segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Caso real - Um Natal cheio de significados

UM NATAL CHEIO DE SIGNIFICADOS

   Sou Lurdes, tenho 68 anos, cinco filhos e três netinhos. Meu primeiro Natal depois de casada foi diferente. Filha de pais de origem cabocla e portuguesa casei com um filho de suíços. Não houve nenhum choque cultural, e sim um encantamento com suas tradições. Todos da família gostavam muitíssimo do Natal. Os preparativos começavam dois meses antes, com ensaios todos os fins de semana, das músicas que cantaríamos na festa. Participavam adultos e crianças. Era esperado que usássemos roupas novas, no grande dia. Todos os presentes seriam guardados na casa de minha sogra, e o critério para a escolha era ser algo bom e necessário, e não os pedidos feitos – sempre surpresas!Dias antes as mulheres da família se reuniam para preparar bolachas natalinas, liberadas para o consumo só no grande dia, sempre feitas somente no Natal! Sempre celebramos assim, sem interrupções, mesmo que acontecessem falecimentos de familiares em data próxima – eles nos pediam para não deixarmos de comemorar, mesmo que pressentissem o fim de seu ciclo vital. A alegria do nascimento de Jesus, celebrada todos os anos como a vida ressurgindo forte, ajudava a equacionar a inevitável saudade. O presépio era montado com esmero, quatro semanas antes, o surgimento do menino Jesus só acontecia pelas mãos de uma das crianças mais novinhas da família, finalmente colocado em seu bercinho de palha, à meia noite em ponto, com velas acesas, seguido de grande oração de agradecimento feita por todos ao mesmo tempo. A casa ficava intensamente perfumada pelos alimentos da ceia, os presentes eram distribuídos, todos saboreavam o momento, até muito tarde, ao redor de grande mesa, com gostosas conversas.
“Honrarei o Natal em meu coração e tentarei conservá-lo durante todo o ano.” – Charles Dickens. – Caso real, Elizabeth Fritzsons da Silva, psicóloga, e-mail: bfritzsons@gmail.com


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