LUTAR,
SOBREVIVER, PATERNAR – AQUI AINDA É O MEU LUGAR!
Sou Douglas, com 32
anos. Faço aqui um alerta aos homens na faixa de 25 a 35 anos - é a idade de maior
ocorrência de câncer de testículo. Poucos pensam em exame preventivo. Anual!
Tínhamos comemorado
o aniversário de dois anos de meu primeiro filho. Tomei ele em meus braços para
trocar sua fralda. Ele balançou suas pernas, alegre e atingiu todo meu baixo
ventre. Senti dor localizada muito forte. Examinei a região no banho e percebi
textura diferente. Esperei uma semana, procurei ajuda médica. O doutor não
queria conversar sobre o assunto sem o resultado da ultrassonografia.
E o que eu faço com meus
fantasmas, medos e ansiedades? E o futuro de meu filho? Toda a minha vida
girava num torvelinho de emoções, num balanço de afetos e conquistas. E agora?
Recorri à quem me
fez escutar pela primeira vez o coração de meu filho. No escuro de sua sala de ultrassom,
logo no início do exame soube que havia um tumor em meu testículo. Deveria
providenciar rápida cirurgia, no máximo em trinta dias.
Entrei em furacão de
exames, providencias, cirurgia, quimioterapia, mais exames, novas indicações de
tumores (linfonodos), imunidade baixa, resguardo forte, mais quimioterapia, em
doses mais intensas. A esposa grávida novamente no início de tudo, sofreu
aborto espontâneo. No fim a dúvida presente quanto à uma mancha - cicatriz ou novo nódulo? Exame mais
sofisticado determinou – é cicatriz.
Já se passou um ano
do final do processo, mas de três em três meses preciso de novos exames. Dá
ansiedade, mas que passa rapidamente quando meu garoto me convida para tomarmos
nosso banho juntos!
Caso
real, Elizabeth Fritzsons da Silva, psicóloga, e-mail:bfritzsons@gmail.com
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