Pesquisador americano diz que TV traz benefícios ao desenvolvimento infantil
Redação Portal IMPRENSA | 28/04/2014 12:30
O professor da Universidade de Chicago (EUA) e pensador americano Matthew Gentzkow, apresentou um estudo no qual comprova que a televisão traz benefícios ao desenvolvimento infantil. Em entrevista ao jornal O Globo, ele comentou a relação que faz com o início das transmissões televisivas, na década de 1940, com o aumento das notas escolares.
Crédito:Reprodução/Universidade de Chicago
Pesquisador comprova que TV ajuda desenvolvimento intelectual de crianças
"O estudo aponta indícios de que a televisão pode ter efeitos benéficos no desenvolvimento infantil, especialmente para os que vivem em ambientes desfavoráveis", disse. "Se você olhar para filhos de mães com baixo nível de escolaridade, de minorias étnicas ou de famílias que não têm o inglês como língua nativa, os benefícios são bastante significativos", explicou.
Segundo ele, a mensagem retirada do estudo é que não há possibilidade de refletir sobre a TV sem se preocupar com o que ela está substituindo. O professor disse que muitos críticos à exposição das crianças aos programas são altamente educados e não vêm o aparelho como uma alternativa. Gentzkow ressalta que se deve ter cuidado ao trazer resultados para os dias atuais, em decorrência da mudança de conteúdo e as alternativas à TV.
Para medir a exposição das crianças à TV, ele observou o início das transmissões no país e cruzou dados com resultados escolares de 300 mil alunos para verificar o impacto da medida. "O que percebemos é que os que tiveram mais tempo de vivência com a TV tiveram notas significativamente melhores", afirmou.
Em outro levantamento, o professor descobriu que os donos dos jornais americanos têm pouca influência na inclinação ideológica dos veículos. "Pensamos em duas hipóteses: uma é que o jornal é um produto qualquer, como um sorvete; já a outra é que o mercado de mídia é muito diferente, não guiado por motivações econômicas, mas por preferências políticas", afirmou.
"O que encontramos é que os jornais escolhem o conteúdo da mesma forma que os fabricantes de sorvetes decidem os sabores. O modelo econômico tradicional explica muito do que lemos diariamente, e não vemos evidências de que os controladores tenham influência direta no conteúdo", acrescentou.
Na semana passada, Gentzkow foi agraciado com a medalha John Bates Clark, concedida pela Associação Americana de Economia, que o coloca, aos 38 anos, entre vencedores do Prêmio Nobel como Paul Samuelson e Milton Friedman.
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