SEMPRE
ENCONTRO PESSOAS IDOSAS EM MEU CAMINHO
Solteira fui cuidar
de Olinda, senhorinha idosa. Era sua dama de companhia durante a semana, nos
fins de semana voltava para a casa paterna. Trabalhei dois anos.
Quando casei meu
esposo me informou que tinha escolhido cuidar de sua mãe, com sequelas de
acidente vascular cerebral. Passamos a morar em sua casa, sabia que cuidaria dela
sempre. Chegou até a usar cadeira de rodas, foram vinte e cinco anos de convivência,
ela confiava muito em mim.
Desde o início de
meu casamento, quis independência financeira. Buscava faxinas, as pessoas
gostavam de mim, e acabavam me contratando para cuidar de seus idosos.
Trabalhava mais à noite, para não faltar com minha sogra. O marido, tecelão,
ajudava a cuidar da casa no período da manhã. Sempre deixei portas abertas em
todos os lares pelos quais passei.
Quando trabalho,
carrego no colo a pessoa idosa, se preciso, e cuido de sua higiene. Perguntam
porque não faço enfermagem, é muito simples- não suporto a ideia de furar a
pele de alguém com uma seringa! Quero cuidar sempre deles, que aparecem muito
facilmente em minha história de vida. Só parei um pouquinho quando engravidei
de minha única e querida filha Camila, e em seu primeiro ano de vida. Depois
familiares próximos sempre me davam suporte quando eu estava trabalhando.
Meus pais são idosos
hoje, ele bem doente, mas já faz muitos anos que lavo e passo suas roupas.
Assim consigo estar presente em suas vidas também.
Meu nome é lima,
tenho 43 anos. Este trabalho me gratifica, dá uma calma muito grande – não sei
qual será meu futuro!
“Deus não vem em pessoa para abençoar. Ele usa os que estão
aqui dispostos a cumprir essa missão. Todos nós podemos ser anjos. ” – Chico
Xavier.
Caso real, Elizabeth Fritzsons da Silva, psicóloga, e-mail:
bfritzsons@gmail.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário