RAFAELA É
EMOCÃO EM MOVIMENTO
Rafaela em seus oito
anos de vida conseguiu nos tornar pessoas mais doces, mais amigas. Fez a
família inteira perceber que seria possível criar maiores e mais profundas conexões
com seu primo Tiago, hoje com trinta anos, também com Síndrome de Down, que
enfrentou tempos menos inclusivos, de menos informação para acesso melhor às
pessoas nesta condição.
Rafaela mudou meu
rumo profissional, sou Salete, sua mãe, com quarenta e três anos. Sempre
trabalhei na área da educação, sou supervisora de Unidade Infantil de ensino
municipal. Ela me impulsionou a pesquisar, fui fazer curso de Educação Especial
para ter um olhar mais atualizado.
Ela ensinou minha
primeira filha, Catarina, a não aceitar discriminações dirigidas à sua irmã,
deixando bem claro que não havia gostado de determinada atitude de suas amigas
e que seria melhor ficarem um tempo sem conversar.
Ensinou também que
eu deveria ser firme e não aceitar que selecionasse com quem gostaria de
conversar ou brincar na APAE, deveria aprender a não excluir.
Rafaela frequenta
escola regular, com equipe técnica que prioriza sua aprendizagem, respeitando
seu tempo para evoluir. Já está escrevendo, tem autonomia para se cuidar em sua
alimentação e uso do banheiro e boa relação com todos os coleguinhas, mesmo que
possa demorar mais tempo para criar seus laços de amizade.
É absolutamente senhora dos IPADS da vida,
tablets, NETFLIX, e seus personagens de hoje e de tempos antigos.
Ensinou ao seu pai,
que respeita muito, como a vida pode ser muito mais feliz com seus beijos e
abraços sempre presentes.
“A educação é onde decidimos se amamos nossas crianças o
bastante para não expulsá-las de nosso mundo – Hannah Arendt.
Caso real. Elizabeth Fritzsons da silva, psicóloga,
e-mail:bfritzsons@gmail.com
Beth
ResponderExcluirComo é importante divulgar depoimentos como esse! Muito obrigada!
Que seu trabalho cresça cada vez mais!
Abraços agradecidos,
Marta Gil