SOU GRATA
POR TUDO, NÃO PERCO A ESPERANÇA.
Entrei na cozinha
cedo – aos quatorze anos, passei a cozinhar para os patrões dos proprietários
do sítio em que meus pais trabalhavam. Providenciaram um banquinho para que
pudesse alcançar o fogão à lenha.
Sempre gostei de
cozinhar, de deixar os outros contentes. Às sextas feiras sempre organizo uma
janta diferente e caprichada para juntar todos da família. Tenho muito orgulho
de ser a responsável pela barraca do pastel em minha comunidade religiosa e adoro
ajudar quando me pedem refeições para os diferentes grupos de trabalho da
igreja.
Meus amigos de fé,
da Igreja de São Judas Tadeu, e o padre Reginaldo tem sido importante apoio para
nossa família nestes últimos dez anos em que administramos período depressivo
de nosso primeiro filho, hoje com quarenta e três anos. Ele não consegue mais
ficar sozinho ou trabalhar, e isto nos espanta porque sempre foi bom aluno, bom
funcionário e bom pai. Seu sofrimento é tanto que beira o suicídio como
solução. Mas continuamos tentando ajudar, todos nós, de todas as formas. Isto
inclui meu outro filho, que mora comigo, juntamente com sua esposa.
Eu me sinto honrada
também em ser ministra de Eucaristia, levando conforto da comunhão aos doentes
que não conseguem mais frequentar a igreja.
Gosto muito de
bordar capas de almofada, caminhos de mesa que se transformam em presentes e
também na minha colaboração para as rifas da nossa igreja. Pensamos em formar
um grupo de bordado na igreja.
Sou casada há
quarenta e quatro anos com meu Waldecir, de sessenta e oito anos, que mesmo
aposentado continua trabalhando fazendo fretes com seu pequeno caminhão.
Sou Juracy, com
sessenta e sete anos.
Caso real, depoimento dado à Elizabeth Fritzsons da Silva,
psicóloga
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