Foto: AFP
Esperança para diabéticos, que dependem da insulina.
Foi criado na França o pâncreas bioartificial.
É um disco ultrafino de polímero, pouco maior do que um CD, que é implantado no abdômen.
Com ele os pacientes não vão mais precisar de injeções diárias de insulina: o hormônio será fabricado naturalmente pelas células do pâncreas (obtidas por engenharia genética a partir de células-tronco), dispostas dentro do bolso artificial.
O aparelho, desenvolvido por pesquisadores franceses, "levanta muitas esperanças e expectativas" para 25 milhões de pessoas com diabetes do tipo 1 em todo o mundo, diz Séverine Sigrist, pesquisadora da start-up francesa Defymed, responsável pelo protótipo.
Inspiração
A ideia de um pâncreas bioartificial foi inspirada na técnica de transplante de células pancreáticas, destinadas a suprir a deficiência do pâncreas e fazer com que o organismo passe a fabricar a insulina por conta própria, regulando assim a quantidade de açúcar no sangue.
O problema dessa técnica é que, com a escassez de células para transplante, ela só pode beneficiar uma pequena minoria de doentes. Ela também exige o tratamento com medicamentos imunossupressores, que trazem vários efeitos colaterais.
"Daí a ideia de projetar um tipo de uma pequena caixa dentro da qual seriam colocadas as células pancreáticas, para que elas fiquem abrigadas contra o ataque do sistema imunológico", diz Séverine.
Implante
O disco de polímero será implantado no abdômen durante uma pequena cirurgia, e deve ser substituído a cada 4 ou 6 anos.
No interior, as células pancreáticas serão renovadas, por meio de uma injeção subcutânea, a cada 6 ou 12 meses.
Os pesquisadores observam que essa quantidade de injeções não tem nem comparação com o tanto de picadas que um paciente que depende de insulina tem que levar ao longo da vida.
Pesquisa
O desenvolvimento dessa membrana levou mais de 20 anos de pesquisa e 6 milhões de euros. O valor corresponde ao imenso potencial econômico da inovação, estimado em 4 bilhões de dólares.
Depois de testes em animais, um estudo com 16 voluntários deverá começar no fim de 2015 ou início de 2016, em Montpellier, no sul da França e em Oxford, no Reino Unido. Os primeiros resultados devem estar disponíveis no final de 2017.
A aplicação em grande escala deve chegar ao mercado a partir de 2020.
Com informações do G1
FONTE: http://sonoticiaboa.band.uol.com.br/noticia.php?i=5237
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