sábado, 5 de dezembro de 2015

A VIDA E TALENTO NATURAL DE CUIDAR FORJARAM O SEU CAMINHO

SEMPRE ENCONTRO PESSOAS IDOSAS EM MEU CAMINHO

   Solteira fui cuidar de Olinda, senhorinha idosa. Era sua dama de companhia durante a semana, nos fins de semana voltava para a casa paterna. Trabalhei dois anos.
   Quando casei meu esposo me informou que tinha escolhido cuidar de sua mãe, com sequelas de acidente vascular cerebral. Passamos a morar em sua casa, sabia que cuidaria dela sempre. Chegou até a usar cadeira de rodas, foram vinte e cinco anos de convivência, ela confiava muito em mim.
   Desde o início de meu casamento, quis independência financeira. Buscava faxinas, as pessoas gostavam de mim, e acabavam me contratando para cuidar de seus idosos. Trabalhava mais à noite, para não faltar com minha sogra. O marido, tecelão, ajudava a cuidar da casa no período da manhã. Sempre deixei portas abertas em todos os lares pelos quais passei.
   Quando trabalho, carrego no colo a pessoa idosa, se preciso, e cuido de sua higiene. Perguntam porque não faço enfermagem, é muito simples- não suporto a ideia de furar a pele de alguém com uma seringa! Quero cuidar sempre deles, que aparecem muito facilmente em minha história de vida. Só parei um pouquinho quando engravidei de minha única e querida filha Camila, e em seu primeiro ano de vida. Depois familiares próximos sempre me davam suporte quando eu estava trabalhando.
   Meus pais são idosos hoje, ele bem doente, mas já faz muitos anos que lavo e passo suas roupas. Assim consigo estar presente em suas vidas também.
  Meu nome é lima, tenho 43 anos. Este trabalho me gratifica, dá uma calma muito grande – não sei qual será meu futuro!
“Deus não vem em pessoa para abençoar. Ele usa os que estão aqui dispostos a cumprir essa missão. Todos nós podemos ser anjos. ” – Chico Xavier.

Caso real, Elizabeth Fritzsons da Silva, psicóloga, e-mail: bfritzsons@gmail.com

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