As cidades concentram, atualmente, mais da metade da população mundial. Segundo dados da ONU, 54% da população vive em áreas urbanas, e esse número pode passar para 66% até 2050. A distribuição desse contingente, na maioria dos casos, ocorre de forma desigual, lotando as grandes cidades. Até 2014, 453 milhões de pessoas viviam nas 28 megacidades mundiais. Entre essas, 16 são asiáticas, quatro são latino-americanas, três são europeias, três são africanas e duas são norte-americanas. Fica claro, portanto, que as cidades possuem vital importância para as causas ambientais. Iniciativas criadas nos grandes centros urbanos podem ser replicadas mundialmente.
Essa semana, o jornal inglês The Guardian formou uma lista de sete cidades do mundo que colocaram em prática grandes iniciativas na busca pelo desenvolvimento urbano sustentável.
Hamburgo – A cidade do norte da Alemanha que já é exemplo de caminhabilidade baniu o uso de cápsulas de café, que usam materiais difíceis de reciclar, em prédios do governo e de outras instituições públicas como escolas e universidades. A medida é parte de uma política para reduzir a quantidade de resíduos sólidos lançados no meio ambiente. A iniciativa também bane garrafas e talheres de plástico, entre outros produtos.
Oslo – O novo projeto do governo da capital norueguesa é proibir a circulação de carros no centro da cidade até 2019. O esforço faz parte das medidas tomadas para atingir a meta de cortar pela metade as emissões de gases poluentes até 2020.
Bogotá – A capital colombiana implantou um dos mais bem sucedidos sistemas de BRT do mundo, o TransMilenio, sistema que ajudou a transformar a realidade da população. Os ônibus circulam em corredores dedicados, beneficiando milhares de pessoas com transporte coletivo eficiente e de alta qualidade. Bogotá também possui o dia anual sem carro, instituído desde 2000.
Helsinque – No rol de cidades que trabalham por um futuro livre da dependência dos carros, a capital finlandesa planeja criar um aplicativo para smartphones que proporciona às pessoas o acesso a opções de transporte mais baratas e sustentáveis, como caronas, táxis, bicicletas e ferries. O aplicativo permitirá que o usuário encontre esse meio de transporte e pague por ele pelo próprio celular.
Milão – Seguindo iniciativa já criada em Paris, Milão pretende pagar aos cidadãos para utilizar a bicicleta no caminho ao trabalho. A cidade está desenvolvendo um aplicativo para monitorar os ciclistas. O governo italiano anunciou recentemente um fundo de 35 milhões de euros para soluções sustentáveis de mobilidade.
Seul – A cidade é considerada líder mundial em número de dados e possui a banda larga mais rápida do mundo. Com o apoio do prefeito Park Won-Soon, Seul lançou o ShareHub, plataforma online que conecta usuários com serviços de compartilhamento, apoia empresas de economia compartilhada e oferece workshops para residentes.
São Paulo – O ex-prefeito da cidade, Gilberto Kassab, instituiu em 2006 a Lei Cidade Limpa, que proíbe a propaganda em outdoors e regula o tamanho de letreiros e placas de estabelecimentos comerciais. A iniciativa foi pioneira nesse movimento, hoje já implantado também em cidades dos Estados Unidos e em Chennai, na Índia.
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