terça-feira, 15 de julho de 2014

Novos usos impressão em 3D

Nova publicação em TURISMO ADAPTADO

Projeto permite que deficientes visuais conheçam arquitetura no RS

by Ricardo Shimosakai
Na exposição, montada no Campus Anglo da UFPel, os modelos táteis são acompanhados de uma foto com áudio-descrição e legenda em braileNa exposição, montada no Campus Anglo da UFPel, os modelos táteis são acompanhados de uma foto com áudio-descrição e legenda em braile
Um projeto criado dentro do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), na Região Sul do Rio Grande do Sul, saiu das salas de aula e passou a ajudar deficientes visuais a conhecerem um dos traços mais marcantes da cidade: a arquitetura. O projeto Modela Pelotas transforma em miniaturas, elementos do patrimônio histórico da cidade.
O trabalho é realizado dentro do labortaório de gráfica digital do curso de Arquitetura e Urbanismo, através de uma máquina que imprime desenhos tridimensionais em um tipo de plástico colorido. "A partir dessas novas tecnologias de impressão 3D a gente consegue fazer uma interação entre o físico e o virtual. Traz toda uma perspectiva e também de compreensão efetiva das formas", explica a professora do curso, Adriane Borda.
Para os alunos, a ideia facilitou o aprendizado em sala de aula. "Você começa a perceber melhor os detalhes arquitetônicos ou coisas que ficam muito abstratas numa aula de teoria", afirma a estudante Mônica Veiga.
A ideia, que nasceu tendo como referência os prédios históricos de Pelotas, ricos em detalhes arquitetônicos, deu tão certo que saiu dos muros da universidade e ganhou uma exposição aberta ao público. Através das miniaturas, outras pessoas podem ter a experiência de sentir as formas no desenho da cidade. Até quem não pode ver, passa a "enxergar".
Na exposição, montada no Campus Anglo da UFPel, os modelos táteis são acompanhados de uma foto com áudio-descrição e legenda em braile. Dessa maneira, deficientes visuais podem ter uma compreensão diferenciada do que muitas vezes passa despercebido pela população.
“Ele mostra todas as formas de percepção, é um museu totalmente acessível. A gente sai satisfeito e se sente, realmente, um cidadão”, declara o professor Leopoldo Monteiro, que conferiu de perto o trabalho.
Fonte: G1
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