sexta-feira, 16 de setembro de 2011

BRAILLE – UMA ETAPA DA INCLUSÃO

Em agosto um grupo de pessoas (quatro adolescentes) com deficiência visual, inscritas no Centro de Prevenção à Cegueira, patrocinado pelo Lions Club de Americana, de atendimento regional, foi para a cidade de São Paulo (Laramara – Associação Brasileira de Assistência ao Deficiente Visual), receber gratuitamente, cada um, sua máquina de Braille, adaptada à escrita especial para estas pessoas, capaz de imprimir seis pontos que podem ser combinados em 63 símbolos ou combinações possíveis, em relevo no papel. Pelo tato é possível discriminar a letra, ou o símbolo representado. Com este recurso, treinados, poderão anotar o que a professora disser em aula, já que a escrita em lápis e papel somente será usada para assinar o próprio nome. Daí é possível fluência de anotação, contato com ortografia e associação de sons a símbolos. Também o prazer da leitura e a independência em muitas circunstâncias como uso de portões eletrônicos, comando de elevadores, caixas de medicamentos e alimentos gravadas em Braille. Permite a elaboração e consulta a mapas e roteiros, identificação e organização de dados, elaboração de agendas com endereços pessoais e institucionais, aumentando autonomia, cultura, capacidade de expressão emocional e contato social. Depois de entender todas as vantagens deste recurso é que percebi a razão de tanta felicidade e euforia que estas pessoas manifestavam. Por falta de estrutura (escolas, professores, trabalho com família) em nosso país temos poucos leitores de Braille. A máquina é portátil (5 kg), existe em três versões, com o custo variando de dois a três mil reais, no momento. O próximo passo natural desta inclusão via aprendizagem de varias formas de comunicação é o ensino da digitação para criança/adolescente/adulto com deficiência visual, pois é o patamar para acesso ao trabalho/pesquisa/estudo no computador, via uso de softwares especiais. Isto é tecnologia assistiva, com dispositivos e programas capazes de disponibilizar recursos áudio-visuais que possibilitam a interação com a máquina, como a leitura dos textos na tela, por exemplo, transformados em linguagem de áudio, compreensível para o deficiente visual. Os mais conhecidos são JAWS, TALKS, NVDA, DOSVOX, VIRTUAL VISION, e quanto aos projetos do governo federal, temos portal específico que é www.assistiva.org.br. Precisamos vencer a barreira do baixo poder aquisitivo desta população para o uso da informática, gerar maior patrocínio para quem é capaz de produzir esta tecnologia para chegarmos à socialmente justa Igualdade Digital. “Sempre parece impossível, até que seja feito.” – Nelson Mandela.  

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