Uma organização religiosa italiana coloca mais de mil freiras nas ruas para combater o tráfico de pessoas pelo mundo. Segundo informações da versão on-line do jornal britânico "The Huffigton Post", elas se infiltram em bordéis para resgatar as mulheres.
A reportagem foi publicada por UOL, 30-11-2015.
A rede, denominada Talitha Kum, foi criada em 2004 e atua em 80 países. De acordo com John Studzinski, presidente do grupo, cerca de 73 milhões de pessoas são traficadas de alguma forma, o que significa um terço da população mundial. Dessas, 70% são mulheres e metade tem menos de 16 anos.
"Esses problemas são causados pela pobreza e desigualdade, mas vai muito além ", disse ele durante uma conferência que discute os direitos e o tráfico de mulheres. "Não quero ser sensacionalista, mas afirmo que o mundo perdeu a sua inocência e que as forças do mal estão por aí", disse.
Studzinski falou durante o evento sobre o tratamento horrível que algumas vítimas enfrentam, usando o exemplo de uma mulher que ficou presa por uma semana sem comida depois de não cumprir a meta de transar com 12 clientes por dia. E o trabalho das freiras é resgatar essas pessoas.
"Essas irmãs não confiam em ninguém. Elas não acreditam nos governos e na polícia local. Em alguns casos, não podem confiar nem no clero masculino", afirmou.
As religiosas também ajudam a salvar crianças que são vendidas como escravas por seus pais, oferecendo abrigos na África, nas Filipinas, no Brasil e na Índia.
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