A Organização Mundial da Saúde defende que incluir pessoas com deficiência na educação de todos colabora com a formação de capital humano, com o bem estar e saúde emocional de cada indivíduo. A exclusão destas pessoas (que a longo prazo gera exclusão também do trabalho, especialmente das vagas mais qualificadas), acaba gerando custo econômico e social muito alto.Estudo americano conclui que a educação de pessoas com deficiência pode custar de duas à três vezes mais do que a educação padrão.Ação de inclusão feita em 1990, no Vietnã levantou custo de educação-padrão das crianças em U$20,00-ano, se a criança tem deficiência salta para U$58,00-ano, e se esta criança estiver em instituição exclusiva para pessoas com deficiência o custo é U$400,00-ano. Orientam para a não construção de escola “especial”, se ela ainda não existir.
Como a organização de recursos financeiros é um dos grandes desafios, listam varias ações que se mostraram oportunas, em diferentes lugares do planeta: 1) Criar um Fundo Especial para a Educação (o Brasil é citado como exemplo), ou reservar uma taxa fixa do orçamento para este tipo de educação (0,92% na Nicarágua, 2,3% no Panamá), ou até ajudar a criar rede de inteligência para troca de resultados (network) entre escolas (Paquistão), ou ainda 2) Financiar as necessidades particulares das instituições vocacionadas para trabalho inclusivo – como material específico, ajuda pedagógica, treino de pessoal e suporte operacional (Chile e México), ou ainda 3) Prover financiamento para pessoas com deficiência para resolução de suas necessidades específicas (Dinamarca, Finlândia, Hungria, Nova Zelândia).
Deixam claro que é vital o trabalho conjunto de mobilização da comunidade, envolvendo as famílias das pessoas com deficiência – quando os familiares estão envolvidos já foi constatado que a criança rende mais, e o custo do trabalho inclusivo se torna menor. Pessoas da comunidade podem pesquisar quais escolas tem acessibilidade, podem trabalhar para acontecer o processo de inclusão com êxito, podem promover ligações entre estas famílias e o entorno social.
Podem também apoiar os professores parceiros, rastreando mais práticas inclusivas e possível tratamento médico de que a criança precise, além de estabelecer ligações entre diferentes organizações que trabalham para estas pessoas. “Crianças com deficiências devem ter acesso igual à educação de qualidade, porque isto é a chave da formação de capital humano e de sua participação na vida social e econômica.”
Texto baseado em estudo do capítulo 7 (Educação), do documento “World Report on Disability”, OMS, 2011. Elizabeth Fritzsons da Silva, psicóloga e Diretora da Unidade de Atenção aos Direitos da Pessoa com Deficiência, colaboradora do “O LIBERAL”
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