GENTILEZA
FAZ A VIDA MAIS RICA. DE GRAÇA!
Já me disseram que
eu era o único homem da fila do ponto de ônibus que permitia que moças e
senhoras entrassem antes no veículo. Foi ensinamento que recebi de minha
querida mãe, que sempre incluía na lista idosos e crianças, lembrando ainda que
se estivesse sentado deveria me oferecer para segurar pacotes e sacolas de quem
estivesse viajando de pé. Não vejo as pessoas procedendo assim nos dias atuais.
Hoje as pessoas usam
seus celulares em qualquer lugar, o tempo todo, sem nenhuma atenção para quem
está a seu lado.
Trocamos o mundo
real pelo virtual? O espaço de todos não parece mais comunitário, cada um fica
em sua bolha pessoal. Os carrinhos de supermercado se chocam, sem surgirem
desculpas, ou cumprimentos, ou menos ainda ajuda entre as pessoas.
Sou Valmir, com 55
anos. Fui bancário muito tempo, hoje, aposentado, escolho ser frentista de
posto de gasolina. Minha esposa também já aposentada, ainda trabalha, temos
filha universitária, terceiro ano de fisioterapia que precisa de apoio. E um
filho, advogado recém-formado, que está em busca de trabalho. É um prazer poder
ajudar nossos filhos, especialmente em tempos como os nossos.
No posto, alguns
clientes olham em nossos olhos, nos cumprimentam, outros nos ignoram. Piorou
com a crise, acho que todos estão com mais problemas.
Outro dia, uma
senhora exigia uma prática absurda de mim no posto, alegando ser uma “cliente
especial”.
Respondi
educadamente que não seria possível atender este pedido específico e
acrescentei a informação de que neste estabelecimento todos os clientes são
especiais para todos nós.
A gentileza é a essência do ser humano. Quem não é suficientemente
gentil não é suficientemente humano.
Caso real,
Elizabeth Fritzsons da Silva, psicóloga, e-mail :bfritzsons@gmail.com
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