segunda-feira, 23 de março de 2015

A graça de duas belas bailarinas que têm Down
23/03/2015 09h57
 


Camila, de cinco anos, e Sofia, de três, são pacientes do Crer - primeiro hospital do Brasil autorizado a tratar todos os tipos de deficiência. Balé terapêutico faz parte do tratamento 
No dia em que se celebram os avanços no tratamento da Síndrome de Down pelo mundo afora, 21 de março, vale a pena conhecer as duas mais belas bailarinas de Goiás, que por coincidência sofrem desta ocorrência genética: Camila, de cinco anos, e Sofia, de três.
As duas se locomovem bem. Como pacientes do Centro de Reabilitação e Readaptação Henrique Santillo (Crer), as duas fazem parte de uma terapia inédita, oferecida apenas no hospital: o balé terapêutico, desenvolvido por Izabel Martins. A técnica é empregada para crianças com algum tipo de deficiência, incluindo o Down.
Calçando meias e sapatilhas e vestindo roupas de balé, Sofia e Camila erguem os braços, dão passos de dança, rodopiam ouvindo a música “A Bailarina”, de Toquinho, cantada pela terapeuta ocupacional, que também dá os comandos de passos para as alunas. A mais nova se encanta com o fotógrafo da Secretaria de Saúde e acena para ele. Ivonete Guimarães, mãe de Sofia, conta que o atendimento terapêutico ofertado pelo hospital está dando mais independência à filha.
“Ela está aqui desde o seis meses e tem um tratamento global. Há três meses começou a fazer aulas de balé. A meta agora é investir na fonoaudiologia para melhorar a fala dela”, diz. A menina vai ao Crer todas às quintas-feiras, onde passa o período da manhã. Nos outros dias frequenta o maternal na escola do Sesc. “Ela é uma menina comunicativa, afável e convive bem com as outras crianças. Gosta muito de brincar com a irmã, de quatro anos, e uma prima, de três. Elas são bastante unidas”, afirma Ivonete.
PIONEIRISMOO hospital foi o primeiro do país a receber do Ministério da Saúde, em maio de 2013, o título de Centro Especializado em Reabilitação (CER 4), que credencia a unidade a atender pacientes portadores de todos os quatro tipos de deficiências: física, visual, auditiva e intelectual. Atualmente é o único da região Centro-Oeste.
O atendimento é prestado por uma equipe formada por médicos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, psicólogos, fonoaudiólogos, educadores físicos, musicoterapeutas, assistentes sociais, nutricionistas, enfermeiros e farmacêuticos, entre outros profissionais que oferecem ao paciente um tratamento multiprofissional e humanizado. A diretora multidisciplinar de reabilitação, Sônia Helena Adorno de Paiva, informa que atualmente a unidade atende 2 mil 500 pacientes com algum grau de deficiência. Dentre eles, 42 são portadores de síndrome de Down.
Antes de iniciar as atividades de reabilitação, o paciente é avaliado por uma equipe especializada. Trata-se da Avaliação Global, cujo objetivo é definir um programa individualizado de reabilitação que inclui Arteterapia, Atividades Educativas, Avaliação Neuropsicológica, Educação Física Adaptada, Equoterapia, Estimulação Visual, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Hidroterapia, Musicoterapia, Natação, Psicologia, Serviço de Biofeedback, Serviço Social, Terapia Ocupacional e outros métodos terapêuticos.
Luiz Fernando, com síndrome de Down, participa desde os três meses do atendimento multidisciplinar do Crer e desde então faz sessões de fisioterapia, musicoterapia e fonoaudiologia. “A evolução dele é surpreendente para uma criança com deficiência”, diz a mãe Ana Lúcia Madalena Silva. Aos oito meses, Luiz aprendeu a sentar; com um ano e um mês conseguiu ficar em pé e, com um ano e sete meses, andou. Ele caminha pela sala de fisioterapia infantil com as mãos cruzadas às costas, como se fosse um homenzinho.
A terapeuta ocupacional, Izabel Martins, explica que as crianças portadoras de Down apresentam flacidez muscular e dos ligamentos, o que dificulta a marcha. Segundo ela, a fisioterapia precoce ajuda no fortalecimento da musculatura e propiciam a locomoção do paciente. Geralmente uma criança com este tipo de deficiência dá os primeiros passos por volta dos quatro anos.
Fonte: Secretaria da Saúde
Gerência de Benefícios ao Servidor
http://www.portaldoservidor.go.gov.br/post/ver/195365/a-graca-de-duas-belas-bailarinas-que-tem-down

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