terça-feira, 23 de outubro de 2012

Caso Real: MAMADEIRAS À VISTA!

   Sou Carla, tenho vinte e sete anos, e um bem-vindo bebê em formação dentro de mim.Meu marido acaba de perder seu emprego de anos (e o convênio médico) pelo momento financeiro que vivemos no mundo. Mas Deus proverá! Em janeiro de 2011 estava em um culto religioso, e o lado esquerdo de meu rosto se contorceu sem meu comando, meus joelhos “amoleceram”, a coordenação sumiu, caí no chão.Por grande sorte o socorro foi muito rápido.A segurança do atendimento médico de um acidente vascular cerebral é de no máximo três horas . Mesmo assim perdi cinqüenta por cento do campo visual de meu olho esquerdo, ficou muito difícil abaixar e levantar, o equilíbrio falha, e a movimentação da mão e pé esquerdos ficou limitada.Levei um bom tempo para aprender a conviver em paz com minha bexiga.Meu AVC é resultado de defeito congênito.Faço muita hidroterapia e fisioterapia. Vou precisar da ajuda de uma terapeuta ocupacional para estar preparada para cuidar bem de meu bebê. Tive ajuda psicológica, conto com marido super parceiro, e mesmo assim precisamos reinventar nossa relação para o casal que somos prevalecer. A confirmação de tudo isto é o nosso bebê, tão inesperado, um presente de Deus em nossa vida!
   Eu era uma eficiente vendedora de sapataria, sabia encontrar tamanhos difíceis para clientes agradecidos pelo meu esforço. Pretendo usar esta experiência em trabalho futuro.
   Luto para cozinhar, já consegui fazer arroz, e o dia em que desenformei um pudim foi uma felicidade só! Agora soube que um anjo da guarda vai providenciar a adaptação de meu fogão, instalando um pedal industrial ao acendedor, para que eu possa acionar sozinha, com minha mão e pé do lado direito preservado. Vou precisar aquecer muitas mamadeiras!


Caso real. Elizabeth Fritzsons da silva, psicóloga e diretora da Unidade de atenção aos Direitos da Pessoa com Deficiência.



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