Foto: divulgação
A solidariedade e a criatividade do brasileiro são de dar gosto.
Três amigas tiveram uma ideia simples e genial para aquecer as pessoas menos favorecidas neste inverno.
Helena Legunes, de 22 anos, Laura de Brum, de 24, e Luana Flôres, de 30, espalharam cabides e penduraram roupas nas ruas de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.
Elas penduraram roupas em portões, grades, postes e até em pontos de ônibus da capital gaúcha.
Desde o primeiro dia do inverno, 20 de junho, a campanha do agasalho diferente, chamada Amor no Cabide, já ajudou a aquecer muitos moradores de rua e virou moda: inspirou uma legião de voluntários que repetem o ato pelas ruas de cidades gaúchas e de outros estados.
A ideia
“A gente viu que já tinham acontecido ações parecidas em São Paulo e Curitiba, mas queríamos criar essa visão de que qualquer um pode fazer, de algo realmente colaborativo, dar a característica de cocriação”, explica Helena.
Corações de papel
Juntas, elas separaram roupas e cobertores em bom estado para fazer a doação. Mas, ao contrário das campanhas normais, imprimiram cartazes, recortaram corações de papel, e separaram cabides para pendurar as peças pela capital gaúcha.
Em um único dia, as jovens perceberam que os casacos deixados nos locais eram pegos subitamente e que outras roupas eram recolocadas por pessoas impactadas pela ação.
“Criamos as páginas nas redes sociais para orientar as pessoas a como realizar a ação. Enquanto a gente fez o teste, no primeiro dia, teve moradores de rua conversando com a gente, nos indicando quais outros pontos seriam interessantes para deixar as roupas”, completa Helena.
Repercussão
Pessoas de outras cidades do estado foram impactadas pelo projeto, e já é possível encontrar cabides espalhados por Lajeado, no Vale do Taquari, e Caxias do Sul, na Serra.
Helena conta também que moradores de Brasília e de Uberlândia, em Minas Gerais, também seguiram os passos do projeto.
“Queremos fazer um mapa com os locais onde estão os cabides. As orientações que damos são: colocar a doação em um local de fácil acesso, não colocar em árvores, explicar para os vizinhos o que está fazendo e tentar proteger as peças da chuva”, salienta a jovem.
Sementinha
Todas as ações são fotografadas e publicadas na internet.
“Acho que a gente conseguiu plantar uma sementinha na sociedade. Fazer o bem não é tão difícil quanto parece. Você não precisa querer mudar o mundo, mas pode começar ajudando a sua comunidade”, conclui
Com informações do G1
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