quinta-feira, 9 de junho de 2016

TEMPO DE LUTAR, SEM DESISTIR. TEMPO DE AGRADECER.
   Sou Regiane, tenho 22 anos. Minha mãe teve eclampsia no meu nascimento, enfrentamos risco de morte, ficando hospitalizadas após o parto, eu tinha sete meses e baixo peso (1,659 kg). Com seis meses de idade surgiu severa dificuldade motora afetando o desenvolvimento e uso de meu braço e perna esquerdos.
   O tempo de ser criança foi pleno de tentativas de melhora deste comprometimento, com minha mãe me carregando engessada, no colo para a escola, ficando comigo na aula muitas vezes, para me cuidar.
   Os coleguinhas ainda não eram orientados a não rir de uma criança que precisava andar com dificuldade. Não sabiam que poderiam brincar incluindo todas as crianças da turma.
   Você acaba se sentindo mais um incômodo que um acréscimo. Daí para culpar injustamente minha mãe pelo meu comprometimento físico foi um passo. Passei anos o mais possível reclusa em casa. Até hoje não tive coragem de ir a uma sessão de cinema.
   Comecei a me reorganizar emocionalmente quando meus pais providenciaram tratamento psicológico, faz três anos. Percebi então quais eram minhas forças, antes via somente as “fraquezas”.
  Um primo nos avisou do curso do SENAI para pessoas com deficiência. Já estou no final, adorando. É um prazer frequentar, gosto das matérias oportunidade muito grande de comunicação com pessoas, conseguir novos amigos, conhecer culturas diferentes, agregar novos conhecimentos, 
   Somos 20 alunos, cada um com suas eficiências e deficiências. Percebi como minha deficiência é “normal” – nem menos e nem mais que a de ninguém. Foi um grande alívio para meus pais. Estamos mais felizes.
“Viver é enfrentar um problema atrás do outro. O modo como você o encara é que faz a diferença. ” – Benjamin Franklin.

Caso real, Elizabeth Fritzsons da Silva, psicóloga, e-mail : bfritzsons@gmail.com

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