Voltado para pessoas com
limitações ou deficiências, o projeto TV Digital Assistiva e Interativa
pretende promover a inclusão de pessoas com necessidades especiais,
ampliando habilidades funcionais. A ideia é da alagoana Fabiana Toledo,
finalista do prêmio Pense em Inovar, realizado pela Indra.
Doze iniciativas
concorreram à premiação, entregue em Madri, na Espanha, no mês de junho.
A brasileira foi a única representante do País, escolhida entre mais de
1.500 inscritos. Fabiana – secretária adjunta de Administração,
Recursos Humanos e Patrimônio de Maceió e consultora do Governo do
Estado –, conta que foi surpreendida pela indicação.
“Achava meu projeto bom,
mas fiquei muito impressionada com a repercussão. Ter sido reconhecida
foi muito gratificante e abriu um leque de oportunidades, além de
conhecimentos na área. O prêmio veio para dar uma chancela maior ao meu
projeto e mostrar que Alagoas tem muito de bom a oferecer”, diz.
Pela contribuição ao
Estado, ela receberá o Prêmio Expressão Alagoana, concedida pelo Governo
e outra surpresa para a especialista em Ciências da Computação. “Não
esperava isso. Achei gratificante estar entre os ganhadores e é muito
bom ver o Governo apoiando as boas ideias de alagoanos”, expõe.
Projeto
Por suas ideias inovadoras,
Fabiana já havia sido premiada no Desafio Empreendedor Telefônica, em
2007, com o projeto "Catálogo de Produtos para TVDI", que alcançou o
terceiro lugar nacional, e no Prêmio Santander de Empreendedorismo, em
2008, com o projeto T-Curso, um software para a promoção da educação à
distância por meio da Televisão Digital.
Agora, com o projeto TV
Digital Assistiva, ela pretende dar mais acessibilidade a pessoas com
limitações físicas. O conceito criado pela alagoana consiste na conexão
entre a televisão e um aparelho celular – por meio de um pendrive ou da
internet –, permitindo que sejam realizadas ações de interatividade.
“Se o usuário tiver uma
deficiência motora que impeça a utilização do controle remoto, por
exemplo, ele poderá ditar para o celular o que deseja, como mudar de
canal ou aumentar o volume. A instrução será entendida pela TV Digital”,
explica. “Já testamos em emuladores (software que reproduz as funções
de determinado ambiente) e vimos que pode ser feito”, completa.
Fabiana Toledo destaca que,
devido aos custos, o projeto está paralisado. “São necessários mais
estímulos para seguir em frente e lançá-lo no mercado. Agora pretendo
correr atrás para conseguir parcerias para que tudo dê certo. Tudo
depende dos investimentos e da mão de obra”, diz.
O próximo passo, segundo a
especialista, é produzir os equipamentos necessários para que a ideia –
classificada pela Indra como inovadora e viável –, saia do papel.
Parcerias com fabricantes de TVs, aparelhos de telefonia e dispositivos
móveis são necessárias para disponibilizar a tecnologia ao público.
Mestra em Modelagem
Computacional do Conhecimento pela Universidade Federal de Alagoas
(Ufal), Fabiana destaca a relevância da iniciativa. “Meu objetivo é
colocá-la em prática. Ser finalista me deu mais certeza do projeto,
muito necessário para essa parcela da população, que não pode aproveitar
dessas novas tecnologias. Também há a lacuna no mercado”.
Além do mestrado, a
alagoana – nascida em Maceió e formada em Ciências da Computação –
possui especializações em Tecnologia da Informação, também pela Ufal, e
em Engenharia de Software, pelo Centro de Estudos Superiores de Maceió
(Cesmac).
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