sexta-feira, 15 de maio de 2015

A mínima segurança na área da saúde é problemática ainda em solução de continuidade, não só em nosso país, também a nível mundial,,,

VIDA DO CAMPO EM PLENA CIDADE

   Quem nos vê em nossa rotina de trabalho talvez às vezes se espante – dois “idosos” cuidando há dezoito anos de uma horta de considerável tamanho, gerando sementeiras, plantando, cuidando de pragas, fazendo reparos, regando, colhendo, organizando e atendendo a nossa boa freguesia, sem feriado, sem fim de semana, sem folga ou dias de descanso? Existem dias de trabalho de treze horas.
   Sou Leo, com 70 anos e meu esposo, Wanderley tem 71.
   Mocinhos morávamos em Tupi Paulista, ambas famílias cuidando de lavoura e com uma horta para consumo próprio. Viemos para Americana, eu trabalhava em comércio e meu marido em produção têxtil, em regime de turnos.
    Ainda trabalhando, iniciamos a horta com um sócio. Havia dias em que Wanderley chegava às seis da manhã e ia direto para a horta. Sempre ajudei e também cuidei de tudo em casa. Conseguimos ajudar nossos dois filhos a cursar ensino universitário. Os dois netos quase mocinhos comem salada!
   Uma rotina destas favorece a saúde – o Wanderley até brinca dizendo que não se troca por nenhum dos moços de hoje, e minha densitometria teve resultado ótimo para a minha idade. E com tantos legumes e folhas, nossa alimentação é variada e vitaminada!
   Outra coisa boa é estar em contato com diferentes pessoas todos os dias – isto enriquece, cria laços, amizades – aprendo muito com meus fregueses-amigos e ensino um pouco também.
   Mas alguma coisa precisa mudar, pois é só trabalhando assim que dois “aposentados” conseguem pagar com tranquilidade um convênio médico particular – o que consideramos uma segurança necessária.
“O que vale na vida não é o ponto de partida e sim a caminhada. Caminhando e semeando no fim terás o que colher. ” – Cora Coralina.
Caso real, Elizabeth Fritzsons da Silva, psicóloga, e-mail:bfritzsons@gmail.com


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