sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

TER, 03 DE FEVEREIRO DE 2015 01:03      ACESSOS: 274
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Foto: WikiMediaCommons /Ezequiel Porta
Veja que medida interessante o governo da Croácia adotou para reaquecer sua economia: perdoou as dívidas de 60 mil cidadãos mais pobres.
A medida chama-se "Começar de novo" e vai custar menos de 1% da dívida privada, que é de 27 milhões de euros, cerca de 70 milhões de reais, mas o perdão pode chegar no total a 82 milhões de reais.
Os beneficiados são pessoas atingidas pela crise econômica que afeta o país.

A medida abrange apenas dívidas inferiores a 35 mil kunas - cerca de 14 mil reais - e só são elegíveis pessoas com rendimento mensal inferior a 162 euros, ou 500 reais, sem poupanças, ou patrimônio.

O perdão vale a partir desta semana e vai liberar as contas bancárias bloqueadas de alguns dos croatas mais pobres.

A medida pretende dar uma "nova oportunidade" à população para refazer suas finanças sem o peso de carregar mais dívidas.

Convencimento
Bancos, empresas de telecomunicação e operadoras de serviços públicos, como de água e luz, foram convencidos a participar do programa.

"Não consigo pensar em nada comparável", disse o economista Dean Baker ao The Washington Post, salientando o caráter excepcional da medida.
Já em nota ao Financial Times, o economista-chefe do Standard Bank disse que a medida pode ter sido criada de olho nos votos. "Esse é o clássico caso de populismo em um ano de eleições parlamentares".

Crise econômica
A Croácia sente os efeitos da crise econômica que assola o continente europeu e já está em recessão há seis anos – e a previsão e crescimento para este ano também não é animadora.
Em um país pequeno, com apenas 4,4 milhões de habitantes, mais de 317 mil cidadãos ficaram com suas contas bancárias bloqueadas no ano passado por causa de dívidas. Segundo o governo croata, isso acaba sendo um grande peso que dificulta o crescimento da economia no país.

Com informações do DN BBC
Opinião SóNotíciaBoa
Populista ou não, não é uma boa ideia, que poderia ser adotada pelas autoridades brasileiras?
Ou é preciso vontade política pra isso?
Em vez de incentivar o consumo, baixar alguns impostos - que mais tarde sobem de novo - ou desonerar setores da indústria, que tal perdoar a dívida dos brasileiros mais carentes?
Está lançada a boa ideia.
Resta saber se a exemplo dos croatas, empresas de telecomunicações, de companhias de água e eletricidade e bancos brasileiros topariam entrar nessa corrente positiva. E se o governo brasileiro também tomaria a iniciativa.

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