sexta-feira, 17 de junho de 2016

LUTAR, SOBREVIVER, PATERNAR – AQUI AINDA É O MEU LUGAR!
  Sou Douglas, com 32 anos. Faço aqui um alerta aos homens na faixa de 25 a 35 anos - é a idade de maior ocorrência de câncer de testículo. Poucos pensam em exame preventivo. Anual!
   Tínhamos comemorado o aniversário de dois anos de meu primeiro filho. Tomei ele em meus braços para trocar sua fralda. Ele balançou suas pernas, alegre e atingiu todo meu baixo ventre. Senti dor localizada muito forte. Examinei a região no banho e percebi textura diferente. Esperei uma semana, procurei ajuda médica. O doutor não queria conversar sobre o assunto sem o resultado da ultrassonografia.
   E o que eu faço com meus fantasmas, medos e ansiedades? E o futuro de meu filho? Toda a minha vida girava num torvelinho de emoções, num balanço de afetos e conquistas. E agora?
   Recorri à quem me fez escutar pela primeira vez o coração de meu filho. No escuro de sua sala de ultrassom, logo no início do exame soube que havia um tumor em meu testículo. Deveria providenciar rápida cirurgia, no máximo em trinta dias.
   Entrei em furacão de exames, providencias, cirurgia, quimioterapia, mais exames, novas indicações de tumores (linfonodos), imunidade baixa, resguardo forte, mais quimioterapia, em doses mais intensas. A esposa grávida novamente no início de tudo, sofreu aborto espontâneo. No fim a dúvida presente quanto à uma mancha -  cicatriz ou novo nódulo? Exame mais sofisticado determinou – é cicatriz.
   Já se passou um ano do final do processo, mas de três em três meses preciso de novos exames. Dá ansiedade, mas que passa rapidamente quando meu garoto me convida para tomarmos nosso banho juntos!
Caso real, Elizabeth Fritzsons da Silva, psicóloga, e-mail:bfritzsons@gmail.com

   

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