Como em inglês, o termo em português talvez não dê a ideia exata do que na verdade representa.
Uma sticky street (em português, rua grudenta, pegajosa) não se refere a nenhum dos significados literais que o vocábulo pode assumir.
Cunhada pelo diretor de planejamento urbano de Vancouver, consultor e urbanista Brent Toderian, a expressão diz respeito a uma rua onde as pessoas gostam de estar – uma rua que chame e atraia pessoas. Para caminhar, andar de bicicleta, estar com os amigos, parar para um café ou uma conversa – múltiplos usos, múltiplas interações.
Na definição de Toderian:
As ruas não são apenas para pessoas em movimento – as ruas são feitas para que as pessoas possam também relaxar e desfrutar do tempo livre, além de se deslocar. Os bons lugares de uma cidade são inicialmente atrativos – e ‘grudentos’, depois que você chega lá. Um lugar é atraente quando você gosta tanto que não quer mais sair.
De certa forma, o conceito de sticky streets é uma extensão das ideias de ruas habitáveis ou ruas completas – o diferencial é que não se trata apenas de infraestrutura urbana e transporte coletivo, mas de espaços onde as pessoas possam aproveitar o seu tempo. Na visão de Toderian, algumas das ruas “pegajosas” podem ser encontradas nas áreas em que os planejadores urbanos aprenderam a não planejar pensando apenas em elementos quantitativos (número de pedestres, bicicletas, carros, etc), mas considerando também o que temos de menos contável em uma rua, como lojas, espaços ao ar livre para sentar, bicicletários e áreas destinadas aos pedestres.
E o que as sticky streets podem fazer por uma cidade?
Não se trata apenas de criar um ambiente mais amigável e seguro para os moradores. A existência de um espaço urbano convidativo, que atraia as pessoas e onde elas gostem de estar, movimenta o comércio local, ajudando a manter a área vibrante e economicamente sustentável.
Fontes: Tree Hugger, Planetizen
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