Foto: prashant raviQuem aguenta pagar as despesas de hospital se não tiver um bom plano de saúde?
Para ajudar a população pobre, que não tem seguro, um casal de médicos empreendedores deixou os empregos lucrativos no setor privado para criar um lugar que oferecesse tratamento de qualidade a preços acessíveis.É o Hospital Aastha. Lá a consulta no hospital custa o equivalente a R$ 10 e a cirurgia, R$ 500.
A casa de saúde fica na Índia.
O cirurgião Atul Varma e a oftalmologista Jayashree Shekhar (foto acima) estão conseguindo derrubar a ideia de que só os ricos conseguem tratamento de saúde de qualidade no país.
A Índia gasta apenas 1% de seu PIB na saúde, um dos menores índices no mundo. Consequentemente, o gasto dos indianos com a saúde privada corresponde a 69% do total de despesas domésticas, um dos mais altos no mundo.
Milhões de indianos são levados à falência pelo alto preço dos tratamentos.
Apesar de o governo oferecer saúde pública gratuita, somente 22% da população rural e 19% da população urbana frequentam os ambulatórios estatais.
Empréstimo
Há sete anos, o casal de médicos voltou a seu Estado natal, depois de trabalhar em outras partes da Índia e em outros países.
Há sete anos, o casal de médicos voltou a seu Estado natal, depois de trabalhar em outras partes da Índia e em outros países.
Varma trabalhava em um hospital público antes de decidir, juntamente com sua esposa, abrir o hospital popular.
"Em um dos maiores hospitais públicos de Nova Déli, onde eu trabalhei durante algum tempo, encontrei pacientes esperando dias a fio para conseguir uma internação", diz o cirurgião de 43 anos.
"Podíamos fazer muito pouco, já que não havia leitos disponíveis. Fiquei pensando que precisávamos fazer algo em nossa casa."
O casal fez um empréstimo no banco para comprar um antigo edifício escolar – a escola havia mudado para um local próximo – e transformá-lo em um hospital de 334 metros quadrados e 12 leitos, aberto no ano passado.
Consulta barataEles cuidaram de cada detalhe: um consultório espaçoso, um centro cirúrgico limpo e funcional, instalações elétricas à prova de fogo, uma farmácia, colchonetes d'água para manter o local fresco no verão e um sistema de ventilação que mantém o local arejado.
A sala de espera no térreo tem pacientes todos os dias e Varma realiza cirurgias gerais, vasculares e laparoscópicas em pessoas que muitas vezes vêm de vilarejos longínquos.
A clínica cobra 200 rúpias (cerca de R$ 10) por consulta e entre 8 mil e 12 mil rúpias (R$ 410 a R$ 616) por cirurgias.
É muito menos do que os outros 500 centros de tratamento de Hajipur cobram de seus pacientes.
Desde que foi aberto, o Hospital Aashtha já tratou pacientes que vão desde um bebê nascido sem o reto, até um homem de 108 anos que precisava de uma cirurgia de próstata.É muito menos do que os outros 500 centros de tratamento de Hajipur cobram de seus pacientes.
Com informações da BBChttp://sonoticiaboa.band.uol.com.br/noticia.php?i=6525.
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