Campinas (SP) elabora banco de emprego inédito para pessoas com deficiência
Ministro autorizou uso de dados federais para criar a plataforma regional. Intenção é setorizar currículos pela Região Metropolitana de Campinas e informar tipo de deficiência.
Publicada em 31 de março de 2014 - 14:30
A Prefeitura de Campinas (SP) trabalha na criação de um banco regional de empregos direcionado apessoas com deficiência. A iniciativa prevê a utilização da base de dados doMinistério do Trabalho e Emprego (MTE), que segundo o prefeito Jonas Donizette (PSB), autorizou no fim do mês passado o compartilhamento das informações para o projeto que é considerado pioneiro no Brasil.
A secretária municipal dos Direitos das Pessoas com Deficiência e Mobilidade Reduzida, Emannuelle Alkimin, explica que o banco virtual será completamente acessível e com os dados do MTE regionalizados, com profissionais e empresas da Região Metropolitana de Campinas. A Informática de Municípios Associados (IMA), empresa municipal de tecnologia, está responsável por avaliar as características técnicas do banco de dados do governo federal e as possibilidades para utilizá-lo dentro das ferramentas disponíveis para o município.
Tipo de deficiência
Segundo a secretária, além das informações básicas de currículo, o banco fornecerá às empresas o tipo de deficiência que o candidato à vaga tem. Segundo Emannuelle, a medida é uma atitude afirmativa diante da necessidade das empresas.
“As empresas têm necessidade de ter lucro e nós temos a necessidade que elas tenham lucro, inclusive, para poder ter um desenvolvimento econômico. Se eu tenho a necessidade de ter lucro, eu tenho um RH pressionado pela gestão para pegar deficiência leve, que dá menos trabalho. Isso é natural porque gestores estão preocupados com a entrega”, afirmou.
Emannuelle garantiu, no entanto, que as informações sobre os tipos de deficiência não serão priorizadas e tampouco abertas para acesso irrestrito. “Nós vamos ter filtros. Não vai ser disponível isso de forma pública e nem para todas as empresas. Porque nós vamos priorizar a demonstração do currículo. Senão, empresa escolhe só pela deficiência leve”, disse.
Parceria MTE
O acordo com o MTE foi firmado durante reunião do prefeito e da secretária direto com o ministro, Manoel Dias, e foi formalizado por meio de um ofício em que a Prefeitura se compromete a utilizar este banco de dados apenas como medida de curto prazo, com um trabalho focado em estabelecer políticas que viabilizem a unificação dos bancos de dados, sem distinção entre pessoas com ou sem deficiência.
“O Ministério Público do Trabalho se preocupa que a gente setorize e crie um espécie de gueto de pessoas com deficiência, o que não é interesse. O ministro só liberou [a utilização de dados para a criação do banco] porque nós só nos comprometemos que vamos começar assim, mas o nosso objetivo é que em dois ou três anos a gente consiga voltar para o banco geral, já de forma acessível”, contou a secretária, que é deficiente visual.
Banco
O presidente da IMA, Fábio Pagani, explicou que a empresa pretende elaborar um portal completamente acessível, para trabalhadores com todos os tipos de deficiência. A empresa aguarda informações do Ministério do Trabalho para iniciar a criação da plataforma de forma compatível com o banco federal. A Prefeitura evitou mencionar prazos.
O G1 entrou em contato com o Ministério do Trabalho e Emprego, mas a assessoria informou que não tinha informações sobre o acordo e não retornou até esta publicação.
A secretária municipal dos Direitos das Pessoas com Deficiência e Mobilidade Reduzida, Emannuelle Alkimin, explica que o banco virtual será completamente acessível e com os dados do MTE regionalizados, com profissionais e empresas da Região Metropolitana de Campinas. A Informática de Municípios Associados (IMA), empresa municipal de tecnologia, está responsável por avaliar as características técnicas do banco de dados do governo federal e as possibilidades para utilizá-lo dentro das ferramentas disponíveis para o município.
Tipo de deficiência
Segundo a secretária, além das informações básicas de currículo, o banco fornecerá às empresas o tipo de deficiência que o candidato à vaga tem. Segundo Emannuelle, a medida é uma atitude afirmativa diante da necessidade das empresas.
“As empresas têm necessidade de ter lucro e nós temos a necessidade que elas tenham lucro, inclusive, para poder ter um desenvolvimento econômico. Se eu tenho a necessidade de ter lucro, eu tenho um RH pressionado pela gestão para pegar deficiência leve, que dá menos trabalho. Isso é natural porque gestores estão preocupados com a entrega”, afirmou.
Emannuelle garantiu, no entanto, que as informações sobre os tipos de deficiência não serão priorizadas e tampouco abertas para acesso irrestrito. “Nós vamos ter filtros. Não vai ser disponível isso de forma pública e nem para todas as empresas. Porque nós vamos priorizar a demonstração do currículo. Senão, empresa escolhe só pela deficiência leve”, disse.
Parceria MTE
O acordo com o MTE foi firmado durante reunião do prefeito e da secretária direto com o ministro, Manoel Dias, e foi formalizado por meio de um ofício em que a Prefeitura se compromete a utilizar este banco de dados apenas como medida de curto prazo, com um trabalho focado em estabelecer políticas que viabilizem a unificação dos bancos de dados, sem distinção entre pessoas com ou sem deficiência.
“O Ministério Público do Trabalho se preocupa que a gente setorize e crie um espécie de gueto de pessoas com deficiência, o que não é interesse. O ministro só liberou [a utilização de dados para a criação do banco] porque nós só nos comprometemos que vamos começar assim, mas o nosso objetivo é que em dois ou três anos a gente consiga voltar para o banco geral, já de forma acessível”, contou a secretária, que é deficiente visual.
Banco
O presidente da IMA, Fábio Pagani, explicou que a empresa pretende elaborar um portal completamente acessível, para trabalhadores com todos os tipos de deficiência. A empresa aguarda informações do Ministério do Trabalho para iniciar a criação da plataforma de forma compatível com o banco federal. A Prefeitura evitou mencionar prazos.
O G1 entrou em contato com o Ministério do Trabalho e Emprego, mas a assessoria informou que não tinha informações sobre o acordo e não retornou até esta publicação.
Fonte: Campinas e Região
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