quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Doença não é sinônimo

Cinco coisas que NÃO devem acontecer na velhice

10/02/2015 | 12h59
Cinco coisas que NÃO devem acontecer na velhice Roni Rigon/Agencia RBS
Foto: Roni Rigon / Agencia RBS
Ter uma vida longa é um desejo de muitos, mas poucos querem ficar velhos. O significado do processo de envelhecimento nem sempre é sinônimo de declínio. A idade, certamente, trará mudanças biológicas e morfológicas, como quando se deixa de ser um bebê para tornar-se uma criança e depois um jovem, logo um adulto e assim por diante. Envelhecer, no entanto, não significa adoecer.
A pele vai perder a elasticidade? Vai, sim. As rugas chegarão e o corpo tende a precisar de mais hidratação. Mas o passar dos anos não significa que o coração e o cérebro, por exemplo, estão próximos do limite final.
– É normal esquecer de algo, um nome, um detalhe, com o processo de envelhecimento, mas isso não significa que uma doença chegou porque a pessoa está na terceira idade. É um mito pensar que adoecemos só porque envelhecemos. É posssível, sim, ter uma vida longa e saudável. O normal é que todas as pessoas envelheçam lúcidas – explica Newton Terra, direitor do Instituto de Geriatria e Gerontologia da PUCRS.
Há muitos mitos sobre o processo de envelhecimento. Saiba quais são as cinco coisas que não devem acontecer naturalmente na velhice (embora muita gente ache normal):
1. Ter um derrame ou um infarto
– Estilo de vida é o que determina se uma pessoa vai envelhecer bem ou não. Não adianta recorrer a terapias anti-envelhecimento e ter uma vida sedentária com alimentação ruim – diz Terra.
De fato, depois dos 60, as artérias tendem a envelhecer também. Há propensão para que elas armazenem placas de gordura e, então, levem o coração a sofrer um infarto. No entanto, basta ter uma alimentação saudável e fazer exercícios físicos regulares para proteger o organismo.
– 30% dos problemas de saúde decorrem de informações genéticas. 70% das doenças acontecem porque as pessoas não se cuidaram, não deram atenção a sua própria saúde – explica o geriatra.
2. Sofrer com dores nas articulações
O médico Newton Terra concedia entrevista sobre o processo de envelhecimento ao lado da mãe, de 91 anos. Observava as mãos dela e, como médico, podia dizer com certeza que ela tinha artrite. Ela nunca reclamou de dor, no entanto. As deformidades ósseas são consideradas naturais. Uma pessoa pode passar por isso, em função da idade, mas sem, necessariamente, sofrer com dores.
– Minha mãe, no caso, sempre foi uma pessoa ativa. Se alonga, caminha, mantém a mente trabalhando, o corpo em atividade. Ao olhar suas mãos, vemos os sinais da idade, mas como ela nunca encarou isso como uma doença, ela não sente dores. Ela sabe que para viver, precisa se manter ativa.
3. Ser uma pessoa assexuada
A sociedade, muitas vezes, encara os idosos como pessoas que não sentem desejo, não tem vontade de fazer sexo.
– Ou pior, os familiares, principalmente os filhos, encaram os pais como pessoas que não podem ter uma vida sexual ativa – aponta o geriatra.
Carícias devem ser encaradas como normais na terceira idade. Segundo uma pesquisa da Universidade de São Paulo, 87% dos homens e 57% das mulheres com mais de 61 anos se consideram sexualmente ativos. O estudo considerou que quem está nessa faixa e mantém longe a ideia de “assexuado” tem mais qualidade de vida.
4. Perder a lucidez
Ter demência ou ser diagnosticado com Alzheimer não devem ser comuns depois dos 60, embora a idade seja um fator de risco. Diferentes pesquisas apontam que o estilo de vida é o fator principal para o surgimento dessas doenças.
– De novo, comer mais alimentos naturais, menos industrializados e fazer exercícios específicos para o corpo e para manter a cabeça ativa vão garantir uma distância enorme da demência e do Alzheimer. Não é natural que esses problemas apareçam. Normal é envelhecer lúcido – destaca Terra.
5. Ter catarata
Existe uma chance maior de que a catarata surja depois dos 60, mas nem todo mundo vai sofrer com o problema. Para Terra, não existe uma intervenção ou manipulação que possa evitar o envelhecimento. Mas o estilo de vida pode desacelerar o processo.
– Existe uma ilusão de que o geriatra vive com o bolso cheio de receitas mágicas. A receita é sempre a mesma: pessoas magras, que cuidam da alimentação, não fumam, bebem moderadamente, fazer exames para detectar qualquer problema precocemente, têm mais chances de uma vida longa e com qualidade. Cada um escolhe o tipo de velhice que vai ter.
http://zh.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/vida/melhor-idade/noticia/2015/02/cinco-coisas-que-nao-devem-acontecer-na-velhice-4697635.html
Zero HoraMelhor Idade

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Oferecemos arquivo de textos específicos, de documentos, leis, informativos, notícias, cursos de nossa região (Americana), além de publicarmos entrevistas feitas para sensibilizar e divulgar suas ações eficientes em sua realidade. Também disponibilizamos os textos pesquisados para informar/prevenir sobre crescente qualidade de vida. Buscamos evidenciar assim pessoas que podem ser eficientes, mesmo que diferentes ou com algum tipo de mobilidade reduzida e/ou deficiência, procurando informar cada vez mais todos para incluírem todos.