domingo, 14 de dezembro de 2014

DEPOIMENTO - Caso real

O esporte aproxima as pessoas

                 Eu não sei se escolhi o Polo como esporte de minha vida, ou se foi minha paixão pelos cavalos que me fez escolher atividade em que pudesse conviver intensamente com eles. Criança, em zona rural, cavalgava doze quilômetros para chegar à minha escola. Quando moço, um amigo me apresentou ao esporte – só precisei aprender a taquear.
O cavaleiro precisa estar em ótima forma física e o esporte gera uma adrenalina que é quase viciante. O jogo acontece em seis tempos de sete minutos cada. Cada jogador precisa dispor de sete a oito cavalos para dar conta do esforço da partida. Precisam ser de puro sangue, de estatura mediana, o que facilita a sua manobra.  Não podemos nos confrontar fisicamente, somente o taco do cavaleiro deve atingir a bola, que tem peso certo. Um embate facilitaria a queda, e se a espinha do cavalo rolar em cima do corpo do cavaleiro, é difícil que este sobreviva, devido ao seu peso. Já vi dois parceiros morrerem. E o cavalo, em uma queda, luta desesperadamente para não pisar em seu cavaleiro, sempre!
 Graças ao desempenho que tinha consegui conhecer a Índia, a França, a Espanha e quase toda a América do Sul – o jogador de Polo paga a sua passagem, e os organizadores do torneio nos hospedam e fornecem os cavalos. Fiz muitos amigos!
Conforme os anos foram se acumulando fui percebendo menos precisão nos reflexos, fiquei mais lento -  tenho oitenta anos, e já faz um tempo que mudei para o golfe. Um filho herdou meus cavalos. Mas é um quase se conformar, e aceitar os limites do tempo – a paixão era o Polo.
Mas esposa, três filhos e seus parceiros e seis netos movimentam minha vida!
“Há algo no exterior do cavalo que faz bem ao interior do homem.” – Winston Churchill.

Caso real, Elizabeth Fritzsons da Silva, psicóloga, e-mail:bfritzsons@gmail.com

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