Palavra ainda pouco comum no repertório de ações das cidades brasileiras, acessibilidade é conceito aplicado em larga escala em Uberlândia (MG), que faz da inclusão o seu marketing.
Reconhecida pelas Nações Unidas, em 2010, como um dos cem exemplos do mundo em boas práticas de garantir o direito de ir e vir aos cidadãos, a cidade também é apontada pelo governo federal como modelo para o País.
Há cerca de dez anos, graças à criação de leis e de órgãos de fiscalização, nenhuma obra de uso coletivo sai do papel sem que haja um projeto de acessibilidade.
O resultado dessa política inclusiva é que por onde se anda em Uberlândia é possível ver um diferencial no respeito ao direito de todos frequentarem bares, restaurantes, boates, centros de cultura, prédios -residenciais ou comerciais, transporte público, áreas de lazer.
"Ter tudo acessível por aqui é uma conquista que dá orgulho. É algo que já se tornou cultural. Vêm pessoas com deficiência do Brasil todo nos visitar porque sabem que serão bem atendidas. É um nicho de mercado", disse José Sobreiro, dono de um dos primeiros restaurantes locais a promover acesso.
"O administrador de hoje precisa ter a sensibilidade e a responsabilidade de promover a inclusão. Temos muito ainda para fazer, mas temos orgulho dos reconhecimentos que já tivemos", disse o prefeito Odelmo Leão (PP).
Apesar dos avanços, ainda há desafios para o livre trânsito das pessoas com deficiência ou que precisem de condições especiais. As calçadas, por exemplo, não são padronizadas, e algumas não têm rampas. Nos semáforos, falta sinalização sonora.
Há um projeto da prefeitura, esperando captação de recursos federais, para melhorar a situação da mobilidade na área central e de um bairro histórico da cidade.
Fonte: Folha de São Paulo
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