Paraná, Universidade Positivo e Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade.
O primeiro painel da programação, com moderação do prefeito Gustavo Fruet, destacou tanto experiências mais desenvolvidas na área de mobilidade urbana, como a da França, que desde 1982 tem um lei que orienta o planejamento da mobilidade urbana das cidades e regiões com mais de 100 mil habitantes, como projetos mais recentes, como o desenvolvimento da mobilidade das cidades de Buenos Aires (Argentina) e Toluca (México).
“O planejamento da mobilidade é diversificado na França e conta com a participação da população, que é consultada sobre todos os projetos”, lembra Françoise-Meteyer Zeldine, do Centro de Expertise sobre Meio Ambiente, Mobilidade e Cidades do governo da França. Segundo ela, diversas cidades francesas têm experiências que focam na integração da bicicleta com o transporte coletivo; em sistemas de estacionamento inteligentes com acesso ao sistema de transporte coletivo ou de carros compartilhados; em zonas acalmadas em regiões centrais, com diminuição da velocidade do trânsito e o compartilhamento de ruas, sem separações, entre pedestres, ciclistas e veículos.
Buenos Aires está investindo em corredores de ônibus, com o Metrobus, e na criação de ciclovias protegidas com o projeto Ecobici, que conta atualmente com 120 quilômetros de vias para bicicletas. Até o final de 2015, a intenção do governo local é implantar quatro novos corredores de ônibus, chegando a uma rede de 54 quilômetros.
“Também estamos focando muito na mobilidade inteligente, através de aplicativos que informam as condições do trânsito na cidade, transporte público, o sistema Ecobici, tudo para que o usuário decida melhor qual modal irá utilizar no dia a dia”, diz Guadalupe Rodríguez Marcaida, da Secretaria de Transporte e Trânsito de Buenos Aires. A capital argentina também retirou boa parte dos veículos da região central da cidade com a criação de calçadões e o aumento da área das calçadas, o que beneficiou o pedestre e contribuiu para um maior convívio entre as pessoas.
A cidade de Toluca fortaleceu nos últimos anos os investimentos em sinalização de trânsito, na criação de grupos de agentes de trânsito e em um sistema público de empréstimo de bicicletas. “No México, o transporte público é de competência dos estados do país. Então, nossa área de atuação é menor, mas estamos consolidando nosso projeto de mobilidade urbana e investindo em modelos sustentáveis e na qualidade de vida da população”, destaca Mario Axel Plata Miranda, da Secretaria de Segurança Pública e Rodoviária de Toluca.
Manoel Heitor, do Centro de Estudos em Inovação, Tecnologia e Políticas de Desenvolvimento do Instituto Superior Técnico de Lisboa, último palestrante da manhã, destacou que as cidades estão em constante mudança e que é necessário pensar em como garantir uma evolução contínua, com o desafio principal de democratizar a mobilidade urbana. “Essa será uma transformação social que depende do comportamento de todos. Por isso, precisamos nos educar e aprender a adotar novos padrões de mobilidade para termos cidades mais sustentáveis, com mais prazer e segurança, e menos ruído. É necessário olhar para as cidades como centros de aprendizados, para vivermos de forma mais sustentável”, afirma.
Inovação
O prefeito fechou a sessão lembrando que Curitiba está em sintonia com o que há de mais inovador na área de mobilidade urbana. “Devemos buscar o compartilhamento de modais, a prioridade de pedestres, pessoas com deficiência e ciclistas, e a não proibição da circulação de veículos, mas estabelecendo restrições de velocidade e de estacionamento. Não existe uma só solução. Os exemplos aqui apresentados ajudam a pensar o sistema de mobilidade urbana e dar visibilidade a um tema que é decisivo para a qualidade de vida, e para a busca de um modelo mais sustentável e de uma cidade mais humana”, diz.
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http://www.pam.curitiba.pr.gov.br/geral/noticia.aspx?idf=36092

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