sexta-feira, 1 de maio de 2015

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Quinta, 12 de março de 2015

Água poluída mata mais que Aids e câncer de mama, revela pesquisa

Quase 800 mil mulheres morrem por ano por falta de saneamento básico. Estudo foi realizado pela organização americana WaterAid.
A reportagem foi publicada no portal G1, 09-03-2015.
Doenças transmitidas pela água poluída e pelo saneamento ruim representam a quinta maior causa de mortes de mulheres em todo mundo, matando mais que a Aids, a diabetes ou o câncer de mama, revelaram pesquisadores.
Quase 800 mil mulheres morrem todos os anos por falta de acesso a banheiros seguros e água limpa, de acordo com a organização desenvolvimentista WaterAid, que analisou dados do Instituto de Métricas da Saúde, centro de estudos sediado em Seattle, nos EUA.
“Esta situação completamente inaceitável afeta a educação, a saúde, a dignidade de mulheres e meninas e, em última instância, resulta em mortes precoces e desnecessárias”, disse a diretora-executiva da WaterAid, Barbara Frost, em comunicado.
As únicas doenças mais mortíferas para as mulheres do que a falta de saneamento de qualidade são doenças cardíacas, derrames, infecções das vias respiratórias inferiores e doenças pulmonares obstrutivas crônicas, de acordo com o relatório.
Sem acesso a 'direito humano'
Mais de um bilhão de mulheres, ou uma em cada três em todo o mundo, não têm acesso a um toalete seguro e particular, e 370 milhões –uma em dez– não contam com água limpa, segundo a WaterAid.
Mais de dois bilhões de pessoas passaram a ter acesso à água limpa entre 1990 e 2012, mas quase 750 milhões continuam sem recurso ao que a Organização das Nações Unidas (ONU) reconheceu ser um direito humano.
A água poluída e o saneamento ruim estão na raiz de problemas como a mortalidade materna e infantil e a violência sexual.
Muitas mulheres em países em desenvolvimento dão à luz em casa, sem acesso à água limpa, expondo-se e aos seus bebês a infecções.
Sem banheiros seguros, mulheres e garotas têm que se aventurar ao ar livre para fazer suas necessidades, muitas vezes à noite, arriscando sofrerem assédio e abuso sexual.
Além disso, em muitos países pobres é considerado responsabilidade de mulheres e meninas encontrar água, o que as força a passar várias horas do dia indo e voltando de poços e as impede de frequentar escolas e cuidar de suas famílias.

PARA LER MAIS:


  • 28/11/2014 - Violência contra a mulher: tratam-se os sintomas, não as causas. Entrevista especial com Patrícia Grossi
  • 24/11/2012 - 25 de novembro: Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra a Mulher
  • 19/12/2013 - Despejo de esgoto sem tratamento nos rios, lagos e mares: problema ambiental, social e de saúde pública
  • 09/02/2015 - Crise hídrica. Como sobreviver e aprender com ela? Entrevista especial com Pedro Telles
  • 05/08/2013 - Brasil ocupa 97º lugar em ranking mundial de mortalidade infantil, segundo ONU e IBGE
  • 24/03/2014 - Crianças com baixo peso ao nascer e mortalidade infantil no Vale do Sinos
  • VEJA TAMBÉM:


  • A humanização do parto. Por um nascimento mais digno e natural
  • http://www.ihu.unisinos.br/noticias/540728-agua-poluida-mata-mais-que-aids-e-cancer-de-mama-revela-pesquisa
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