Tramita na Câmara
dos Deputados o Projeto de Lei nº 4.773/2012, que permite o
preenchimento de cotas específicas para pessoas com deficiência por meio
do fornecimento de bolsas de estudo, de autoria do ex-deputado federal e
atual secretário de Educação do Estado de Goiás, Thiago Peixoto. A
proposta está sujeita à apreciação conclusiva pelas Comissões.
O projeto propõe
que o valor da concessão de bolsas de estudo seja de valor mensal igual
ou superior a um salário mínimo, concedida pela empresa à pessoa com
deficiência contanto que não exceda 50% das vagas a serem preenchidas. A
proposta sugere ainda que o bolsista seja contratado pela empresa após a
conclusão do curso por um período não inferior a um ano.
Atualmente, a Lei
nº 8.213/1991 determina que essas empresas reservem de 2% a 5% de suas
vagas a quem tem algum tipo de deficiência.
O Auditor-Fiscal do
Trabalho José Carlos do Carmo (SP), coordenador do Programa de Inclusão
da Pessoa com Deficiência da Superintendência Regional do Trabalho e
Emprego de São Paulo – SRTE/SP, diz que é necessário saber se a proposta
apresentada teve a participação, em sua elaboração, de grupos de
pessoas com deficiência, órgãos públicos e segmentos interessados no
assunto. “A sociedade interessada tem que participar do processo e não
acompanhar à margem as discussões”.
Segundo Carmo há
casos de empresas que usam a falsa alegação de que há carência de
pessoas com deficiência para o mercado de trabalho como justificativa
para a não contratação e cumprimento da lei. “É um argumento
contraditório, uma vez que, o Censo disponível deixa claro que existe um
número de cotas que não foram preenchidas por trabalhadores com
deficiência”.
De acordo com
Carmo, o que há é uma busca seletiva das empresas por pessoas com
deficiência com nível leve de deficiência, que não exige por parte delas
adaptações nos locais de trabalho. “As empresas querem contratar esse
segmento sem precisar realizar qualquer adaptação no ambiente de
trabalho, provavelmente necessária para alguns casos de trabalhadores
com deficiência mais restritiva”.
Para o
Auditor-Fiscal, o grande desafio é fazer valer a lei e desenvolver
políticas sociais para as camadas mais vulneráveis da população como as
mais pobres. “Precisamos fazer valer a lei e incentivar políticas
públicas de inserção das camadas mais vulneráveis”.
Tramitação
O projeto, que tramita em caráter conclusivo, será analisado pelas comissões de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio - CDEIC; de Trabalho, de Administração e Serviço Público - CTASP; de Seguridade Social e Família - CSSF; e de Constituição e Justiça e de Cidadania - CCJC.
O projeto, que tramita em caráter conclusivo, será analisado pelas comissões de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio - CDEIC; de Trabalho, de Administração e Serviço Público - CTASP; de Seguridade Social e Família - CSSF; e de Constituição e Justiça e de Cidadania - CCJC.
Assessoria de Imprensa do Sinait, com informações da Agência Câmara de Notícias.
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