quinta-feira, 7 de julho de 2016

Família acusa Hopi Hari de discriminação contra pessoa com deficiência

by Ricardo Shimosakai
Jornalista assinou papel para poder ficar no parque.Jornalista assinou papel para poder ficar no parque.
Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (13.146/2015) estabelece em seu capítulo IX que: “a pessoa com deficiência tem direito à cultura, ao esporte, ao turismo e ao lazer em igualdade de oportunidades com as demais pessoas”.
Apesar da LBI estar em vigor no Brasil desde janeiro deste ano, ainda é comum pessoas com deficiência passarem por situações de constrangimento e humilhação. Foi o que aconteceu nesta sexta-feira, 17, com a filha da jornalista Wendy Baskerville e do advogado Antonio Aragão no parque Hopi Hari, que fica às margens dos Rodovia dos Bandeirantes, em Vinhedo, no interior de SP. A família mora em Santos, no litoral paulista.
O casal levou as duas filhas para conhecer o parque. A menina mais velha, de 14 anos, tem paralisia cerebral. “Assim que chegamos na porta do parque, a funcionária se recusou a carimbar o braço da minha filha para permitir o acesso porque disse que ela é ‘especial’ e não poderia entrar em determinados brinquedos”, diz Wendy.
“Eu expliquei que ela tem autorização da médica para andar em todos os brinquedos, que não tem restrição nenhuma”, contou a jornalista ao blog Vencer Limites, por telefone, aos prantos, enquanto aguardava a chegada de uma gerente do parque para resolver a situação.
Família assinou documento para poder ficar no parque.Família assinou documento para poder ficar no parque.
“Nós fomos à Disney neste ano e lá ninguém impediu minha filha de andar em nenhum brinquedo. Além disso, ela foi tratada com todo o respeito e educação. Muito diferente dessa humilhação aqui no Hopi Hari”, desabafou Wendy. “Fui obrigada a assinar um papel, concordando com as restrições, senão teria de esperar a chegada de uma gerente ou não poderia ficar no parque”.
A jornalista afirma que nenhum médico do parque apareceu ou foi acionado para determinar se a filha dela teria ou não restrições. “Tudo foi feito por uma funcionária que não tem nenhum conhecimento sobre isso”, afirma Wendy.
Ela publicou no Facebook uma foto da filha chorando. E escreveu: “Hopi Hari o pior parque do mundo. Que não respeita as pessoas com deficiência! !! Enquanto em todos parques da Disney a pessoa tem preferência, aqui a pessoa é humilhada e desrespeitada !!! Compartilhem !!”.
O blog Vencer Limites entrou em contato com o Hopi Hari, por meio da assessoria de imprensa, para obter explicações sobre o caso. Em nota enviada por e-mail, o parque respondeu que “não há informações sobre o acontecimento relatado e nenhum registro da ocorrência no serviço de atendimento ao visitante neste dia 17 de junho”.
Após a resposta, o blog enviou à assessoria de imprensa as imagens dos documentos fornecidos pelo parque e assinados pela família. O Hopi Hari ainda não se manifestou.
Fonte: Estadão

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