quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Low Carb - Reflexões sobre saúde e alimentação


Posted: 27 Sep 2015 07:04 PM PDT


TONTURA E PERDA DE AUDIÇÃO - 
DIETA LOW CARB PODE SER UMA ÓTIMA OPÇÃO


Naturalmente, sabemos que a insulina é um hormônio chave. Um personagem onipresente na química da vida e da morte para o ser humano. O tema resistência à insulina é amplamente discutido na esfera da endocrinologia, cardiologia, gastroenterologia e outras especialidades médicas. Mas nem sempre é lembrada em um capítulo importante na clínica diária: as tonturas, o zumbido e outros problemas relacionados coma audição. 
Eis que chegamos a um artigo de 1995! Sim, com quase 20 anos. E qual o seu título? 
“Hiperinsulinemia: o denominador comum do tinnitus (SIT, ou Tinnitus Subjetivo Idiopático = zumbido, sem causa esclarecida), e de outras desordens neuro-otológicas centrais e periféricas.
(Hyperinsulinemia: the common denominator of subjective idiopathic tinnitus and other idiopathic central and peripheral neurootologic disorders LINK).
Basicamente o estudo relata que a hiperinsulinemia, tal como definido por tolerância à glicose / insulina foi identificada ter uma relação etiológica na doença idiopática de Ménière. Isso foi posteriormente reconhecido internacionalmente por outros. Investigadores identificaram a hiperinsulinemia na SIT - o zumbido idiopático subjetivo. Hiperinsulinemia e enxaqueca com zumbido e / ou vertigem também foram correlacionados.
Os resultados desse estudo com vários pesquisadores foi que a hiperinsulinemia foi considerada como o principal fator etiológico representando entre 84% a 92% nos distúrbios neurootológicos idiopáticos. Isso inclui não apenas o zumbido, como a vertigem, a hipoacusia e a Síndrome de Ménière clássica. Outro pesquisador - Updegraff - identificou a hiperinsulinemia em seus estudos de enxaqueca. Independentemente das investigações houve relato de alívio dramático e sustentada resposta terapêutica médica com o cumprimento da terapia nutricional, o que não foi comparável às outras modalidades (terapêuticas).
Em outro artigo, as pesquisadoras relatam que a associação entre problemas auditivos e questões metabólicas datam de 1864, quando ficava claro que pessoas com diabetes tinham mais problemas com a acuidade auditiva. (LINK do artigo).
Em um site que versa apenas sobre tinnitus (LINK) é citado que até 90% dos pacientes apresentam taxas elevadas de insulina (Several clinical studies have demonstrated that approximately 90% of patients with tinnitus have a condition called hyperinsulinemia. )
"A participação significativa de perturbações do metabolismo dos hidratos de carbono na gênese de doenças cocleovestibulares é inegável [14,15]. Mais de metade dos doentes com síndrome de Ménière têm algum grau de disfunção homeostase de hidratos de carbono [16,17]” - é uma das afirmações da publicação de 2005, intitulada: Glucose and Insulin Profiles and Their Correlations in Ménière's Disease (Perfis de glicose e insulina e suas correlações com a Síndrome de Menière).
Nesse estudo os autores são enfáticos na análise do perfil da insulina, na pesquisa de curva de insulina, e não ficarmos presos ao exame de praxe que é taxa de glicemia de jejum, ou mesmo a curva de glicemia. 
Parece evidente que é importante entender que os distúrbios metabólicos, que compõe o vasto leque da síndrome metabólica, não precisam apresentar taxas alteradas de glicemia num primeiro momento.
Todos esses estudos citam que as alterações da insulina são muito mais precoces que as alterações glicêmicos. Desse modo pessoas que apresentam sintomas que envolvam o VIIIº par craniano (o nervo vestíbulo-coclear), desde o zumbido e perda de audição, e não estejam considerando as questões nutricionais podem ter grandes dificuldades de algum resultado terapêutico eficiente. Aliás é reconhecido a grande dificuldade de melhora com qualquer tipo de abordagem medicamentosa nesses casos. 
É curioso perceber a o número cada vez maior de pessoas que tem apresentado sintomas dessa natureza na prática e consultório.
Também aqui a proposta de nutrição com baixo teor de carboidratos pode ser a melhor alternativa.
Vale a dica, considerando que a maioria daqueles que estão lendo conhecem algum familiar ou amigo com esse tipo de sintoma. Reduzir carbos - quem pensaria nisso como tratamento, não?

Artigos:


Texto original de José Carlos Brasil Peixoto

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